terça-feira, 24 de setembro de 2013

Levai as Boas Novas

Por D'Jamarrah
Vivente, a prima Vera chegou!  Te recosta neste costado, aperta o play e lê esse troço, no más.

Por detrás do ídolo há homem, e por detrás do homem há o bicho. E o bicho é o bicho mais sublime que há! Mas não, o homem não admite. Nem o ídolo, este sequer cogita a sua existência em si.
Vai procurar a tua turma!
Que são os ídolos? Que Olimpo inacessível é esse para onde os ídolos se recolhem e relaxam seus defeitos, suas fraquezas, sua humanidade? No entorno deste Olimpo, silentes e intoleradas, harpias velhacas se alimentam das poucas visões que suas mentes vis podem interpretar. E que mitos são criados neste processo, quando os excrementos desses seres escorrem montanha abaixo e alimentam a outros tantos.
"O futebol é uma máfia. E a imprensa esportiva é a mais desqualificada de todas."
Sim, eu estou falando do mítico vestiário de futebol. Este templo ao qual apenas os escolhidos e iluminados tem acesso. E muitos que por lá passaram dizem que quem por lá não passou não pode imaginar as superposições de partículas que lá ocorrem. A física perde a razão. O tempo e o espaço se separam e apenas eles, estes seres iluminados, podem por ordem no fuzilamento aos sentidos. A percepção perde o chão. Há os que enlouquecem, se perdem entre influências, grupos e etnias.
Só eu sei as esquinas por que passeieieiei...
Este Celeiro de mitos e ídolos também é sensível. Seu equilíbrio fino pode ser tormentado pelo mínimo sopro do Minuano que adentre as casernas. Mas de dentro, erupções e tormentas mantém-se; em ordem a desordem.
E do mito voltamos ao ídolo. Este ser perfeito, a quem tudo é permitido e oferecido. Estes bibelôs com batatas-das-pernas platinadas e cognição primata. Bichos desprezíveis e idolatrados vivendo o mito do herói. Nós? Somos apenas pano de fundo. Corpos estanques no campo-de-batalha. Heróis são bichos superscientes que vivem no Olimpo e se apresentam a nós, descartáveis mortais, no Circo Máximo uma ou duas vezes por semana.
Este momento no Circo é o que interessa. Da ação nasce o herói. O resto é tensão. Estúpida tensão. Tensão e suor reciclados em bate-papos de butekos e puteiros. Uns bebem aos outros. Até que reste apenas um líquido sólido e fedorento. E o entorno do Circo está preparado para explodir.
Em resumo e claramente:
FODAM-SE OS ASPONES! FODAM-SE OS POLÍTICOS! FODAM-SE OS DIRIGENTES! FODAM-SE OS CHAPISTAS! FODAM-SE OS JORNALISTAS! FODA-SE A TORCIDA! E QUE OS TORCEDORES SE LIBERTEM DESSE CICLO SALGADO E PODRE! E FODAM-SE OS JOGADORES! FODAM-SE OS TREINADORES! FODA-SE O OLIMPO! FODAM-SE OS ÍDOLOS!
VIVAM OS HERÓIS! VIVA O CIRCO!
VIVA O BUTEKO ÀS MOSKA'S!
E UM TRAGO ÀS BOAS NOVAS!

BENZADEUS! (Le Ruque-Raque Blogue & The Black Tape Project)

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