quarta-feira, 20 de abril de 2011

Que venham as oitavas! (Inter 2 x 0 Emeleca)

Homenagem da Guarda ao Invicto de 79
foi destacada nos microfones no Bera
É isso aí, fechamos nas cabeças a fase de grupo, num jogo em tudo era possível: a eliminação precoce, o 2º lugar ou o 1º. Casa cheia, casamata renovada, todo mundo confiante e pilhadão, mas já na ansiedade de mata-mata. O adversário vivinho da silva, e time equatoriano significa força e velocidade, além dum bom toque de bola e marcação em cima.
No 1ºt os loco controlaram o jogo e meteram pavor, fiquei com a imprensão de tavam jogando como o Falcão queria que jogássemos. Parecia uma reprise bem piorada do 1ºt da partida contra o Santa Cruzes sábado passado (a estréia do Falcão), com um Inter entre o afoito, o nervoso e o desatento. De novo com o Sóbs muito bem marcado, ele que é o elemento velocidade numa escalação com meio-campo lento (Dale e Dèzin foram empurrados pra trás, e o Dale em especial é um perigo pra nós quando tá na nossa intermediária -- em vez p.ex. de quebrar a bola, quer passar o pé em cima), a bola quase não chegando no Damien também bem marcado, os laterais e os vocom dificuldade de sair jogando, sendo a direita sempre uma possibilidade de bola nas costas (Nen corredor, i.e. corre muito mas deixa um corredor nas costas), erros de passes de nossa parte, marcação adiantada e roubos de bola pelos equatorianos (que também se fechavam rápido), juiz morrinha (esse Oscar Ruiz é de cravar, foi ele que quase nos ferrou ano passado contra o Banfield na Argentina), a zaga insegura (o General rateou), enfim, penamos pra chegar no intervalo sem sermos vazados, o transformaria a parada em drama com ares de tragédia.
Veio o intervalo, mandei um pastel no seco, nervoso, e pensei "será que tem bastante café no vestiário, café pa loco?!".
E tinha! Voltamos mais ligados, começamos a acertar o toque de bola, a escapar da marcação e a se soltar mais, enquanto os equatorianos se abriam um pouco porque precisavam vencer. Logo aos 5', quando finalmente todo o Bera tinha começado a "rugir" com o "Vamo Vamo Inter" (depois veio o "Seven Nation Army"), nasceu o golzinho, saiu chorado e mascado, na goleira do placar, em testaço do Sóbs após escorada do Damien de cabeça num cruzamento do Dale, e Sóbs ficou zumbizado na comemoration (talvez porque nem viu direito que o goleirinho tinha deixado escapar a galinhola, ou achou que tava impedido, ou ficou meio atônito, daí perdeu o embalo; só não acho que o ele tava magoadinho com alguma vaiazinha esparsa que possa ter ouvido no fim do 1ºt, isso parece invencionice; Sheilah, pouco importa). Agora sim, os caras viriam que nem marimbondo pra cima, loquitos pra tomar mais um. Mas o gol da "tranqüilidade" demorava pra chegar. Renã pegou seguro uma que outra bomba, e nós indo pra cima nos espaços buscando matar a charada. Cave rendeu Sóbs aos 33'. Daí veio um lance em que o Damien se chocou com o goleiro, sentiu a nuca, ficou no chão, depois voltou meio zonzo, parecia que ia pedir pra sair, mas dali a pouco sua estrela de artilheiro brilhou: tava no lugar e no instante certo, aos 38', numa batida de roupa dum chute de quem? Guiiiiñaaaaazuuuu, o monstro! Numa participada do Cave, a bola sobrou na entrada da área, de cara pro gol, não havia outra coisa a fazer a não ser chutar, e foi o que o Cholo fez, meio contra os seus "princípios", só que no meio do gol, onde tava o puto, daí na sobra Damien colocou firme de canhota no canto direito, acelerou a lambreta em homenagem ao irmão e saiu pro abraço (El Cholo anda irado pra fazer unzinho, acho que já é o 3º ou 4º chute a gol que ele dá este ano). E o goleirinho, assim como o defensor no 1º gol, levantou o braço olhando pro bandeira como quem diz "garçon, passa a régua". Em seguida (40') o artilheiro deu lugar ao Zé, aliás uma boa opção pro jogo em razão de sua velocidade em direção à meta. Cave ainda teve a oportunidade de ampliar aos 45': chutou da entrada da área, a bola pegou na mão dum defensor, e o árbitro sonegou o penal. A essa altura, de qualquer forma, a fatura tava liquidada, tudo era festa e xalaialaiá.
Enfim, ganhamos no tranco e na raça, a partir do apoio da torcida. A volta do Oscarito vai melhorar a dinâmica pela velocidade e habilidade do guri; Dèzin tá superbem, o porém é que ele tem características muito parecidas com o Dale, i.e. a armação e o ataque ficam meio truncados contra adversários rápidos e que marcam forte (Sóbs à mercê dos marcadores, Damien isolado, Dèzin e Dale travados e empurrados pra trás).
Resumo da ópera: aqui.
No mesmo horário, as Jaguatiricas conseguiram tomar o vira-vira do morto  Jorge W lá na Bolívia e mesmo assim se classificaram, inclusive com a possibilidade de pegarem a gente nas 8ªs (daí o jogo terá de ser à noite, com o calorão amenizado). Faltam ainda 4 partidas nesta 4ª pra ficar definido quem pega quem (por ora, tá tudo muito em aberto: aqui).
Por fim, uma palavrinha sobre a manchete do Caderno de Esportes do tablóide Zero-hÉtica de hoje, Sem Diversão (em alusão ao que disse Falcão ao ser apresentado como técnico). Não iam perder a oportunidade de tentar puxar pra baixo; com todos os nossos treinadores é assim, com o Falcão não será diferente (talvez será até pior): tipo "Você não tem o direito de ficar calado, e tudo o que você disser será usado contra você!". Tivemos, isso sim, uma catarse no 2ºt.
Por enquanto é só pessoal!
Hoje mesmo sai o nosso adversário das 8ªs.
Logo mais já tamo no feriadão!
Mas em pleno domingo de Páscoa temos de encarar o Polentude no Jaconi pela semi da Taça Farroupilha.

BENZADEUS! (Le Ruque-Raque Blogue & The Black Tape Project)

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