quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Intermezzo: 2023 ↔ 2024

MERRY CHRISTMARX! CADÊ MINHA MAIS-VALIA?!
CEIA IMPERDÍVEL, COM O TRADICIONAL "PERU AO FORNO TRASEIRO".
Entre a temporada recém-finda e a próxima vindoura vivemos um momento de transição inercial, como sapo em banho-maria (atenção pra anfibologia), presos no vácuo que se forma após os finalmentes duma cópula até as preliminares da próxima, suscetíveis à melancolia e ao mesmo tempo incapazes de resistir à piscadela da cachorra logo adiante... Por ora, a roleta está rolando sem bolinha, as cartas se limitam ao solitário. O pornô per se é um paliativo que não convence, e o marasmo impera. [Okay, este primeiro parágrafo não diz nada com nada! ou diz?]

Não que o ano tenha sido ruim — pensando imparcialmente (se isso é possível), até que foi bom, porque fomos mais longe do que esperávamos, e pudemos sonhar alto... Eis senão quando a deusa Fortuna nos abandona, e a cama king-size se transforma num beliche de cima do qual caímos desacorçoados; mas em seguida juntamos os cacos e seguimos em frente. Ou seja, não temos do que reclamar e tampouco por que sermos ingratos. Poderia ter sido melhor? poderia (não apenas melhor: o máximo!). Valeu a pena mesmo assim? valeu. Temos boas perspectivas? temos. Então que venha o porvir!  Ao fim e ao cabo... [Outro parágrafo tergiversante.] 

 ☆☆☆

Aqui talvez coubesse um retrospecto dos altibaixos. Limitemo-nos a elencar os destaques positivos, a saber, em ordem cronológica:

● contratação do Ennerval 13 (o psicopata colorado);
● troca do Manot pelo Coudot aka Cudêncio (a volta do técnico pródigo);
● contratação do Rochot (habemus portarium);
● assinatura com a Liga Cujo aka Futebol Forte, ou Feijoada com Farofa - LFF (a cabeça de sardinha entrou pelo rabo de tubarão);
● classificação às semifinais da Libertas (é-pi-ca a vitória sobre O'Ríver no Bêra e inesperada a sobre o Boliva em La Paz); 
● vitória acachapante sobre o Humaitense aka gremixo pela 26ª rodada do Brasa no Bêra (retrospectivamente, esse resultado foi decisivo no final do certame...);
● reeleição do presidente Barcelino aka Barcelênin (apertada é mais gostoso); 
● Gurias campeãs gaúchas (no randevu das arquirrivais) e da Ladies Cup (em cima das Sereias).

Acho que não esqueci nenhum...   

 ☆☆☆

Sobre a reeleição do Barcelino: no decorrer do primeiro mandato, ele cometeu algumas heresias em relação ao status qu (sic), i.e. foi fazendo ajustes incômodos ao esquema miguxês e acertou a mão no último ano do mandato (cf. lista supra).

Em princípio, o escopo de 2024 é faturar o Brasa, porque estamos na fila há séculos e vimos batendo na trave (inclusive ou sobretudo submetidos a escamoteios). Tem ainda a Shula e a Cobra. Porém, antes de tudo vem o Gauchonga (1ª peleia prevista pra 20/1 contra o Avenida no Bêra). 

Uma ideia inovadora que decerto nos ajudaria a lograr sucesso na busca do Santo Graal: instalar caixas orgônicas no C.T. e no vestiário, a serem usadas pelo prantéu & comixão ténica (sic— vou propor isso ao Departamento de Fustebol (oportunamente quem sabe eu dê mais detalhes na presente bostagem ou depois).

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Quanto aos apelos de final de ano (Natal & Reveião), aproveitemos pra refletir no casaco de Marx*, tantas vezes por ele penhorado e resgatado, bem como no "fetichismo da mercadoria", na futilidade existencial, etc. Mas nada de autoflagelação! Afinal, merecemos bastante orgônio (que aliás é "de grátis").

*E também no capote de Gógol.  

Saudações ruquerraqueanas! 

Feriae quae serae tamen.
The Was (2016) - The Avalanches + Soda_Jerk

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Novembro–Dezembro Colorado: Varzileirão© 2023 (rodadas 31 a 38)

Há uns trinta dias, envoltos em "Lindos Sonhos Dourados" (ui!), escalávamos o Everest e, prestes a chegar no acampamento 4 (o último), já projetávamos atacar o cume, i.e. a antecamâra do paraíso. Todavia, um passo em falso com a guarda baixa nos jogou pra fora do ringue, e caímos na real, desatinados. Numa fração de segundo, passamos das grandes expectativas às grandes apreensões. Sem tempo pra lamber as feridas (ou ferir as lambidas) — porque logo adiante tínhamos de duelar com o arqui-inimigo no deserto — reerguemo-nos e fomos pro pau: saímos vitoriosos! mas essa alegria toda não chegava a ser euforia, porque esta tinha ficado lá atrás, e o travor da bílis negra aka atrabílis (melancolia*) ainda se fazia sentir, e a força gravitacional nos puxava pra baixo; despercebidamente, começamos a flertar com o báratro (no horizonte, o Apocalipse)... Da utopia à distopia, prevaleceu a entropia. 
μελαγχολία -ας, ἡ = ion. μελαγχολίη -ης, ἡ• bile nera, umor nero, malinconia, tristezza, collera, risentimento, follia, delirio. (app 'Dizionario Greco Classico', Edigeo 2017-2021) 
 
☆☆☆
Em meio a percalços, armadilhas e emboscadas, o andar ficou cambaleante. Será que batemos a cabeça? A birita pegou? Ou tomamos o remédio errado? E o livre-arbítrio (liberum arbitrium)**, não passa de ilusão? Temos escolha diante de tantos escolhos?
 
** Livre arbítrio, Mor.: É primordial distinguir liberdade e livre arbítrio. A liberdade tem acepção mais indeterminada, mais ampla e mais funda. Pode assim falar-se de uma liberdade divina e, mais modernamente, de uma liberdade potencial no seio da Natureza. (...) O livre arbítrio é uma determinação específica da liberdade, circunscrita ao homem e à consciência humana. Tem carácter subjetivo, está ligado à mais profunda intuição ou instinto, e supõe necessariamente escolha e opção. (In B.I., nº 27, II Série, 1973, da F. C. Gulbenkian.)
LOBO, António. Dicionário de filosofia. 4ª ed, Lisboa: Plátano, 1996, 188p.

Livre arbítrio: 1. O poder de fazer escolhas sem constrangimentos, o que inclui a capacidade e possibilidade para iniciar ações. 2. A fonte da convicção de que, das as mesmas circunstâncias, o sujeito poderia ter agido de outra maneira. 3. A fonte do poder de desejar algo e dirigir energias na direção almejada, para poder realizar o alvo que teve (ou tem) em mira. 4. A fonte da convicção de haver vias de ação alternativas abertas a todo momento, sem que nenhuma delas seja vedada.
Livre arbítrio e determinismo: O primeiro afirma que a pessoa pode escolher, optar de acordo com a própria vontade, enquanto para o segundo, todos os acontecimentos, inclusive as ações humanas, são predeterminados. Tudo o que acontece, acontece com absoluta inevitabilidade.
GILES, Thomas Ransom. Dicionário de filosofia: termos e filósofos.  São Paulo: Epu, 1993, 262p.

livre-arbítrio: Faculdade que tem o indivíduo de determinar, com base em sua consciência apenas, a sua própria conduta;  liberdade de escolha alternativa do indivíduo; liberdade de autodeterminação que consiste numa decisão, independentemente de qualquer constrangimento externo mas de acordo com os motivos e intenções do próprio indivíduo.  Desde Sto. Agostinho, passando pelos jansenistas e luteranos, o livre-arbítrio tem sido tema de grandes polêmicas em teologia e em ética.  Oposto a determinismo.  Ver jansenismo, liberdade.
JAPIASSÚ, Hilton & MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990, 265p.
 
Por exemplo: escolhemos torcer pra determinado clube, ou somos levados a escolhê-lo — o que prevalece? Ou é algo que acontece assim no mais? Seja como for, nesse caso específico se trata duma “escolha” que, uma vez consumada, não permite desescolha; aliás, dá pra dizer que o escolhedor ou escolhido sempre foi assim e não assado, desde antes de nascer, e não quererá ter sido diferente. Daí quem sabe um dia cantará no meio da torcida:
— Sou... sou colorado até morrer!... Não importa o que acontecer... pra cima delas, meu Inter!... Vamos lutar, vamos vencer! (Cf. vídeo ref. brenau 424.)
Que os reveses nos deixem mais resilientes, fanáticos e obstinados! (Pra que o saldo seja cada vez mais positivo.)
Fonte: →Tumblr (textículo + links)

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Muslimgauze ‎– Mullah Said (1998) [FULL ALBUM]

RESENHAGEM OFICIAL:
— Fiquem tranquilos, que eu tô tremendo!

NOVES FORA NO BRASA 
48% de aproveitamento 
(42,1% no 1º turno & 54,4% no 2º) — 9ª colocação.

GURIAS CAMPEÃS DO GAUCHONGA, DIA 26/11!
BARCELINO aka BARCELÊNIN REELEITO ONTEM, DIA 9!
GURIAS CAMPEÃS DA LADIES CUP ONTEM, DIA 10!

sábado, 30 de setembro de 2023

Outubro Colorado, ou Nada: Libertas + Varzileirão© 2023 (e o "Eterno Retorno do Mesmo")


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O tempo é uma flecha curva, igual o arco que a dispara, e atravessa múltiplos alvos. Quando andamos pra frente, na verdade estamos indo pra trás — não de ré, mas de frente mesmo. Do futuro ninguém se lembra, embora ele vá se repetir no próprio passado, o qual está sempre vindo a nosso encontro à medida que o dito futuro vai-se indo enquanto caímos pra cima, tudo envolto num silêncio ensurdecedor que ninguém vê porque a luz alta de noite nos ofusca na combinação variante de sonho e realidade, sono e vigília, razão e devaneio, consciência e alienação, memória e amnésia, cosmos e anticosmos, corpo e anticorpo, matéria e espírito, ordem e caos, zero e um, yin e yang, etc.
 
Estas linhas que estás lendo e das quais não te recordas, já as leste e lerás infinitas vezes, tal como eu já as escrevi e escreverei noutros tantos instantes únicos, dos quais tampouco me lembro ou lembrarei. Cada um desses repetidos "Eus" e "Tus" conta com os seus próprios mesmíssimos pretéritos do futuro e futuros do pretérito que se sobrepõem aos demais numa constante onipresença, como se fossem os átomos ou bits de Deus ex-machinaO futuro é sempre passado de si mesmo e vai repetir-se como presente, sem tirar nem pôr.

O que quer que aconteça, estará inescapavelmente se repetindo ad infinitum. Quanto a nós, meros cocôs-de-mosca-na-vidraça do Universo, vivemos a mesma reencarnação em looping (como personagens dum filme), entremeada por limbos transubstanciais; quer gostemos disso ou deixemos de gostar, estamos eternamente retornando ao mesmo, like a virgin de verdade — e não como aquela da cena de abertura do Cães de Aluguel / Reservoir Dogs (cf. 2º póstch de maio no Ludopédio) — i.e. cabaços desmemoriados a quem no máximo é lícito gozar um déjà-vu de vez em quando. Resta-nos a convicção de que podemos investir no futuro e o consolo de que o que tiver de ser, será (até porque já o foi). Não existe além nem aquém: somente o aqui-e-agora, hic et nuncNada nunca é sempre tudo, e vice-versa. Pelear e chulear — de preferência rindo e dançando como um demônio ambivalente.

O melhor é não ter nascido; mas, visto que nascemos, então o melhor é morrer quando calhar, vivendo de modo que desejemos reviver tudo de novo outra vez: eis o imperativo categórico (e paregórico) na doutrina do Eterno Retorno do Mesmo (Die Ewige Wiederkunft des Gleichen), marmita dos pitagóricos, estoicos e neoplatônicos requentada pelo negão Nietzsche e seu avatar Zaratustra (Zara pros íntimos)*. Parece fácil, mas não é — pelo contrário, implica erguer "O mais pesado dos pesos"**, factível pelo exercício da Vontade de Phoder ou de Phodência/Putência (Wille zur Macht) dionisíaca e telêmica. Somente através dessa aceitação afirmativa e transformadora o vivente suplantará o niilismo passivo de "querer pra trás" dentro da Matrix (um autoplágio recorrente) e quebrará o Feitiço do Tempo.
 
* Há dois aspectos na doutrina do Eterno Retorno/Refluxo: o cosmológico, que pende pra retórica; e o experiencial, que pende pruma espécie de eudemonismo (cf. tb. eudaimonia) e amorfatismo (de Amor Fati: Amor ao Fado, anagramaticamente à Foda, remetendo ao francês je-m'en-foutisme, i.e. tô-pouco-me-fodentismo, dicionarizado como tanto-se-me-dá-como-se-me-deu e indiferentismosinônimo de je-m'en-fichisme, i.e. tô-pouco-me-lixandismo
ou tô-nem-aísmo; porém, a "indiferença" do Amor Fati nietzschiano é ardorosa). 
** Cf. §341 de A Gaia Ciência — in: NIETZSCHE, F.W. Obras Incompletas, coleção Os Pensadores 3ª ed. Abril Cultural 1983, trad. Rubens Rodrigues Torres Filho; peidéfi ed. Nova Cultural 1999 p.193; atualmente pela Editora 34.

O próprio negão Zara nunca esteve nem estará em nenhum lugar que não tenha estado ou esteja ou venha a estar — é inquilino de seus espaços-tempos, como se estivesse sempre em todos e nenhum de seus lugares, alhures e nenhures, tão vivo quanto morto (mais ou menos como o "Gato de Schrödinger", citado e lincado no póstch de agosto). A diferença é que ele personifica a superação de si mesmo através do Etorno Reterno (a exemplo de Odisseu, que não para de retornar a Ítaca).

Assim falou Henzetustra 
(eternamente retornando  do e ao Beira-Rio num pé de vento).

ATENÇÃO: o texto em tela constitui uma abordagem livre e pouco séria.
 
DICA de leitura (além dos links supra): artigo de Scarlett Marton, disponível no IMS e na USP (originalmente publicado em Nietzsche, uma Provocação, coord. Christoph Türcke, Ed. UFRGS & Goethe-Institut Porto Alegre 1994).

+DICA (by Dom Ciffo em 15/10): What is Virtue According to Nietzsche?

++DICA (by Henze em 16/10): Nietzsche fundou terrorismo do pensamento (FSP 20/05/1994). 


O presente tema foi suscitado por uma disqusão entre mim e Djamarro na bostagem anterior:
Links do papiamento (ordem regressiva, i.e. a partir dos mais recentes):
http://disq.us/p/2vpmdqr http://disq.us/p/2vpllo9 http://disq.us/p/2vpdx1k http://disq.us/p/2vpij46 http://disq.us/p/2vpikpq http://disq.us/p/2vpiuc6 http://disq.us/p/2vpu2i3 http://disq.us/p/2vpil6j http://disq.us/p/2vpj2b4 http://disq.us/p/2vpjcjm http://disq.us/p/2vpirj7 http://disq.us/p/2vpkmpg http://disq.us/p/2vpkhe5 http://disq.us/p/2vpkk3m http://disq.us/p/2vpkd60 http://disq.us/p/2vpk9gd http://disq.us/p/2vpk8dg http://disq.us/p/2vpk6au http://disq.us/p/2vpk32z http://disq.us/p/2vpju45 http://disq.us/p/2vpjs17 http://disq.us/p/2vpjonb http://disq.us/p/2vpjsk4 http://disq.us/p/2vpjm79 http://disq.us/p/2vpfwmr http://disq.us/p/2vphv9j http://disq.us/p/2vpih19 http://disq.us/p/2vphw8t http://disq.us/p/2vpjzod http://disq.us/p/2vphywr http://disq.us/p/2vpi84o http://disq.us/p/2vpi8wk http://disq.us/p/2vpi91c http://disq.us/p/2vpicgt


Ainda a propósito de Amor fatié o título duma bostagem antiga, que marcou uma pausa de quase 5 anos aqui no buteko. 

Aphex Twin - Stone In Focus - Philosophical Ape 2 hours

RESENHAGEM OFICIAL
Patrocínico:

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Setembro Colorado: Libertas e Varzileirão© 2023


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Para tudo! Não me acordem, que eu tô ligado! O ano é 2023, o mês é setembro, mês do aguaceiro, da Semana Farroupilha e do equinócio da primavera, deixando pra trás ciclones e invernadas. Eis-nos mais firmes e fortes: a prova de que não despachamos à toa o badalado O'Ríver numa hipersuperultramegagigamemorável peleia catártico-apoteótica, sujeitos aos caprichos dos deuses que, jogando dados e dardos, se divertem às nossas custas, ora nos ajudando, ora nos cravando — sofremos e gozamos, rimos e choramos, bravamente nos estrebuchamos, tudo ao mesmo tempo sempre agora.

Agraciados, calhou de irmos jogar lá na altitude quase estratosférica da Bolívia, a fim de enfrentar os temíveis Celestes — eles com quatro pulmões, nós com apenas um: mais ou menos assim nos pintaram o quadro, restando-nos o objetivo de voltar pra casa vivos. Porém, a essa altura já nos permitíamos ir além do homem, acreditar no próprio taco e na boa sorte, turbinados pelo prana andino. Então o Saci, tendo mascado umas folhas de coca que comprou duma tia na esquina, fez a bolota rodopiar como um pião de pixels no fundo da cidadela bolivarista e daí continuar zicada a nosso favor até o apito final; e pôde ainda, logo após essa vitória histórica, dar-se ao luxo de fumar o cachimbo da paz em La Paz.

Estava dado o primeiro passo rumo às sêmis, e não foi um passo qualquer, mas um pulo! Refeitos do ar rarefeito, faltava (com a licença do lugar-comum) carimbar o passaporte no Bêra — a despeito dos fantasmas, dos secadores, da RéBi$, dos influenzers (sic) e pseudocolorados, do gás-pimenta lançado de graça pelos robocops na rua (causando inclusive a paralisação da partida por alguns minutos), do penal que ninguém no relvado ou na tribuna viu (mas que Varjinha captou com um delay dalguns anos-luz, porquanto tarda mas não falha) e que Rochot defendeu; etc. etc. etc... Não deu outra! Mais dois balaços do matador Ennerval, pra assombro dos possíveis adversários. Chupa, que é de uva! Senta, que é de menta!

Segue o Enner
Neste momento de quase êxtase, a sensação da nossa torcida (assim avalio) é um misto de alopração e alheamento — algo talvez parecido com os efeitos do gás hilariante aka óxido nitroso, o qual a brigada e suas cavalgaduras deveriam experimentar. Àqueles/as coloradas/os que não estão se permitindo sonhar, vale a dica do Coudot na entrevista pós-classificação: não fiquem esperando trarrédia, parem de consumir mierdasintonizem coisas buenas. O sonho que sonhamos juntos não é viagem, porque a gente pode (e vai) chegar lá! Faltam "só" três xócus. Se der, deu; se não der, fudeu (tem de ter culhão também pra isso). "Quem é, é; quem não é, deixou de ê!"

Em suma, é preciso mandar as merdas à merda, i.e. puxar a descarga sem olhar (senão toca a música-tema: Everytime You Go Away aka Melô do Cocô), em vez de tentar transformá-la em ouro — a Alquimia colorada não se rebaixa a esse nível, queremos nada menos que a pedra filosofal e o elixir da longa vida pra faturar o Santo Graal! Sereeemos campeõões! (Don't Stop Believin')

Ah, eu ia quase me esquecendo: e o Varzileirão? Bora subir na tabela periódica! 

Eighties Music... but it has been turned medieval! (medieval covers)

P.S.: Phluzinho no caminho.

P.S. ii: Estagiário colorado confirmou as coordenadas espaçotemporais; nosso correspondente Dom Ciffo fará a cobertura do confronto de ida. 

sábado, 29 de julho de 2023

Agosto Colorado: Libertas e Varzileirão© 2023

Dando continuidade à reabertura dos trabalhos no Buteko Às Moska's (cf.Comunicado do Saci e o póstch Cintas-Ligas do Djamarro), adentramos o mês de agosto cheios de expectativas e apreensões. Coudot aka Cudêncio retornou ao Beira-Rio quase como um filho pródigo, dizendo-se em dívida com a torcida et caetera e tals, imbuído da missão de transformar a gata borralheira em cinderela. Os dois embates de estreia não foram muito animadores, apesar da mudança de atitude, sob o aspecto anímico e tático, um futebol que chamam de "propositivo", com uma pegada que abomina o acadelamento e acredita no próprio taco; o fato de termos levado uma paulada anteontem (29/7) dentro de casa não muda em nada a convicção de que mudamos pra melhor — ou melhor, de que vamos melhorar, de que saímos dum estado de zumbificação e estamos convalescendo a passos largos.
O único porém é que não temos tempo pra isso! Já no primeiro dia do mês (amanhã!), entraremos em campo inimigo pra enfrentar ninguém menos que O'Ríver aka Mijonários, atual campeão argentino, valendo vaga nas quartas da Libertas-quae-sera-tamen... O fato de termos ficado entre os primeiros na fase de suingue apenas significa que decidiremos a parada em casa, porque de resto estamos naquele papel que aliás costuma nos cair bem: o de azarão! Nosso lado humilde (pra não dizer "realista") aspira voltarmos vivos, i.e. não deixarmos que a peleia da volta se resuma a nos pregarem a tampa do esquife. Em contrapartida, nossa natureza sacicesca pode muito bem surpreender — quem sabe o 13 não desencanta!? Enfim, só não vale entrar cagado.
Além do matamata-sem-mamata, temos a sequência do Varzileirão, da 18ª à 22ª rodada, quase que só pedreira. O agravante fica por conta da posição pouco confortável na tabela periódica: 12ª com 23 pontos, a 8 da famigerada zona.
Resuminho do resumão: adentramos o mês de agosto, dito "del perro loco", como o Gato de Schrödinger  morto e vivo ao mesmo tempo.
 
 
RESENHAGEM OFICIAL: 
2 x 0 Boliva TÂMU NAS SÊMENS!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Reabertura e Cintas-Ligas

Bueno! Devido ao imbróglio das cintas-ligas coube a mim a honra de escribar le parole de reabertura do buteko ÀS MOSKA'S.

um blôgo cânico

Vamos ao imbróglio: hoje, 24/07/2023, 19h30, haverá a votação para a escolha entre LiBRA e LFF no cecê (Conselho Colorado). A revolução será transmitida pelo Mundo Colorado

Mas o que levou a essa sessão extraordinária? Houve dois requerimentos protocolados. O primeiro, em 07/07/2023, subscrito por 159 cecês (conselheiros colorados), solicitando a aprovação ou não da assinatura do contrato com os investidores da LFF, e, o segundo, em 10/07/2023, subscrito por 162, solicitando a adesão e assinatura com LiBRA ou LFF. A adesão a LiBRA ou LFF é um ato de gestão. O que precisa ser aprovado pelo conselho é a assinatura de um contrato que compromete 50 anos de receitas do clube. Em 12/07/2023, o presidente do catinguento Conselho Deliberativo colorado, Sérgio Juchem, que se declara independente, acatou o segundo requerimento mesmo não existindo um contrato definido pela LiBRA, ou seja, não há o que assinar.

Ainda em 12/07/2023, Sérgio Juchem convocou reunião do outro cecê (Conselho Consultivo), para 17/07/2023, composto por conselheiros com 30 anos ou mais servidos, presidente e ex-presidentes do clube, e presidente e ex-presidentes do mefítico, reunião justificada por se tratar de um tema de grande vulto e que compromete anos de receitas do clube. Conselho esse que não foi convocado para deliberar sobre a reforma do Gigantinho, contrato com duração de 20 anos. Esta reunião gerou documento com recomendações:
será que querem protelar?

A questã é política. A LFF foi criada por clubes descontentes com os critérios da LiBRA. Foi protocolado oficialmente pedido de mudanças e, como não foi atendido, alguns clubes saíram para formar a LFF. O Inter encabeça a LFF e é o clube que recebe o maior valor dos clubes participantes. É especulado que a oposição está utilizando o estatuto social do clube de forma a protelar a assinatura com a LFF e o recebimento do adiantamento por razões políticas (há eleição no fim ano). Será que realmente querem assinar com a LiBRA ou a intenção é evitar que a atual direção tenha grana nas mãos? O assunto foi analisado pelo catingoso por 4 meses e, perto do prazo para assinar, a oposição, em contato direto com representantes da LiBRA, inventou uma apresentação de última hora. Os representantes da dita cuja apareceram no Bêra num carro com adesivo do co-irmão.

Dos 159, de acordo com as eleições de 2018 e 2020, 112 são de movimentos que declaram voto na LFF, de 19 não há movimento verificado por este escriba, e 12 são aMIGos. Dos 162, 36 são LFF, 30 independentes e 94 do MIG. Dos que não assinaram nenhum requerimento, 20 são LFF, 13 LiBRA e 16 indeterminados por este escriba. Então a aritmética nos diz que teremos 148 votos para LFF, 121 para LiBRA e 35 fiéis da balança. Isso perfaz 304 cecês. O pestilento possui 339 cadeiras. Outra projeção dá 155 votos para a LFF e 140 para LiBRA, perfazendo 255.

Já foi dito aqui que os clubes que estão na LiBRA têm um motivo escuso para lá estarem. 

LiBRA et carteva

Já foi muito discutida a diferença entre as duas ligas e não há argumento para os outros clubes não assinarem com a LFF.


LFF lobeira

Este escriba declara seu apoio à assinatura com a LFF.

Tá rolando no tuíter que será criado um perímetro de segurança na reunião do fedegoso de hoje impedindo o acesso do sócio, que por estatuto tem direito a assistir às reuniões do hircoso in loco. Estão proibindo até o acesso ao pátio com medo de manifestação dos torcedores e sócios.

perímetro de segurança proibido pelo estatuto

Atualizaremos com o resultado da votação.

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último xôcu de julho

Djamarro

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Atualização às 18h40:


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Atualização às 22h30:

Deu LFF! Foram 157 votos a 145.

Não posso deixar de registrar o argumento dos cecês a favor da LiBRA repetido modo loop infinito.

cecê Rabo-de-tubarão

#SomosTodosCabeçaDeSardinha

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Atualização 26/07/2023:

Dos eleitos pela chapa Convergência Colorada/Inove, em 2018, 15 votaram na LFF, 6 votaram na LiBRA e 4 não foram votar; desses, 2 constam na lista de conselheiros no site do Inter

Dos eleitos pela chapa Convergência Colorada/Inove/Academia Colorada/Inter Pode Mais, em 2020, Emílio Papaleo Zin compareceu à votação, mas votou em branco (!), 23 votaram na LFF, nenhum votou na LiBRA e 11 não foram votar; desses, 10 constam na lista de conselheiros no site do Inter.

Dos eleitos pela chapa Inter sem Fronteiras/Avante Inter e independentes (sem movimento), em 2020, nenhum votou na LFF, 23 votaram na LiBRA e 3 não foram votar; esses 3 constam na lista de conselheiros no site do Inter.

Dos aMIGos eleitos em 2018, 24 votaram na LFF, 49 votaram na LiBRA e 17 não foram votar; desses, 14 constam na lista de conselheiros no site do Inter.

Dos aMIGos eleitos em 2020, um votou na LFF, 33 votaram na LiBRA e 8 não foram votar; desses, 6 constam na lista de conselheiros no site do Inter.

Do movimento O Povo do Clube que foram eleitos em 2018, 21 votaram na LFF3 votaram na LiBRA e 9 não foram votar; desses, 5 constam na lista de conselheiros no site do Inter.

Do movimento O Povo do Clube que foram eleitos em 2020, 35 votaram na LFF, 2 votaram na LiBRA e 10 não foram votar; desses, 9 constam na lista de conselheiros no site do Inter.

Houve outros 38 votos na LFFdesses, 12 constam na lista de conselheiros no site do Inter. Outros 25 não constam na lista de conselheiros no site do Inter (!?).

Houve outros 29 votos na LiBRAdesses, 25 constam na lista de conselheiros no site do Inter. Outros 4 não constam na lista de conselheiros no site do Inter (!?).

Outros 16 constam na lista de conselheiros no site do Inter, mas não compareceram à votação. Incluindo alguns nomes célebres como Fernando Carvalho, Giovanni Luigi e Fernando Miranda. Francisco Novelletto também não compareceu à votação. Quatro nomes constam em pelo menos um requerimento para solicitar a votação, mas não compareceram à votação.

BENZADEUS! (Le Ruque-Raque Blogue & The Black Tape Project)

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