Avaliação sucinta:
Pelo que temos visto nas últimas temporadas, o Inter inverteu o significado de "camisa pesada" — a camisola colorada pesa não pros adversários, mas pros nossos próprios "guerreiros"; os reveses pregressos e a seca de títulos soam como maldição; a torcida se puxa e se ilude, faz a sua parte, ao mesmo tempo em que já normalizou o fiasco, já se acostumou a morrer na praia, a não ganhar nada, cantando E vamos, Inter! eu só te peço esse campeonato!... etc. Alguns porém assumiram o pessimismo e com ele suportam o peso das derrotas (é o caso do Sandromes). Outros tantos pularam da barca, deram um tempo por prazo indeterminado.
Será que pra nós colorados torcer dá azar? será que o melhor é torcer ao contrário, i.e. "antitorcer", já que torcer não adianta e parece fazer efeito contrário?
Repito aqui o que já disse alhures outrora: viramos um clube social e assim continuaremos enquanto não faturarmos nada.
O atual prantéu (pranto + plantel) deveria estar bem na foto, mas o fato de termos caído — invictos! — pro Jumentude Transviada reforçou a impressão de que é formado por pigmeus, mocorongos, amarelões e peladeiros. E não é que Roger Rabbit fez o Coudet? tem cabimento?! #tomanoku
Godotização:
Doravante, por período indeterminado e intermitente, utilizarei o Sistema Godot de Nomenclatura — SGN, o qual foi criado por mim a partir de mote suscitado pelo tazkeiro Peter Sen (formerly known as Djamarro) no papiamêntu dalguma bostagem meses atrás, após ele ter assistido à peça Esperando Godot. Foi quando forjei o padrão godotiano e passei usá-lo com alguns personagens do Inter contemporâneo, inclusive aqueles que eu já havia alcunhado: e.g. Mano aka Mané virou Manot; Coudot aka Cudêncio, Coudot; Renê, Renot; Wanderson aka Wandeka, Wandot; Rochet, Rochot. Também o estendi aos 4 cavaleiros do apocalipse: Henze, Henzot; Djamarro, Djarrot; Dom Ciffero aka Ciffo, Ciffot; Sandro Gomes aka Sandromes, Sandrot.
A escolha não é fortuita nem banal, porque a peça tem tudo a ver com a suprarreferida realidade do mondo colorado: o nosso Godot é o caneco que nunca chega e que seguimos aguardando...
E não é a primeira vez que lanço mão do título da peça figurativamente: cf. dois póstchs bem antigos: Amistoso em Rivera ("Godô", com o significado de mentira, a ver com a gíria "dar um godô"*), e Tensão Pré-Mazembe ("não vale mais a pena ficar esperando Godot").
*DAR UM GODÔ: Não aparecer, não pintar. É de uso restrito aos letrados, que têm noção do Esperando Godot, de Samuel Beckett. Também há o caso exagerado, "dar um godofredo", só pra aumentar a palavra e dizer isso com um som legal. (Fischer, Luís Augusto. Dicionário de porto-alegrês. Ed. rev. e ampl. Porto Alegre : L&PM, 2022. 320 p.)
Vale ressaltar que a adoção desse sistema não é compulsória a ninguém: cada um chame seus bruxos como bem entender e convir (e.g. Ciffot costuma forjar alcunhas a partir de corruptelas e anagramas dos nomes).
Segue a nominata conforme o SGN (sujeita a alterações sem prévio aviso):
Ciffot quer saber por que ninguém pegou a 9. |
Terceirizando:
Esta é a primeira vez que peço pra Inteligência Artificial (IA) escrever por mim.A ideia, no entanto, não se restringiu a pedir um texto pura e simplesmente.Eu já tinha pensado em redigir um póstch utilizando expressões dum livrinho que tenho faz tempo:
- O pai dos burros — Dicionário de lugares-comuns e frases feitas, de Humberto Werneck, Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2009, 208p.
Vários dos verbetes trazem a rubrica futebol (aliás, a única em todo o dicionário), e eram esses que no caso me interessavam (o "resto" também, tanto que à época acrescentei alguns a lápis).
Deixei a ideia em banho-maria e só agora, com o advento da IA, resolvi levá-la adiante, no sentido de testar essa badalada tecnologia e de não me dar ao trabalho de fazer uma colcha de retalhos com os clichês da referida rubrica.Ademais, do ponto de vista simbólico-conceitual, juntar o pai dos burros com a inteligência artificial é um ato (pro)criativo, à revelia da natureza. Aqui o pai é o father, o padre, ao passo que a IA é a mula, inclusive a pronúncia iá constitui onomatopeia que se faz evidente ao ser repetida de modo contínuo e exclamativo: iá! iá! iá! iá! iá! — ei-la zurrando! nisso o father (pronuncia-se fóda) ouve cioso o chamado dela no cio, e corre zurrando ao seu encontro, e o ato se consuma, e a partir dessa conjunção surge a dupla identidade: ela mula sem cabeça (aka mula/burra de padre), ele lobisomem (aka licantropo), dando à luz curupiras e caiporas.
Comando pra IÁ:→ Redija uma crônica esportiva que englobe a decepcionante participação colorada no Gauchão 2024, bem como a perspectiva quanto aos primeiros jogos da Conmebol Sul-Americana e do Brasileirão, a ocorrer em abril. O texto deverá ter entre 7000 e 10000 caracteres com espaços. É desejável que as seguintes expressões sejam usadas, sem redundância nem obrigatoriedade, na composição do texto (os verbos podem ser conjugados, se necessário):
● correr pro abraço● acertar a moldura● não escolher o adversário● não se intimidar com o adversário● respeitar o adversário.● morrinho artilheiro● atacante impetuoso● imprimir velocidade ao ataque● balançar a roseira● balançar o véu da noiva● esquentar o banco● o jogador estava na banheira● barreira humana● a bola explodir na trave (ou no travessão)● colocar a bola no ninho da coruja● na marca da cal● honrar a camisa● sentir o peso da camisa● soltar um canhotaço (ou um canudo)● carimbar o poste (ou o travessão)● tem dias em que nada dá certo● colocar água no chope● chutar nas nuvens● clássico é clássico● abrem-se as cortinas● não é nem sombra do craque que foi● todo perna de pau tem seu dia de craque● dar o melhor (ou tudo) de si● decisão: Sempre falha nas decisões● o jogador (ou O time) não estava no seu dia● drible desconcertante● arrancar um empate● empate com sabor de vitória● ficar no empate● não ir além de um pálido empate● erro fatal● sentir a estreia● usou toda a sua experiência● o facultativo entrou em campo● carimbar a faixa● falta para cartão● o fantasma do rebaixamento● confirmar o favoritismo● quem não faz, leva● jogar pelos flancos● engolir um frango● de frente pro crime● sabíamos que, mais dia, menos dia, a invencibilidade ia cair● jogada previsível● o juiz ergueu os braços● descolar um lançamento● não se intimidar com o Beira-Rio*● levar a menina (i.e. a bola)● dar números finais à partida● desperdiçar as oportunidades● seguir as orientações do professor● partir para o tudo ou nada● passe primoroso● fazer as pazes com a vitória● encher o pé● pecar nas finalizações● perdido em campo● afastar o perigo● levar perigo à área adversária● a gente fez o que o professor mandou● balançar (ou estufar) a rede● na rede. pelo lado de fora● administrar (ou buscar) o resultado● eterna rivalidade● tarde infeliz (ou inspirada)● sentir o desgaste da temporada● fazer valer a força da torcida● jogar como um veterano● o perdedor valorizar a vitória● retomar o caminho da vitória
*no original: Maracanã.
Obs.: Não incluí na lista supra os verbetes futebol e pênalti, e um que outro lugar-comum.
Texto gerado pela IÁ:Crônica Esportiva: O Colorado em Busca da Redenção
As cortinas se fecharam para o Gauchão 2024, deixando um gosto amargo para o Internacional. O Morrinho Artilheiro viu um time que, longe de acertar a moldura, parecia perdido em campo. Não era sombra do craque que já foi, sentindo o peso da camisa em cada lance. Tem dias em que nada dá certo, e infelizmente para o Colorado, foi uma temporada repleta desses dias.
O técnico, conhecendo a eterna rivalidade do futebol, sabia que não se pode escolher o adversário. Mas também sabia que o time não poderia se intimidar, mesmo diante de uma barreira humana imposta pelos adversários. O Colorado, porém, falhou nas decisões cruciais, desperdiçando oportunidades e pecando nas finalizações.A bola teimava em explodir na trave, como se o destino estivesse conspirando contra. O atacante impetuoso, que já balançou a roseira tantas vezes, agora se via chutando nas nuvens, com um canhotaço que parecia carimbar o poste a cada tentativa. O Morrinho Artilheiro, que já viu tantas vitórias, agora sentia o fantasma do rebaixamento rondando seus corredores.Chegou a hora da estreia na Conmebol Sul-Americana e do Brasileirão, e o Colorado precisa retomar o caminho da vitória. O técnico sabe que é preciso fazer as pazes com a vitória, honrando a camisa vermelha que tantas glórias já trouxe. É hora de mostrar que todo perdedor pode valorizar a vitória, mesmo que tenha que engolir um frango de vez em quando.Os primeiros jogos se aproximam, e a torcida espera que o time volte a imprimir velocidade ao ataque. Jogar pelos flancos, descolar um lançamento primoroso, arrancar um empate com sabor de vitória quando necessário. É hora de seguir as orientações do professor, mesmo que isso signifique partir para o tudo ou nada.O Beira-Rio, sempre palco de emoções, não pode mais intimidar o Colorado. A torcida está pronta para fazer valer sua força, empurrando o time como um veterano experiente. É hora de levar perigo à área adversária, de encher o pé e balançar a rede novamente, carimbando a faixa dos adversários.O Morrinho Artilheiro, que já foi palco de tantas glórias, agora se prepara para escrever um novo capítulo em sua história. É hora de não ficar apenas no empate, mas de buscar a vitória a todo custo. O Colorado precisa recuperar sua identidade, seu estilo de jogo aguerrido e determinado.As cortinas se abrem novamente, e o Colorado entra em campo com a determinação de um time que sentiu o desgaste da temporada, mas que está pronto para retomar o caminho da vitória. O juiz ergue os braços, o apito soa, e a bola começa a rolar.Que os deuses do futebol estejam conosco, pois sabemos que, mais dia, menos dia, a invencibilidade ia cair. O Colorado está pronto para dar o melhor de si, para não se perder em campo, para honrar a camisa vermelha e para fazer valer a força de sua torcida apaixonada.Que os adversários estejam preparados, pois o Colorado está de volta. É hora de correr pro abraço, de balançar o véu da noiva da vitória e de retomar o caminho que sempre foi seu por direito.Texto com aproximadamente 7421 caracteres com espaços. [ChatGPT 3.5, em 27/03/2024]
Alternate take: [06/04/2024, 23:50]No comando pra IÁ supra, substituí "decepcionante participação colorada" por "campanha invicta do Colorado". O resultado foi um tanto diferente:
Abrem-se as cortinas para mais uma temporada de emoções, rivalidades e aquela dose extra de paixão que só o futebol gaúcho proporciona. Os gramados verdes, as arquibancadas pintadas de vermelho e as vozes da torcida ecoando pelo ar. É o Gauchão 2024, e o Internacional chega com fome de bola, determinado a fazer história.
Desde o apito inicial do campeonato, o Colorado não pareceu estar para brincadeira. Não escolheram adversário, mas sim todos os desafios que se colocaram à sua frente. Era o morrinho artilheiro, o atacante impetuoso, a equipe pronta para imprimir velocidade ao ataque e balançar a roseira.
Jogada após jogada, gol após gol, o Internacional foi construindo sua campanha invicta. Não se intimidaram com o Beira-Rio lotado, com as barreiras humanas erguidas pelos adversários, ou mesmo com a bola teimando em explodir na trave.
O técnico, estrategista nato, sabia como colocar água no chope dos oponentes. Ele comandava seus jogadores, fazendo-os honrar a camisa, sentir o peso da história colorada, mas também dar o melhor de si em campo.
Clássico é clássico, e cada confronto desses era um capítulo à parte. O confronto com o Grêmio, eterno rival, foi um desses momentos. As pernas de pau se transformaram em craques por uma tarde, e o Internacional conseguiu sair com um empate com sabor de vitória.
Mas nem só de clássicos vive o futebol gaúcho, e as batalhas contra outros times foram igualmente intensas. Houve jogadas previsíveis, erros fatais, mas também chutes certeiros que acabaram por carimbar a faixa de muitos adversários.
O fantasma do rebaixamento, sempre à espreita, ficava cada vez mais distante a cada rodada. Confirmar o favoritismo era necessário, mas não fácil. Todo perna de pau tem seu dia de craque, e os adversários estavam ali para mostrar isso a cada partida.
Na marca da cal, o coração acelerava, os torcedores seguravam a respiração, e o jogador sabia que ali estava a oportunidade de fazer as pazes com a vitória, de encher o pé e balançar a rede.
E assim, rodada após rodada, o Internacional foi seguindo as orientações do professor, administrando e buscando resultados, afastando o perigo e levando perigo à área adversária.
Chega-se ao fim do Gauchão 2024, e o Colorado mantém sua invencibilidade. A torcida, fiel como sempre, vibra, canta e espera ansiosa pelo próximo desafio.
Mas a vida de um time de futebol é feita de etapas, e agora é hora de virar a chave. A Conmebol Sul-Americana e o Brasileirão estão à porta, e o Internacional não pode perder o embalo.
Os primeiros jogos já estão marcados, e o time sabe que não há espaço para ficar no empate, para pecar nas finalizações ou para se perder em campo. É hora de retomar o caminho da vitória, de carimbar a faixa dos novos adversários, de jogar como um veterano mesmo com o desgaste da temporada.
O facultativo entrou em campo, mas agora é a hora dos titulares brilharem. É a hora de correr pro abraço, de fazer valer a força da torcida que nunca abandona.
E sabemos que, mais dia, menos dia, a invencibilidade pode cair. Mas enquanto a bola estiver rolando, enquanto os jogadores estiverem em campo, o Internacional estará lá, dando tudo de si, buscando sempre a vitória.
Que a temporada 2024 seja repleta de emoções, conquistas e muitos gols para o Internacional. Que a campanha invicta no Gauchão seja apenas o começo de um ano brilhante para o Colorado. E que, ao final de tudo, possamos dizer com orgulho: "Somos Internacional!"