Após uma semana de muita turbulência, "crise" e boataria, apenas 1 pontinho em 6, a imprensa tricuzeta (RéBi$ e cia.) enxendo o saco até dizer chega, era preciso vencermos e convencermos. Vencemos, e quase convencemos. Providencialmente os mandantes resolveram realizar levar a partida da Mina véia pro Mato Grosso do Sul. Melhor pra nós, pois a torcida colorada em Campo Grande é forte e compareceu em peso (uns 5 mil) ao estádio com o sugestivo nome de Morenão (ou Morre-não).Pois bem, aquelas partidas em que se precisa vencer a qualquer custo têm uma carga de tensão capaz de atordoar qualquer time, seja bom ou cambaleante. Pra complicar a coisa, o Coelho veio pro jogo também necessitando duma recuperação, pois havia perdido de 3 a 0 pros reservas do Vaxquin no Rio (mas ganhado na 1ª rodada, em casa, 2 a 1 no Bahia).
O jogo começou muito disputado, chegamos a levar bola na quina, mas logo tomamos conta. Aos 13', Oscarito abriu o placar; aos 15' Dale ampliou; aos 21', Oscarai neles de novo. Objetivo, com passes rápidos e pressionando na marcação, tivemos o nosso momento de Barcelona. Contando com 3 a 0 antes da metade do 1ºt, num campo esburacado, era normal que diminuíssemos a rotação, assim que era normal também os mineiros virem com mais ímpeto pra tentar diminuir -- foi o que fizeram. Ainda tivemos um penal no Nen, sonegado pelo apitador.
No 2ºt, a coelhada veio pro tudo ou nada. Começamos a tomar sufoco. Pelo que se via, não demoraria a descontarem. Aos 10', não deu outra, num chute de longe. Ainda bem que Zé avançou rápido no contrataque e tocou pro Cave fazer o seu (na comemoração, tirou a camisa e correu pra torcida -- levou amarelo, Alzira). Que beleza! Mas essa etapa complementar foi mesmo preocupante e irritante, o velho Inter expondo os seus pontos fracos que bem conhecemos. O Inter tava cada vez mais recuado e com dificuldades pra sair ao campo de ataque. Aos 20', Renã salvou pra escanteio uma bomba; em seguida fizeram um golzito anulado por falta. Aos 39' chegaram ao 2º gol... (Como disse certa vez o Boolívar, nós ganhando de 2 a 0 em casa, acabamos cedendo o empate e quase a virada: 2 a 0 é um resultado muito perigoso... Pelo visto, mesmo 3 a 0 de vantagem continua perigoso com essa defesa chave-de-cadeia.)Enfim, os 3 pontos já tavam na guaiaca. Vitória importantíssima.
Mas á preciso apontar um que outro ponto negativo:
Ruã é zagueiro, já tinha provado não conseguir jogar na lateral-esquerda; como reserva do Kréber, contratamos há pouco o Fabrício, só que este ficou no banco (parece que o Falcão andou dizendo que ele é melhor no meio-campo...), enquanto Ruã, um bom zagueiro, fazia a festa do ataque inimigo apesar da muita vontade (e em parte graças à cobertura deficiente do Diguin). A nossa zaga é um terror, bate cabeça, não se acerta. O capitão Boolívar não melhorou. O Diguin Sukin de novo quase fez um contra numa rosca pra trás, e que liga ele tem: todas as bolas que consegue rebater pra frente caem no pé ou na cabeça do adversário! Ruã é melhor que ele. Na volância, Guina não tava na sua melhor noite: errou passes curtos em zona perigosa, fez faltinha besta perto da área... Falcão, como de costume, demorou pacas a mexer: só aos 36', mandando o recém-contratado Gilberto entrar no lugar do Cavegol... e o reforço teve oportunidade de fazer o seu 1º gol com o manto colorado, em mais uma boa jogada do Zé na área, que rolou pra ele chutar e o goleiro defender. Mas o Zé, grande destaque do jogo, já tava babando sem gás, e lá pelos 40' teve de pedir pra sair: Gular o substituiu. Em seguida, foi a vez do nosso Billy The Kid, que de novo provou que não pode ser banco, também pedir pra sair: Grêidsu entrou.
Era isso. Falcão dedicou a vitória à torcida que apoiou bastante no estádio, muitos dos colorados lá presentes moram naquelas bandas há bastante tempo e puderam matar um pouco da saudade do Inter Querido! (Tinha até gazela com saudade do Inter lá...)Ata da vitória: aqui.
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