terça-feira, 12 de março de 2013

Sobre homens e ratos




Barão de Coubertin

Sobre homens e ratos 


Por Ciffero de Parvalho

Sabemos todos que uma das maneiras de fazer valer um argumento é apelar, primeiramente, à dicotomização, isto é, polarizar o tema sobre o qual se fala, a fim de marcar posição, conquistar aliados e definir claramente quem é o inimigo.

No futebol, não é diferente. Eu próprio faço uso, no título deste texto, de uma tradicional dicotomia: ao sustentar a tese de que há homens e há ratos, quero, obviamente, insinuar, desde o princípio, que o segundo termo do título, ratos, faz referência a homens covardes, menores, que não se comparam aos homens propriamente ditos.

Pois bem, elencadas as premissas de que parto, passo, a seguir — e para não cansar o leitor hodierno, que, não raro, reclama de ler parágrafos e textos longos — a um tema intimamente relacionado ao presente de nosso clube. Reporto-me ao seguinte: deve o torcedor colorado, nestas alturas do campeonato, apoiar o trabalho que está sendo feito pelo time engendrado pela Direção atual ou deve não apoiar? Ora, essa dicotomia é de fácil resolução e, no frigir dos ovos, acaba por privilegiar o primeiro termo, o apoio, uma vez que mesmo os torcedores que abominam a “decadência” do time desde a Libertadores de 2010, são, em última análise, colorados e, portanto, não deixariam de apoiar, ainda que em menor medida do que os torcedores satisfeitos, o que há de bom no presente.

Dito isso, saio da dicotomia e ingresso em uma síntese, qual seja, aquela que parte do pressuposto de que todos os colorados querem o melhor do time (e, por extensão, do clube), independentemente de quem esteja na Direção. É sabido que o atual Presidente não goza de apoio incondicional da torcida, nem, tampouco, de todos os Conselheiros, em boa parte porque houve manobras políticas, nas últimas eleições, que a muitos não agradaram. Cumpre, para fim de levar a cabo o argumento exclusivamente futebolístico, abstrair essa questão política e clubista. Porém, antes disso, necessito de mais um parágrafo.

Como antigo comentador arbóreo em espaços virtuais (blogs e fóruns de discussão) de pouco oxigênio, venho tentando, ao longo do tempo, demonstrar, talvez mais dialeticamente do que dicotomicamente, que o Clube do Povo passa, já há 15 anos, por uma crise de identidade. Não se trata, como disse acima, de mera escolha política, ou de mera preferência por este ou por aquele grupo de comando; trata-se, isto sim, da implementação de um novo modelo de gestão (ou de “indigestão”, como talvez dissessem o legítimo Ciffero de Parvalho e o perspicaz Henze Saci). Nesse modelo, a “profissionalização” é posta como uma idealizada vestal diante de uma suposta e concreta “esculhambação”, isto é, diante de tudo que não incorpora determinadas doutrinas e regras de um campo do pensamento político que bem conhecemos, qual seja, aquele que desde o princípio instaura termos e necessidades vicárias, como “CEO”, “estádio modelo shopping-center”, “nova realidade econômica (e consequente banimento de torcedores ‘menos privilegiados economicamente’)”, “roletas eletrônicas, para que somente ‘pessoas de bem’ entrem no estádio” — argumentos todos favoráveis a um estado de coisas bem conhecido na história recente da Humanidade, bem como a uma espécie de privilégio de castas que afasta, e já afastou, como eu mesmo disse em outros sítios, o torcedor humilde, aquele que pagava os seus “cinco cruzeiros” e vivia, com seu radinho de pilha, alguma felicidade na antiga coréia. Hoje, ficou só com o radinho de pilha.

Terminada a digressão política, e populismos postos à parte (o que não exclui o velho e bom humanismo), volto ao futebol, já que estamos diante de um impasse nesse campo. O Internacional vence o primeiro turno do Campeonato Gaúcho com uma vitória maiúscula sobre o São Luiz. O torcedor colorado mais simples está contente... Porém, o colorado mais crítico pergunta-se: “O que faço agora?”. Outras perguntas prováveis desse colorado: “Será que devo elogiar esse time que está aí?”; “Será que devo esquecer as agruras vividas nos últimos dois ou três anos?”; “Será que devo elogiar uma Direção de que não gosto?”.

Muitas vezes, por responder “não” a essas três últimas perguntas, pensa o colorado crítico que está prestando um serviço de excelência a todos que o cercam, ao seu auditório, como diriam Chacrinha e Perelman — como se fosse esse coloradinho o último baluarte da razão e do verdadeiro interesse pelo bem-estar do time e do clube. Pensa mais o tal coloradinho: que os demais colorados, tolos e facilmente ludibriáveis por uma ou outra vitória, jamais poderiam alcançar seu ponto de vista, porque não pensam, ó imodéstia própria de mentes obtusas, como pensam os verdadeiros detentores da razão, os críticos do amanhã, ele e seus filhos, infensos para sempre à objetividade.

Cumpre, por fim, analisar precisamente isso: a objetividade, mote primeiro do futebol, consumado sob a forma de vitória. Como devemos a ela nos curvar sem que percamos a dignidade? Sem parecermos, como diria insigne dramaturgo carioca, “idiotas” dela mesma? Verifica-se, facilmente, que o pensamento futebolístico, crítico ou não, é todo dicotômico. Senão vejamos: uma vitória sobre clube do interior, em final de turno, é ou não é melhor do que uma derrota? Até mesmo em elemento externo a essa equação, qual seja, o fato de o maior rival estar fora da disputa, prevalece o raciocínio dicotômico: é ou não é melhor estar na final do Gauchão do que não estar? Dirão os críticos, verdadeiros reis da extrapolação: “Ah, mas eles estão na Libertadores”. Pergunto-lhes eu: vocês estão de fato preocupados com o estar na Libertadores ou com o vencer a Libertadores? É óbvio que a preocupação maior é com a possibilidade de o rival vencer a Libertadores, o que, de resto, só reforça a tese de que o raciocínio no Futebol, mesmo entre os críticos, é sempre — perdoem-me a insistência — primeiramente voltado ao que acontece no campo e, conseqüentemente, dicotômico, pois lá só nos importa a vitória em contraposição à derrota. Mesmo quando se sai da quantidade — Campeonato Gaúcho — e se passa à qualidade — Libertadores — o que interessa ao torcedor, simples ou crítico, é o ganhar, pois é aí que reside a essência agonística do futebol, ao contrário, a propósito, do que pregava o Barão de Coubertin. Fôssemos dialéticos nesse quesito, quereríamos todos, talvez, o empate eterno, a supremacia do princípio da eqüidade, tão bem defendido por Rawls.

O problema de fundo é que os torcedores críticos (cujas características estão elencadas acima) trabalham mal a lógica. Quando o clube pelo qual torcem tudo ganha, entopem-nos com raciocínios exclusivamente dicotômicos, não raro soberbos: “Nós somos os campeões (infere-se: os outros, os perdedores)”; “Não tem para ninguém”; “Campeão de tudo”. Abstraem, nesse caso, os problemas administrativos em prol do prazer que extraem da vitória. Basta que o clube passe a perder, ou a deixar de ganhar mais freqüentemente, para que passem a extrapolar a dicotomia que antes os governava. O futebol passa, então, ao segundo plano, e entra em campo a “ciência” da Administração.

Dessa ciência conheço bem os pressupostos e os produtos, em boa parte abomináveis. Em verdade vos digo, ó animálias sem espírito: Vós, que fostes campeões do mundo com Ceará, Edinho e Wellington Monteiro, não sabeis que aquela vitória não é fruto de boa administração? Ou acaso pretendeis defender a tese de que um bom administrador contrataria jogadores daquele quilate para enfrentar o supra-sumo catalão e mundial da administração ludopédica? Não enxergais, ó almas ignaras, que o futebol é também fruto do momento e do que ocorre em um dia de trabalho sob o sol?

Separemos, então, o joio do trigo, a política do futebol e os ratos dos homens. No gramado, seja grama de jardim, seja grama de última geração, está sempre, queira-se ou não, diante do olho do colorado, somente aquilo que ele pode e consegue, kantianamente, enxergar: o time do Sport Club Internacional. Os homens voltam-se ao campo; os ratos, ao fétido gorgonzola da cozinha de seu CEO predileto. Do time ao clube há uma vida e léguas de distância, na mente e no espírito. Aqui e em Ijuí. Os jogadores são passageiros, NÓS somos passageiros. No futebol, o mito suplanta a história.


O jovem Nietzsche
Arbórea e Übermenschianamente,
CdP, thinker

========§§§========

Metafísica (bonus by Henze)

182 comentários:

  1. Então...

    Chega a ser curiosa a suavidade com que expressa tuas ideias Ciffero, chegando a passar desapercebida ao desatento a opinião representada no texto...

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  2. Boa noite vagabundagem. Estou de volta, depois de ficar de castigo graças a NET, que me bloqueou de sexta até hoje.


    Eai, quais as novidades? Como foi a comemoração da primeira taça do nosso grande treinador?

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  3. Dá uma bicada no posto anterior.

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  4. Opa, será que errei de blog? Ou o chefe aqui anda meio nervoso também? hehehehehe

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  5. Vai ler o posto anterior, chê... nao quero ser banido do buteco tbm....


    kkkkkkkkkkkkkkkk




    Na real eu apareci atrasado tbm, mas minha impressao foi que esse time do Inter tá correndo demais, meu velho. Pai Chao+ dungo fechou todas...

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  6. ehuahehaohuehoa... To perguntando em relação ao chefe do blog tche...

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  7. Tô ocupado tentando fazer com que minha secretária digite direito meu comentário a este texto do CdP. kkkkkkkkkk
    Só disse pra tu ir lá no posto anterior porque tem "coisa boa".

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  8. Sei disso meu velho...


    To de sacanagem. Na verdade, senti falta da conversa com a turma. é bom estar de volta ;)

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  9. Esse é meu patrãooo... hehehehe

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  10. Bah,um pouco cansativo o texto,nas analisando o que a minha pequena sabedoria conseguiu entender,achei sensacional!

    Concordo quase com tudo,só acho que essa suposta esculhanbação citada,realmente existe,e ñ pode ser posta como a responsável pelo afastamento das pessoas mais humildes do futebol.



    Quem sabe em vez de financiar um bando de vagabundos,ñ poderíamos criar uns 3 mil ingressos a preços populares?


    Grande texto,Cífferro.

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  11. Prezado Ciffero:
    Repetindo o que lhe respondi por e-mail após terem sido sanadas as mutações por raios cósmicos que truncavam a leitura, seu texto "Sobre homens e ratos" oferece bastante ao debate e ao pensamento (senão a ambos, que seja pelo menos a este último, pois debater sem pensar se resume à altercação infértil).
    A dicotomia parece nos nortear em tudo, sempre com o perigo de nos fazer vítimas do maniqueísmo, do reducionismo e da estanqueidade. Por exemplo, o problema mente—corpo. Mas não quero (e nem posso) adentrar por aí.
    Tentarei portanto me ater ao texto, no qual um ponto central pode ser expresso na pergunta: O que é ser um torcedor? É-lhe facultado pensar? Óbvio que sim — só que isso, em princípio, está subordinado ao sentimento, ou seja, depende das circunstâncias. É mais plausível dizermos que nossas idéias são afetadas pelo modo como sentimos do que o contrário, ainda mais em situações paroxísticas (i.e. ótimas ou péssimas). Em contrapartida, a razão (i.e. a faculdade de pensar) também pode nos resgatar do excesso; ademais, o modo de pensar e a afinidade com certas idéias igualmente afeta o nosso sentir: p.ex. pensamentos negativos/pessimistas atraem personalidades pessimistas/negativas.
    Agora atropelando com uma asserção banal,: os torcedores (talvez mais do que as pessoas em geral) podem ser divididos, grosso modo, em otimistas e pessimistas — sem esquecermos que esses adjetivos se referem ao porvir. Quanto ao aqui-e-agora, porém, digo que o torcedor legítimo encontra sua razão de ser e existir, a sua definição como liberto do infantilismo (que nunca fica satisfeito e sempre culpa o mundo), do ressentimento, da pusilanimidade, da má-consciência, enfim, encontra-a no Amor fati/, i.e. a aceitação do destino (no sentido nietzschiano, qual seja, o sim à vida): torcer pelo time faz parte da essência, da identidade desse sujeito, não podendo ser revogado nem negado. É esse Amor fati que o distingue dos fracos, dos masoquistas, dos boçais, das baratas e dos vermes. E não se trata de passividade — muito pelo contrário: é resistente, construtivo e realista, sem prescindir da mística e da transcendência.

    Dialética e atucanadamente,

    Henze Saci
    dublê de filósofo e paranormal

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  12. Também dá pra puxar a conversa por aquela dicotomia de beatas Vs. cornetas (cultivada alhures).

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  13. Conta aí como tava lá em Ijuhy.

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  14. Cara,esse final foi simplesmente sensacional "é resistente,construtivo e realista",sem mais e nem menos!!!

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  15. PS: grato pela "perspicácia".

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  16. Pelo amor de Deus,monto um time e juro pra vocês que toco uns 3 nesses venezuelanos. kkk

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  17. Esse Otero cairia como uma luva aqui!

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  18. Assim vou ter que pular da barca,isso aqui está AS MOCA`S!

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  19. O Ciffero disse que apareceria após as 22h.

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  20. Verdade... Ninguém secndo o Gaymio...

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  21. O São Luiz de Ijui faz 5 neles...

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  22. Esse time do gremixo com essa vontade,toma uma patrola do Dungo!

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  23. Dêem F5, acrescentei uma 3ª foto (CdP largou que eu podia tascar um bônus à minha escolha).

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  24. Pqp,vou ter que recorrer ao sex zone! kkk

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  25. O que é a lentidão desse Cris? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  26. Por falar em zagueiros, o que vem jogando o Moledão hein!? Pra mim, ele é um dos melhores zagueiros no Brasil hoje...

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  27. Uma indicação de livro ao Ciffero e a quem mais se interessar:

    SCHOPENHAUER, Arthur. Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão. Em 38 Estratagenas (DIALÉTICA ERÍSTICA). Introdução, Notas e Comentários por Olavo de Carvalho. Tradução por Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997, 258p.

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  28. Que time ridiculo esse do Caracas... Não conseguem nem prender a bola no ataque...

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  29. Em especial pro Djamarra, uma conhecida sentenção de Demócrito, à página 114:
    Veritas est in puteo (εν βυθω η αληθεια), "a verdade está nas profundezas".

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  30. Mas bah,que grupinho complicado,hein? kkk

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  31. Esse caracas é ruim de mais.
    Josimar é melhor que todos juntos.

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  32. Time atrapalhado esse caracas...

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  33. hehehe,tu é debochado ,hein?

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  34. O Senomar cravou no começo da fase: é o Grupo da Morte.
    Ou seja, na feição pras imorríveis aflitas sifu.

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  35. Somente agora consegui desvencilhar-me das amarras da sociedade e me sinto em condições de adentrar neste sítio.


    Atrasadamente,
    CdP

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  36. Caracas bateu o GFPA? Essa dicotomia, esse perder e ganhar constante dos tricolinos, me serve.

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  37. E uma variação do "Cogito, ergo sum" cartesiano, mais ou menos com o mesmo sentido:
    Puto, ergo sum.

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  38. Vossência tava secando o gremixo afu e às ganha, hã.

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  39. Me serve é o Fluminense ganhar delas na Arena...

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  40. Muita boa a foto de encerramento do posto, Henze.

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  41. Dentro do contexto, remetendo ao século dezanove.

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  42. Por Vulcano! Essa possibilidade já está bem forjada, em nome dos Deuses do Olimpo (não confundir com Olímpico).

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  43. Olimpo ≠ Ossujo (olimpinico)

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  44. A bem da verdade, eles agora se limpam na areia...

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  45. Peguei deste site. Vou conferir no livro (1001 Nudes: Uwe Scheid Collection. ed. Taschen).

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  46. Pior que só pude secar em pensamento, enquanto tratava de alguns assuntos profissionais.

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  47. Onde anda o Gamarra?tá magoado?

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  48. PS: Daguerreótipo anônimo de c. 1855.

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  49. Fala veio.... kkkkkkkkkkkk to lendo os coments pra pitacar atualizado...

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  50. Entra na categoria "belles fesses".

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  51. Vai ver a facul começou, o trampo apertou, por aí.

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  52. O "de Parvalho" de meu nome é, na verdade, uma alusão velada ao filósofo de Curitiba.

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  53. Incita a pensar na transcendência.

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  54. Hoje queimei meu filme com a vizinhança,tava de saco cheio de ouvir gritinhos a cada gol do Grezembe.A nega véia quer me matar! kkk

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  55. Penetrar em mundos desconhecidos...

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  56. kkkkkkkk, minha ausëncia se deve, em parte, a uma gripe que me consome as forças... tenho dormido como um grizzly bear com a pança cheia de salmão ou algum rapaz loiro intelectualmente limitado e desajustado social que me considera um semelhante...

    Até a cerva anda mofando no refrigerador (vhttp://www.youtube.com/watch?v=0CZdJ7F-4qg)...

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  57. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  58. A este comentário responderei amanhã, com calma. Desde já, porém, agradeço-lhe a atenção.


    Honestamente,
    CdP

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  59. E pensar que o bigodudo chafurdou nessas pocilgas paradisíacas.

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  60. Pensei que tinha casado. kkkkkkkk

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  61. Estava a postos de me suicidar,eis que abro frigobar da churras e acho um latão!!! Vivaaaaaaaaaaaaa

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  62. Todos conferiram as 3 fotos da Renata Vasconcellos no posto anterior?
    Por hoje era só.

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  63. Obrigado, Gamarra. A ideia é essa mesmo: maieuticamente despertar o interesse do leitor sem impor-lhe convicções, mas insinuando-as.


    Socraticamente,
    CdP

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  64. É cedo,para com essa frescura.

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  65. Categoria "Alegria de pobre". kkkkkk
    To sem ceva, e vinho ou uísque a essa altura não dá pé (até pq to querendo me pestear).

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  66. Daí a sífilis (ou o "Ciffelis", como sou carinhosamente chamado às vezes).

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  67. Essa mulher merece um posto só para ela! Mas não aquelas fotos...

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  68. Eu mesmo gritei algumas coisas na janela em, pelo menos, duas ocasiões: 2006 e 2010.

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  69. Aquelas foram só pra sacanear. É dum maluco que se dedica a fazer montagens das celebrities brazucas.

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  70. Tenho uma última Heineken que sobrou do final de semana. Estou lutando bravamente para não abri-la.

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  71. tasquei hoje prum amigo meu que iam perde.

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  72. Estou chateado contigo,nem deu bola para minha análise ao teu texto. kkk

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  73. to mal hoje, vo te que apela pro homeprazol de novo.

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  74. Meus gritos começavam assim: "Energúmenos, oligrofênicos! Sabei que, por meio desta invectiva, afronto-vos sobremaneira...". Não, não, brincadeira.

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  75. É a felicidade suprema. Das trevas ao paraíso... Aquele momento em que deprimido sentado no sofá, levanta-se para verificar pela sétima vez a geladeira para ver se não há alguma cerveja caída pelos cantos. A decepção esperada, o repasse de olhos, a análise, a negociação, a resigna... - então, o coração acelera com a possibilidade, a lembrança do frigobar ao lado da churrasqueira. No último churrasco sobrou um latão (ou foi no penúltimo? -- ou antes?) O caminhar apressado, cada instante saboreado e apreensivo, o medo de não estar lá. O estanque diante do mini-refrigerador, o suspense enquanto estende o braço e puxa a porta, a explosão: Há, lá dentro um latão. Então o regozijo pela própria inteligência e memória privilegiada. Quem mais teria esse insight? Por um instante é o homem mais capaz do universo. O estouro da lata ao abrir é como a melodia mais bela do mundo. A satisfação plena no 1o gole...


    Acho que o Herzog conseguiria pelo menos um curta com essa epopeia...

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  76. hahahahahahaha,não duvido.kkkk

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  77. Te puxou, Sandro... kkkkkkkkkkkkk

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  78. hahahahahaha,cara que hilário,ñ consigo nem escrever!kkkkkkkkkkkk

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  79. Quem nunca passou por isso??? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  80. To falando sério... normalmente tu só manda à merda...


    Deve ter sido falta de álcool no organismo que te fez ler E ANALISAR o posto do CdP... kkkkkkkkkkkkk

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  81. Como assim, cansativo? Trata-se de um texto sintético! [risos]
    Sobre o afastamento das pessoas mais humildes do futebol, o que de fato digo no texto é que o modelo centrado na modernização esqueceu-se de que o Internacional é um clube popular.


    Sua sugestão de ingressos a preços populares é excelente. Já assisti jogos em todos os setores do estádio, inclusive na coréia. É desse torcedor que eu falo. E é esse torcedor que eu queria ver de novo no Beira-rio. Sem demagogia, sem populismo. Somente com a noção simples e singela de que o clube não pertence a uma só classe.


    Aquele abraço,
    CdP

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  82. Ficou muito bom. O uso do presente do indicativo dá velocidade ao texto.

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  83. extra,extra!!! gremixo será embalsamado na Venezuela

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  84. Bem por aí ninguém é maior,seja por estudo ou por posses,em vez de financiar vagabundos,que deem privilegio ao torcedores mais humildes do INTERNACIONAL!

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  85. Tem sido ótimo, quando menos esperamos eles nos brindam com alguma felicidade...

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  86. Eles vão ter que suar sangue pra bater de frente com a gente...

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  87. Henze conseguiu: o 1o comentário do buteco a ser ocultado em parte pela srta... Te passou pra trás Cíffero...

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  88. Obrigado,cederia minha entrada uma vez por mês a 5 pila.
    Desde que ñ fosse jogo decisivo! kkkk

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  89. Mutantes é do meu tempo. Gosto bastante enquanto tinha o Arnaldo, e não da fase progressiva.

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  90. A ver com estes dias de conclave...
    A última ceva na terra:
    http://www.youtube.com/watch?v=PtZSnfmM5e4

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  91. Também a ver com estes dias...
    Em meio a angústias, vacilos e arrebatamentos inauditos, Djamarra descobre o último latão no frigobar:
    http://www.youtube.com/watch?v=nshSF4zJnf4

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  92. EPIFANIA
    http://www.youtube.com/watch?v=Rw3bhveCl98

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  93. Expedição de emergência pra reabastecer:
    http://www.youtube.com/watch?v=q4NygKKINqE

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  94. Fazendo render a ceva...
    http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=Mv_X_xDZwsA&NR=1

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  95. Esta tem até em litrão (Hecho en Argentina) e barril:
    http://www.youtube.com/watch?v=yAMQPiUcTyo

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  96. http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7jKpfhVkmF0#!



    Yummy!

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  97. CdP, não esqueçamos que o rato é sagrado pros hindus, considerado o veículo da deusa Ganesh.
    [imagem GIF, i.e. dinâmica]

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  98. Aí pessoal: http://www.opuspromocoes.com.br/programacao.php?id=2071&evento=ORQUESTA%20BUENA%20VISTA%20SOCIAL%20CLUB%20%C2%AE%20Featuring%20OMARA%20PORTUONDO

    Fãs desse som por aqui?

    Mais detalhes: http://www.hsbcbrasil.com.br/shows_detalhe.asp?ID=324

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  99. Veja meu comentário acima...
    Longamente,
    CdP

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  100. vou me preparar psicologicamente.kkk

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  101. Postei, mais abaixo, longa digressão em resposta ao pertinente comentário feito pelo Henze ontem. Leitura recomendada aos colorados de boa vontade.

    Imodestamente,

    CdP

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  102. Ao traduzirmos esse artigo para o hindi, caberá recomendar ao tradutor cuidado com a metáfora escolhida.

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  103. Esse cara tb Não sou eu..por favor,pare de denegrir minha imagem Henze! kkk

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  104. Quando chegar em casa vou ver isso aqui: http://www.youtube.com/watch?v=EvWh6PMi9Ek

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  105. grande coisa,faz 15 anos que virei ateu!

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  106. João Paulo rumo ao Atlético-GO. 44 jogos pelo Inter e apenas um golo...
    Boa sorte, João Paulo!

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  107. João Paulo rumo ao Atlético-GO. 44 jogos pelo Inter e apenas um golo...
    Boa sorte, João Paulo!

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  108. http://www.nosegunda.com.br/



    galera visitem também.

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  109. Boato no Rio hoje: D'Alessandro seria trocado por Sobis e Wagner...

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  110. sem chance!!! luigi seria linchado.

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  111. Em Porto Alegre comentaram também?

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  112. tb ñ acredito em religioes, mas acredito que o verdadeiro Deus é a propia natureza.

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  113. o que ta rolando é que uma mini limpa será feita pra desinchar a folha.

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  114. http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2013/03/para-manter-salarios-em-dia-gremio-acumula-divida-de-r-6-8-milhoes-com-arena-4073392.html



    caloteiros!!!!! HAHAHAHAHAHAHHAHA

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  115. Isso jamais... Dunga já disse que seu time é D'ale e mais 10.
    E pra mim, o Sóbis atual e o Wagner não servem pra ser titulares no Inter...

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  116. João Paulo tem potencial, mas nunca conseguiu deslanchar no Inter... Acho que é um grande negócio pro Inter, pro atleta e pro Sport esse empréstimo.

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  117. Se bem que o cara entende de cerveja... E encarou uma de 10º numa boa. Talvez esse cara seja eu.

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  118. Tá de brincadeira? jamais cogitei me desassociar,mas se fizerem essa barbaridade,mando tudo a merda!

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  119. Isso foi cogitado no Rio, pois seria um sonho pro Fluminense. Porém, no Brasil, só o Internacional terá o privilégio de contar com esse genial camisa 10.

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  120. 23h. Estou cansado. Retiro-me. Amanhã acordo para ver a moça da foto abaixo, agora solteira e moradora do Leblon, bairro que tenho frequentado bastante, com alguma esperança.

    Interessadamente,
    CdP

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  121. Hoje estou empenhado sem direito a 'sursis'.
    Amanhã retomo.

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  122. O Bairrista tá guardando essa pro 1o de abril...

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  123. Vai ser bom pro guri...uma lição de humildade pra quem é craque desda base... Agora ou vai ou racha...

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  124. No final ele já tá c'os olhinho brilhando... kkkkkkkkkkkkkkk

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  125. O encosto tava pesado, hein...

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  126. Pois é, caríssimo, os apóstolos do Bezerro de Ouro sempre tentam
    apossar-se de tudo o que nos mobiliza o espírito, de tudo o que nos apaixona.
    Transformam-no em mercadoria e pasteurizam-nos o espírito que, cada vez mais
    estiolado, marcha como zumbi às chamas de Moloque. Não assisto televisão há
    anos, mas lembro duma frase que certa feita vi fortuitamente numa vinheta da
    MTV: "Você consome enquanto é consumido" -- mediante essa sentença
    representativa do "mau-cinismo" (i.e. o moderno, degradado, em
    contraposição ao de Diógenes et alii), não apenas se absolve pela confissão,
    como também cativa e alicia ainda mais.

    E os "winners" nada mais são do que os melhor adaptados (Darwin), os
    que sobrevivem, os que pontuam a "evolução", isto é, a mediocridade,
    a estreiteza de espírito. A eles (que uma amiga generaliza como
    "herbalifes") ofende a inteligência não-capitalizável, irredutível
    aos valores da economia de mercado, ao mundo pequeno-burguês. Seu sonho é virar
    milionário e não precisar mais trabalhar -- a que custo? pouco importa -- como
    se isso fosse trabalho, como se o milionário conseguirá "viver" sem o
    medo de deixar de sê-lo e a vontade de tornar-se bilionário (o céu é o limite,
    ou pelo menos o CEO). Caso lhe sobrevenha alguma crise pessoal, o sistema
    oferece-lhe por exemplo a indústria turismo: ele pode viajar ao Tibete e, na
    volta, quiçá escrever um livro sobre essa sua experiência redentora.

    Não por acaso o Futebol sucumbiu a essa tônica: antes de ser um esporte
    apaixonante, é um negócio muito lucrativo, liberal a ponto de permitir lavagem
    de dinheiro etc. Nele, o torcedor vira consumidor. Se não consumir, o seu clube
    paga o pato; mas, pra ter "tesão" de consumir, o time tem de
    apresentar resultados positivos. Mas os marqueteiros combatem essa brochice o
    tempo todo (se preciso, recorrem à chantagem emocional). E por aí vai.



    Subversiva e idealisticamente,

    Henze Saci

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  127. Pano pra manga não falta.
    Fiz mais algumas observações a partir dessa digressão.

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  128. A propósito, Crítica da Razão Cínica (1983) foi lançada no Brasil ano passado (demorou):
    http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,peter-sloterdijk-reconstroi-suas-matrizes-do-ocidente-cinismo-e-ira,899909,0.htm

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  129. Essa muyé tem a bunda da Scarlett Johansson.

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  130. Fala gurizada...

    Comecei a escrever um posto, mas ainda nao sei como acabar...



    Esse dias tive outra ideia, dexa ver se alembro...

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  131. É mais ou menos a minha situação.
    Tasquei um semiposto mesmo assim.

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  132. Bah, li e assino embaixo! A mediocridade me assusta... me assusta principalmente porque se desistirmos de remar acabaremos intelectualmente afogados...


    Eu considero saber pouco demais. Me falta um caminho traçado, embora não haja. Mas quando olho em volta pareço um anormal... Isso fala dos meus círculos, mas também da sociedade. Vossas Senhorias devem sentir na carne essas diferenças...


    Por isso voto mais uma vez pelo encontro do As Moscas...

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  133. Vou fazer um lista aqui e botar a leitura em dia.

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  134. CdP, ainda não consegui ler esse comentário. Continuem as digressões no próximo posto.


    Se me permites uma humilde e egoísta sugestão. Creio fosses mais incisivo em suas opiniões tornaria a leitura assaz aprazível, ao menos para o ambiente dàs Moscas...


    Inté!

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  135. Muito boa digressão. Daria um posto também...

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  136. Esse eu não li... Muitíssimo interessante.

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  137. Entendo o seu ponto de vista...

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  138. Por favor desconsidere minha sugestão e continue a nos brindar com vossa visão...

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  139. Que final, hein, CdP?

    'vida: bem primeiro que recebemos gratuitamente ao nascer, há algo pior do que isso?'



    Pergunto-lhes (vale para o Henze), por obséquio, qual suas formações? Qual foi o caminho para chegar a essa cultura?


    Aproveito para provocar: Não teriam passionalidade e passividade a mesma origem? A racionalidade seria o oposto propriamente dito?

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  140. Tua percepção humana das lides todas me surpreendeu, CdP. De início te achei um ser desprezível, que se divertia com nossa desgraça... Enfim, ainda não creio poder mudar meu preconceito necessário à sanidade (por ora, ainda espero alcançar a iluminação... kkkkkkk) em relação aos juristas. Qualquer pessoa que conscientemente faça do decidir a vida dos outros (não coloco semelhantes, pois não creio assim serem considerados) o seu ganha pão não me é confiável...

    E, embora não seja da área, tenho alguma experiência de convivência com tais seres oblíquos e auto-iluminados, pois trabalho em tribunal.

    Pra conheceres um pouco de minha rebeldia sem causa, tenho asco ao título doutor, seja pro jurista, seja pro médico.

    Ainda me falta conhecer a psiquê de um médico, mas um desembargador ma brindou com uma oração encravada em madeira no lounge de entrada de seu gabinete. começa assim: SENHOR! Eu sou o único ser na terra a quem Tu deste uma parcela de Tua Onipotência...


    Lógico que sou contra generalizações, assim como não julgo nada ou ninguém em meus momentos lúcidos. Mas entendo que os preconceitos são aparatos mentais necessários para a sobrevivência em sociedade...

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  141. Encomendado!

    Julgas necessário a pré-leitura de Crítica da Razão Pura?

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  142. E de lambuja veio esse: http://www.estacaoliberdade.com.br/meu-gato-mais-tonto-do-mundo/

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  143. Não. Pode sair rachando a lenha.

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  144. Muito bom comentário. Eu havia respondido a ele em uma pequena frase, que sumiu. De qualquer forma, retomo o cerne da questão, remetendo ao velho Diógenes, o cão. Dessa palavra, cão, vem etimologicamente o antigo cinismo, retomado no livro que Vossa Senhoria aqui indicava (Crítica da razão cínica), o qual ainda está no meu repertório de ignorâncias.


    Quando jovem, em curso em certa Universidade, havia, curiosamente, uma matilha que circulava pelo Campus, pela qual eu nutria bastante simpatia. Os cães viviam eudemonicamente, ao passo que os humanos viviam todos inautenticamente.


    Saudosamente,
    CdP, veterinário

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  145. Obrigado pelas palavras amistosas, Gamarra. E dizer que começamos nosso diálogo, outrora, em outro sítio, na base do embate...

    Sim, é possível dizer que tenho alguma experiência no campo, digamos, das Humanidades. O caráter desprezível que você, de início, atribuiu a mim tem alguma razão de ser, pois comecei a comentar de maneira bastante cínica (no mau sentido, não no sentido originário do bom e velho Diógenes, bem apontado pelo Henze) e irônica, justamente para construir o caráter de Ciffero de Parvalho, lá no outro blogue. Fi-lo, contudo, consciente e propositalmente.

    Quanto ao aspecto jurídico de minha personalidade, ele (o aspecto) responde, na verdade, por apenas uma parcela. Aqui no blog do Henze, tenho, em alguma medida, voltado a mim mesmo e abandonado um pouco aquela ironia inicial.

    Agora, ainda sobre o que você diz no primeiro parágrafo, é de se considerar que eximir-se de julgar, lembra-me um preceito cristão, "não julgueis", com o qual eu mesmo, não raro, ainda jovem e aluno, costumava decorar as cadeiras de uma certa faculdade de Direito. A carreira jurídica tem seus paradoxos...

    A vida de que falo, como BEM com o qual somos presenteados ao nascer, é direito constitucional (art. 5º, caput da Constituição), protegido, inclusive, objetivamente, nos primeiros artigos da parte especial do Código Penal (art. 121 e seguintes: homícidio, aborto, suicídio provocado...). Vale a pena ler esses artigos.

    Quanto às pessoas que seguem a carreira jurídica, segue-se hoje, infelizmente, uma mentalidade muito pragmática, qual seja, a do ganhar dinheiro com o Direito. Temos excelentes técnicos em Direito, como ciência instrumental, e pouquíssimos profissionais de fato voltados a uma formação humanística. Hoje, parece mais interessar a quem cursa Direito ascender economicamente ("qual concurso paga mais?"; "qual carreira permite que eu compre mais e melhores carros?").

    Por fim, a frase citada da ante-sala do tal desembargador indica um já tradicional pathos no mundo jurídico brasileiro, aquele pelo qual senhores de razoável discernimento abdicam da razão para curvar-se ao nazareno, buscando, no fundo e tão-somente, promoverem-se a si mesmos. É lamentável.


    Recomendação de leitura neste quesito final: "O Anticristo", de F. Nietzsche, em tradução de Paulo César de Souza (Companhia das Letras). Para conhecer panoramicamente a obra de Nietzsche, começar por "Ecce Homo", mesma editora, mesmo tradutor. "Ecce Homo" é a frase que, dizem, Pôncio Pilatos proferiu ao entregar Jesus Cristo àqueles que o crucificariam: "Eis o homem".



    Bibliograficamente,
    CdP

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  146. Insisto: você atribuiu sentido diverso ao final do texto. Mas a leitura que você propõe é interessante. Eu mesmo talvez tivesse escrito o que você leu em outro momento de minha vida. Agora, aos 46, alguns arroubos de pessimismo foram aplainados...

    Sobre formação pessoal, escrevi mais, abaixo.

    Abraço,
    CdP

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  147. Eu compreendi. Talvez meu extrato tenha sido por demais corto, mas foi a frase que me chamou a atenção, por isso...


    Falas do ponto de vista de um administrador contemporâneo, pobre com só, julgando um desperdício a POSSE da vida ser DADA de bom grado a qualquer pé rapado...

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  148. Fazem anos que tenho Ecce Homo na prateleira, assim como Esboço para uma teoria das emoções, mas nunca completei a leitura. Acho um tanto maçante e me falta o contexto histórico da obra para compreender sua magnitude. De qualquer forma me interessam mais as ideias, e quando leio me parece que muitas dessas ideias estão impregnadas em nosso zeitgeist, portanto não me parece algo fresh, é algo que (metido é pouco) concluo sozinho, sem tantas digressões...

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  149. Sempre entendi que o título Ecce Homo referia à exposição do homem que ele faria na obra...

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