Pela segunda vez consecutiva, temos de comemorar (ou se contentar) com um empate no finzinho. No último lance, em escanteio aos 49', logramos arrancar um ponto depois de ter tomado a desvirada. Pelo menos não perdemos do agora líder e temos, continuamos tendo um jogo a menos, repitamos pra nós mesmos. Mas dá uma raiva do inferno ter de sempre aturar Murriéu aceitando gol a torto e a direito, o manco Ronauduauvs, os erros de passe etc.
Hoje até que demoramos a levar o primeiro: foi só lá aos 9'. Depois, aos 32', vimos por duas vezes a estrela e categoria de Scocco 32 brilhar em menos de 60 segundos! Intervalo, o time volta mal, travado, sofrendo pressão, sem conseguir encaixar um contrataque matador. Então o nosso arqueiro de luvas fúcsia resolveu cometer penal aos 18', só pra poder imitar uma pobre marreca sendo abatida ao alçar vôo. Enquanto isso, Dungo prometia o gândula em vez de tratar de mandar os guris ou mais alguém a campo. Nem precisou muito pra tomarmos fumo de novo, num chute de fora da área aos 29', a bola passando entre os dedos do Mr. Frisbee. Foi a ficha pro Dungo fazer sua única substituição, chamando Tavin pra render Alex aos 32', coisa que muitos espectadores colorados nem testemunharam, pois a partir do terceiro gol só os masoquistas de fé como eu continuaram assistindo, chuleando um "empate heróico" numa espirrada de sorte. E fomos premiados: Chupa-Cabra, o Iluminado Profeta "no apagar das luzes" ("Não desistimos de buscar o empate. A esperança é a última que morre. Fui pra área e fui feliz. O futebol é assim: temos que lutar!"). Uíliams, no entanto, foi o eleito pelo GE nosso melhor em campo (pra espanto dalguns aqui, se não de muitos). No quesito declarações, destaque pra franca lucidez do Jenrique: "Temos que aprender a jogar bola quando estamos vencendo. Não jogamos no segundo tempo, e também temos que aprender a não jogar somente depois que estamos perdendo por 1 a 0".
Com o resultado, não saímos do lugar, isto é, terminamos a rodada mais ou menos onde começamos, em sétimo (quarta-feira tínhamos caído de sexto pra oitavo). E na próxima, em "casa" contra o Galináceo, Ruã cumpre suspensão pelo terceiro amarelo. Ata.
Com o resultado, não saímos do lugar, isto é, terminamos a rodada mais ou menos onde começamos, em sétimo (quarta-feira tínhamos caído de sexto pra oitavo). E na próxima, em "casa" contra o Galináceo, Ruã cumpre suspensão pelo terceiro amarelo. Ata.
Eu contra mim. (Atentai pro uso do pronome pessoal após preposição.) |
PRÉ-PELEIA
Em condições adversas e sem muito ânimo nem inspiração, escrevinho-lhes este posto pra partida de logo mais à noite. As últimas rodadas têm deixado muito a desejar (frase insossa; leia-se: foram uma merda). Passamos das grandes expectativas à desconfiança e, em seguida, ao ceticismo. O time vem levando gols em profusão, os "cordéis da cidadela colorada" sendo estufados com facilidade, a nossa meta parecendo um saco sem fundo ─ haja produção ofensiva! ─ problema esse dissecado pelo Ciffero no posto anterior. Aplicando a expressão bíblica ao Inter do Dungo: um gigante com pés de barro, qualquer cascalho pode rolar do morro e nos ferrar. Tudo bem, temos um jogo a menos e nem estamos tão mal na tabela. Mas o que importa não é essa desculpa com prazo de validade curto, e sim os três pontos do desafio presente.
O adversário da vez ocupa o segundo lugar no certame, empatado em número de pontos com o primeiro (que ontem abriu as pernas na Arena 36, permitindo ao favorecido Bremixo adentrar no G4), e vai isolar-se na liderança mesmo com um empate. Já o Colorado, momentaneamente em oitavo (perdemos duas posições ontem), pode até retomar o seu lugarzinho ao sol na zona da Libertas (desde que o Atlético-PR não vença o SPFC no Morumbi). Ambas as equipas buscam a retomada. Desfalques eles têm quatro, enquanto nós contamos nove (quase um time completo, apesar de que apenas o convocado Furlã tem status de titular).
De novidade, há o retorno de Ygor à volância (saído do DM como Lázaro do sepulcro), além da improvisação de Jenrique (agora tachado de "polivalente") na lateral direita. Na esquerda, Farbício Chupa-Cabra, também retornando de suspensão, deixa o Kréber no banco. O esquema continua o 4-4-2, com Scocco Tucanacho fazendo dupla com Damien. O anfitrião vai de 4-5-1, com Elias como ponta-de-lança servido por Seedorf pelo meio, mais os atacantes Vitinho e Rafa Marques (artilheiro) como alas; na zaga, nosso ex-general Bolivery...
Este ano "tivemos a felicidade" de vencer os outros três cariocas (um no Rio e dois em Caxias). Ostentamos ainda um ótimo retrospecto contra o Fogareiro no Maraca pelo Brasa (faz 24 anos que não perdemos lá). A rigor, isso representa muito pouco a nosso favor, talvez até sirva de incentivo adicional ao adversário. Vamos, vejamos e vençamos! O resto é história.
Estrela Solitária com fogo na rabeta. |