PÓS-PELEIA:
Confirmamos o favoritismo e estamos na final da Piratinica, domingo que vem em Ijuí, terra do Dungo, contra o Ijuí que na véspera vencera o Caxias por 2 a 1 (saiu na frente, aos 3', deixou empatar ainda no 1ºt e meteu o gol da vitória logo no começo do 2ºt, também aos 3') .
A partida começou truncada devido à marcação do Esportivo, como era de se esperar, e o Inter tentando se impor. Aos 28', porém, Furlã mandou-lhe um tirambaço de esquerda no canto direito, lá do meio da rua, estilo Copa do Mundo, animando com isso os torcedores colorados em particular e os entusiastas do ludopédio em geral. Antes disso, o bandeira assinalara um impedimento do Esportivo, gerando muitas reclamações. Precisando mudar a postura a fim de empatar, mas sem ter muito como fazê-lo, o alviazul só foi assustar aos 39', em chute de Leo, ex-Inter. Do nosso lado, Dale sofria com a marcação, Damien tentava superar a escassez de gols, o resto do time dava combate e procurava ser incisivo (todos foram razoavelmente bem).
Na 2ª etapa, contivemos o ímpeto inicial do time de Bento e conseguimos 3 chances em chutes de Fured (10'), Dale (12') e Furlã (20'). Aos 22', o uruguaio driblou pra lá e pra cá antes de ampliar o placar, de direita na direita. Ele parece ter voltado a ser o craque que todos esperávamos; é o artilheiro no campeonato. Na seqüência, o estreante Cai rendeu Damien (D9 parecia a fim de jogo, mas não rendeu e foi sumindo), Dungo foi expulso (hilário, aos 27'), Fured disparou de fora da área (o arqueiro pegou em 2 tempos, aos 32'), o tremelicante Murriéu quase foi surpreendido (em bola cruzada, aos 34'), o pendurado e amordaçado Dale cobrou falta rente ao travecão (aos 38'), pra logo empós ser substituído por ninguém menos que ele mesmo, a fera Vitojúnio, Jozemar invadiu a área em tabela com Cai mas a graxa da sua botina preta fez a bola ir pra fora, e por fim o nosso camisa 7 quase meteu o 3º em chute cruzado dentro da área (aos 43').
Enfim, vou na contramão do ranço segundo o qual times como o Esportivo não são parâmetro e o Gauchonga não serve pra nada, patati-patatá. Tenho assistido com gosto aos jogos do Inter comandado pelo figuraça Dungo.
 |
| Zebrinha se refrescando refestelada * |
* Zebrão é uma das alcunhas do time de Bento Cramento.
PRÉ-PELEIA:
Domingueira de jogo decisivo, valendo vaga na final da Taça Piratinica. Após ter despachado o gremixo (cujos titulares correram da raia), temos pela frente o Esportivo, que surpreendeu o Lajeadense (dono da melhor campanha).
O alviazul, comandado pelo Luiz Carlos Winck, bróder do Dungo por 20 anos (desde o Celeiro de Ases), contará como boa presença de sua torcida no Centenário.
O time de Bento tem 3 desfalques: o meia Paulo Josué (3º amarelo), o atacante Fabinho (pertence ao Inter) e o zagueiro Dirley (expulso contra o Nóia).
Do nosso lado, os desfalques continuam os mesmos, todos por lesão (Yndio, Jácson, Ronauduauvs, Kréber, Uílians e Datlo). A escalação se repete: Murriéu, Gabriéu, Moleds, Ruã, Farbício, Ygor, Jozemar, Fured, Dale, Furlã e Damien.
E o banco? E o sobrinho Cláudio Winck?
 |
| Saudosismo no confronto |
Dungo:
— Nós tivemos uma época boa, muito alegre. Só que o futebol está diferente. Na nossa época era diferente. Tinha mais dificuldade, mas era muito mais divertida a convivência. Hoje, com 12 anos, o jogador já é tratado como profissional. Ele cuida da imagem, da chuteira. A gente pensava em se divertir. Não tinha essa coisa blindada, dentro de uma caixa. Foram anos legais.
— Fico feliz porque ele veio trabalhar no Rio Grande do Sul. Ele está fazendo um bom trabalho.
Winck:
— É lógico que vou abraçá-lo, e conversaremos, sim. O Dunga e eu nos criamos juntos no Inter. Sempre fomos muito amigos, uma identificação de irmãos. Subimos quase no mesmo período. Ralamos muito para chegar ao profissional. Era preciso trabalhar dobrado. Conquistamos muito juntos, estivemos na Seleção. Tenho muita amizade e respeito por ele.
— O Dunga foi bem na Seleção e está bem no Inter. Ele é um cara inteligente, que conhece futebol. Espero que ele tenha muito sucesso.
— Todo mundo sabe o que eu sinto pelo Inter. Sempre tive o respeito com a torcida e a instituição. Amo o clube. Sempre fui muito identificado e consegui ser um dos grandes laterais. O meu objetivo é um dia chegar, sim. Vou trabalhar para isso e repetir os passos do Dunga.
