sábado, 30 de março de 2013

Inter 2 x 0 Esportivo

PÓS-PELEIA:

Primeiro tempo corrido, Inter desorganizado, errando passes e levando pressão, com duas bolas no pau ainda no 1º terço de jogo. Também  tivemos chance, porque se não tivéssemos nenhuminha jogando em casa contra o Desportivo, aí seria demais pro fígado. Moleds saiu mancando lá pelas tantas, Romário entrou. No final do 1º.t, após termos tido um penalzito amorcegado, o apitador deu o 2º pro capitão Ediglê (te mete!) por puxar o Caius rumo à área. A seguir, quando a bola saiu em escanteio pra nós, Dale foi envolvido numa confusão pelos adversários (reserva querendo peitar etc.), levou o amarelo, se invocou, o escanteio foi cobrado, surgiu uma jogada, Dale lançou da intermediária direita na cabeça do Caius: caixa!
Caius Canedus fez o seu 1º gol pelo Inter
Na etapa complementar, Inter foi pra cima tocar mais fumo num visitante agora encolhido e calminho. Demorou 14 min pra sair o segundo: Farbício pra Caius, que da linha de fundo levantou pro Dale na grande-área pegar de prima com a direita, golaço!
Aos 20', entrou a Odalisca Hymen — não no lugar do Damien, mas do Caius, melhor da partida até então (ele e o Dale). Em seguida, Jesús Datlo acertou bom chute à baixa altura de fora da área, mas o arqueiro buscou no canto. Tavin rendeu não o Dale, mas o Aírtu aos 31'. Continuamos buscando o 3º, p.ex. aos 43' Jesús Datlo quase meteu, mas travou com o arqueiro. No último segundo do jogo, Djozymar disparou a queima-roupa, o goleiro pegou no susto. Fim de papo. Dois a zero!
Feliz Domingo de Páscoa!
ATA: aqui.

P.S.:
Jesús ressuscitou a tempo de jogar contra o Desportivo, mas acabou passando em branco. Esperamos que tenha-se guardado pra quarta!



PRÉ-PELEIA:

Logo mais, às 21 horas deste Sábado de Aleluia, o Colorado pisa no relvado (e não no carpete) do  Valley's Stadium pra encarar o Desportivo de Bento Cramento, atual 4º colocado na tabela. Apesar de ser Feriado de Páscoa, a casa tende a estar cheia (os valores dos ingressos também ajudam).  Independentemente disso, me pergunto: pra quê jogo nessas datas?!
A Páscoa não é só hoje! A Páscoa é todo dia!
Desta feita, Dungo vai de titulares, ao contrário do eletrizante empate de nada a nada contra o Zequinha. Porém Furlã, a estrela do confronto no Vale dos Vinhedos (semifinal da Piratinica), com dois golaços memoráveis contra o time comandado pelo Cláudio Winck, na melhor das hipóteses pega banco — num treino após retornar da Celeste, teve o tornozelo chutado). Portanto, entra Caius Canedus. Dalessandro, que causou certa apreensão também por causa de lance em treino, em e a princípio joga. Como Frédy continua fora por motivo de lesão (ele e vários outros), temos Jesús Datlo no meio-campo, que aliás atuou os 90' pós-DM lá no carpete do Passo D'Areia — e agradou.
Tirando a Aleluia!
Alguém ainda está lendo este texto? Enfim, temos a rodada pascal do Gauchonga já de olho na quarta-feira a estréia da CoBra contra o Rio Branco, no longínquo Acre, a sei lá quantas horas de voo do Salgado Filho (vamos até contar com um butekeiro "in loco", o nosso "desáiner" Luã Benício, morador da capital acreana). Como Damien estará cumprindo suspensão por conta da expulsão no Bre-Nal em dezembro, deve atuar hoje apenas uma etapa, talvez um pouco mais, dando lugar a seu reserva Hymen. E o resto do banco? Vai bem, obrigado.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Zequinha 0 x 0 Inter

A peidido do nosso colunista e azucrinador Djamarra, que foi acometido de culpa ao ver seu último texto ("Ecce praeses") quebrar o paradigma de termos um posto específico pra cada partida do Inter e também sob o desejo, comungado pelos demais confrades, de pavlovianamente apreciar alguma imagem inspiradora, disponibilizo aqui o devido espaço pra comentários sobre a excitante peleia a que tivemos o prazer de assistir "em direto" pela Rébis ontem à noite, Quarta-Feira de Trevas, mesmo sabendo nem haver muito a acrescentar além do pouco que comentamos durante a transmissão.

Semana da Paixão. Pausa entre terços...

O local do espetáculo, conhecido internacionalmente como Zequinha's Stadium, no Bairro Passo D'Areia (areia de que deriva arena), além de "acanhado" apresenta um carpete fuleiro à guisa do gramado (esse "guisado" me deu até fome), inapropriado ao ludopédio profissional. O problema fica não tanto por conta da maneira de a bola se comportar, mas da maior propensão a lesões. Daí o técnico Dungo ter poupado três titulares: a dupla de zaga Moleds e Ruã, mais El Capitán Cabezón. Além deles, foram desfalques Ygor e Frédy (lesionados) e Furlã (convocado).

Ou seja, fomos a "campo" com um "mistão": Alã, Romaryo, Gabriéu, Farbício, Aírtu, Djozymar, Tojúnio, Datlo, Djiubértu e Damien. Mesmo diante dum adversário fraco e que faz péssima campanha no Estadual, era de se esperar que, dados todos os fatores, o embate não seria "mamão com açúcar" (donde tiram esses chavões e chavinhos?!). Na verdade, acabou sendo meio como salada de chuchu malcozinhado. O próprio Dungo dormitou recostado na casamata, tanto que fez apenas uma substituição (Caius no lugar de Djiuberto aos 21' do 2ºt). E não teve Cristo de metermos um golzito  só faltava levarmos... ("Tentamos por cima e por baixo, mas não tinha jeito de a bola entrar", declarou Djozymar). Nem o Vitojúnio salvou. Datlo, pegando ritmo, foi o "destaque".
A fera Vitojúnio se puxou pra fazer seu 2º gol com o manto colorado e assim  pleitear uma bonificação pra realizar o sonho de comprar uma caranga envenenada. Ficou pra próxima.

Assista aos gols do empate: aqui.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Ecce homo

Por Djamarra

        Bueno, devo manter certa frequência de envio de postos de forma a não sobrecarregar o Saci. Tarefa que o Ciffero tá tirando de letra. Os postos significativos que começo empacam. Portanto creio que seria mais efetível um posto de uma vez só. Numa sentada. Como o Saci já falou mais de uma vez: "Escreve qualquer merda e manda!"

        Pois bem, o posto do Davi na felinorrência me motivou a escrever sobre o Inter. O que ainda não sei, mas me pareceu tão fácil que comecei a escrever e veremos até onde vai. Evitarei as edições e correções, pelo menos até acabar, pois isso intermina (i.e. torna interminável) o processo de escrever.

Espelho, espelho meu, há imortal mais rico do que eu?
        A pataquoada recente do clube da elite nos faz reavaliar a gestão Luigi e o próprio homem por trás dela. E não, não me refiro a algum Capo di tutti Capi dando ordens por baixo dos panos ou por SMS. Já ficou claro que o ilustre presidente Parvalho, que é assíduo do buteko Às Moska's, teve suas diferenças com o homem, talvez por solicitações não atendidas, e a relação estremeceu -- para usar da criativa terminologia da imprensa esportiva. Tanto que levou seus negócios para o Rio de Janeiro.

        (Isso me lembra duma conversa que tive nesse fíndi, onde foi levantado que o termo "vender um jogador" é inadequado, pois remete à escravatura. Sei que é apenas uma expressão que ficou, do tempo do passe, mas faço coro aos que acham que a venda de um ser humano não seja nem figura de linguagem.)

O homem humano
        Pois bem, onde estávamos? Falávamos no homem. Isso, no homem... Sim!, o homem que me refiro é Giovanni Luigi Calvário. Ecce homo. Estamos reescrevendo a história neste momento. Há uma estória que retrata o homem humano. Quando o homem soube que o Mestre Cabral admirava sua postura sempre ponderada, ficou tão emocionado que lágrimas lhe correram das faces (talvez eu tenha inventado as lágrimas, não lembro, mas o resto é real). 

        Há também o homem administrador. Cauteloso. Metódico. Responsável. Detalhista.

Cauteloso, metódico e detalhista
O homem administrador (responsável)

        Há quem diga que não fosse a pressão da Dilma a AG não assinaria. Por outro lado corria à boca pequena que já havia um pré-contrato assinado, e a empreiteira teria que desembolsar uma boa grana para desistir do negócio.

O homem e a rejeição pública
        Há também o fracasso da propalada modernização e as insinuações quanto ao real papel de Aod Cunha na gestão do Inter. Teria tido apenas e missão de fazer o Inter desistir do modelo de negócio com recursos próprios e, feito isso, demitido-se?, dizem as más línguas.

        E ainda há o tão esperado livro sobre o Caso Falcão.

        Dizem que o homem está isolado politicamente. Mas antes só do que mal-acompanhado.

        Ecce homo, Eis o homem... 

        
P.S.: Claro, não poderíamos falar no homem e deixar de fora a ilustríssima diana#8, de epítetos pós-eleição que não repetirei. 

O homem ficou tonto

As portas do presidente estão sempre abertas para receber os butekeiros d'Às Moska's

segunda-feira, 25 de março de 2013

O Brasileirão e os dias

Por Ciffero de Parvalho

O Campeonato Brasileiro (vulgo “Brasileirão”) começará no dia 26 de maio, portanto daqui a exatos dois meses. O certame estender-se-á até o dia 8 de dezembro. Ora, entre 26 de maio, data de início, e 8 de dezembro, data final, a Terra dará 197 voltas em torno de si.

O Campeonato será interrompido, para dar passagem à Copa das Confederações, entre os dias 10 de junho e 6 de julho, isto é, durante 27 dias, reduzindo-se o número de dias com futebol no Campeonato Brasileiro para 170.

Trabalhemos então com o número efetivo de dias com futebol: 170. Esse número, dividido pelo número de rodadas, 38, redunda em um jogo a cada 4,4 dias.

Pausa (muitas, de semibreve): vejam que, no parágrafo anterior, usei o termo “efetivo”, para dar uma faceta administrativa ao texto. Como sabemos, palavras como essas são “efetivamente” expletivas, isto é, desnecessárias: só servem para encher a paciência de quem lê. Retirem-nas do texto e verão que o sentido não é alterado. No primeiro parágrafo, lá em cima, usei a interjeição “ora”, verdadeiro cacoete jurídico, utilizado sempre e conscientemente por esse que vos fala, como marca do ponto de onde parte o discurso. Nesse caso, não há falar em caráter expletivo.

Se o Campeonato Brasileiro é disputado em 170 dias e a Copa das Confederações em 27, temos o já citado número de 197 dias ocupados em um calendário de rígidos 365. O saldo de dias livres para outras competições é de 168 (365 - 197 = 168). Desse número, 168, tiramos os regulares 30 dias de férias, e chegamos a outro: 138. Portanto, todo o incômodo que assola os torcedores que não suportam os certames estaduais está contido nesse intervalo: 138 dias. Durante esse tempo, sugiro que os apreciadores de futebol dêem mais atenção às suas esposas...

Torcedor que não curte o Estadual aproveita pra dar mais atenção à patroa (bonus #1 by Henze)

Pausa (algumas, de semínima): para não dizer que apenas listei os problemas sem oferecer soluções práticas e imanentes é que, “pró-ativamente” (eis mais um termo ao gosto dos gênios administrativos), escrevi os parágrafos que se seguem.

Particularmente, considero o Campeonato Brasileiro muito longo. Chega um momento, lá por setembro ou outubro, em que o tédio já começa a instaurar-se. Considero, também, o Campeonato Estadual muito longo: ao final de março, mês em que estamos, já poderia estar encerrado. Mas aí vem uma questão: se os dois Campeonatos são muito longos, o que fazer para torná-los mais interessantes?

Uma hipótese é dividir o Brasileirão em dois, por meio do conhecido “Efeito mitose” (Trata-se do popular “Brasileirão Mitótico”: copyright Ciffero de Parvalho): O campeão do primeiro turno decidiria o campeonato, em jogo de ida e volta, contra o campeão do segundo (se o mesmo clube vencer os dois turnos, será o campeão). Se houver decisão, o calendário precisará de mais duas datas.

Brasileirão Mitótico? (bonus #2 by  Henze)


Outra hipótese, mais ousada, seria dividir o Brasileirão em quatro (“Efeito meiose” ou “Brasileirão Meiótico”,copyright Ciffero de Parvalho): Dois grupos (A e B) de dez times, jogando, primeiramente, de maneira cruzada (A contra B, num total de 10 rodadas) e, depois, de maneira interna (A contra A, e B contra B, num total de 9 rodadas). Encerrados esses dois primeiros turnos, um cruzado e um interno, fazem-se os jogos de volta (mais um turno cruzado e mais um turno interno, portanto). De cada turno, sai um campeão (os turnos são decididos em jogo único entre os campeões de cada grupo, como no molde atual do Gauchão). Finalmente, chega-se às semifinais do Campeonato, disputadas pelos campeões dos 4 turnos, para decidir quem vai à Finalíssima (se um clube ganhar dois turnos, passará diretamente à Finalíssima; se ganhar três turnos, será declarado campeão).

Brasileirão Meiótico? (bonus #3 by Henze)

Os Campeonatos Estaduais, por fim, poderiam ser mais curtos, aproveitando-se o tempo restante para um torneio regional (Sul, Sudeste, Norte, Nordeste, Centro-Oeste) de tiro curto. Para não esfriar essa espécie de torneio, seus campeões levariam uma bonificação (três pontos?) para o Campeonato Brasileiro ou para os certames em que estiverem inseridos.


Matemática, biológica e efetivamente,

CdP, leitor de Hesíodo

domingo, 24 de março de 2013

Santacruzes 0 X 3 Inter

Pós-Peleia:
 Percebei a profundidade desta foto... 

Aí, gurizada, tô sabendo que o forte do buteko não é a leitura e que tanto faz como tanto fez o cara ficar com blablablá verborrágico. Não obstante ou mesmo assim, cumpro o meu dever de escrevinhador, só pra constar, como aqueles que lavram "a presente ata". Seguinte, pros que não sabem, o Colorado meteu a 6ª seguida, Damien se isolaria como artilheiro com 7 gols, não fosse o apitador computar contra, então continua empatado com o Furlã, que tá na Celeste faz dois jogos, enfim, tamos na liderança, sim senhor, ninguém jogou "bonito", mas alziras, foda-se, Damien passou que nem trator por um, dois, treis, adentrou na área, tocou pro Canedus, que lhe devolveu, chutou como deu, o arqueiro interceptou e o zagueiro completou o pinball pra dentro da caçapa, aos 11' do 1º; o mesmo zagueiro Sidraílson (pelamor), pseudo-autor do gol, derrubou o D9 10' depois na área, o assistente putão levantou a bandeirola. Murriéu fez a sua defesaça aos 29', evitando o empate. Aos 35', foi Gabriéu quem salvou; em seguida, penal sonegado no Caius. Por isso que eu digo, se liga na parada, o jogo é pegado, o jogo é feio, sem delicatessen nem refinamentos, não interessa. O time da casa no ano do centenário, galinho pronto pra degola, fazer o quê? Aqui não tem mais pai-de-cascudo, vacilou depois do intervalo metemos o 2º, nem lembro quem foi, ah, o... bá, o fera Vtojuno aos 30' e poucos do 2º, 1º toque na pelota depois de vazar o Aírtu, o 1º dele com o manto! Já era, passa a régua. Opa, penalzito no Tavin, que tinha entrado no lugar do Canedus! El Capitán Cabezón na cobrança... busca, goleirin! Tá bom, tá beleza (sem falar nos dois impedimentos fajutos do D9 que o puto do bandeira assinalara). E o Datlo, hã? operou a pumbagira, voltou do DM, retornou, agora voltou de novo, parece que abandonou a putice e tem entrado bem (no lugar do autolesionado Frédy). Simbora! Ah, Dungo véio nem quis saber de entrevista, mandou o tal auxiliar Andrei Cebola dizer que tava "ruim da garganta" et cetera e tal.



Ata: aqui.


Pré-Peleia:

Parece que a segunda vitória sobre o Saint Louis foi antontem, embora saibamos que tenha sido tresantontem, e já temos domingueira com jogo logo mais, transmitido em direto do Estádio dos Plátanos (lusismo com equivalência nas demais flores do Lácio, exceto no romeno: en direct em francês, in directo em espanhol e in diretta em italiano). 
Detemos a melhor campanha, vindos de 5 vitórias consecutivas, inclusive a goleada na final do Trombone Piratinica, ao passo que o anfitrião corre sérios riscos de rebaixamento e ainda não venceu no returno. O que pra muitos seria atenuante, pro nosso treinador é um motivo extra de mobilização. A qualidade de favorito exige-nos seriedade e respeito pra que não recaiamos no pecado da hybris, traduzido mormente em salto-alto e punível pelos deuses do ludopédio. Daí as palavras de Dungo à véspera da partida contra o FC Heiliges Kreuz: “Futebol não tem passado e nem futuro, só presente; o passado foi bom, mas a gente tem que repetir pra manter o foco” (UOL). É mister atermo-nos ao hic et nunc, ao aqui-e-agora, pois, enquanto o antes já era e o depois será, só o corrente é.
A escalação se mantém, com Aírtu dando sequência na volância e Caius Canedus preenchendo a vaga do convocado Furlã. Damien, que alcançou o uruguaio na artilharia do certame, tem a chance de ultrapassá-lo e de encaminhar o recorde de goleador por três edições consecutivas. Mas o importante mesmo é vencermos, de preferência jogando bem, com gol de seja quem for, do jeito que der.

 É muita areia? 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Inter 2 x 1 São Luiz

Conforme disse nos comentários do posto anterior, excepcionalmente não pude assistir ao reencontro com o mordido Saint Louis, apenas ouvi umas partes na Guaíba e depois conferi os gols. 
Tivemos a estréia do Aírtu, mas não escutei o nome dele na narração; portanto, deduzo que tenha sido "discreto" (não tocou na bola nem matou ninguém). Já o gurizão que atende pela primeira pessoa singular do indicativo presente do verbo cair, o substituto do Furlã, azucrinou no ataque. Foi dele a assistência pra fuzilada do Damien aos 42' da etapa inicial, quando parecia que não abriríamos o placar antes da conversa no intervalo, apesar da pressão exercida (olhem o pinote do defensor tentando interceptar o cruzamento). Na comemoração, dancinha da dupla mais o Fredy, todos de chuteira fúcsia (tempo pro Djamarra clicar com a direita pra usar o plug-in dicionário)...

Senhor, eu não sou digna de que entreis em minha morada, mas direi uma palavra e serei salva.

O 1 a 0 em casa contra um time no qual metemos 5 a 0 jogando fora talvez tenha dado a entender que a porteira fôra aberta. Ledo engano. Logo aos 10' do 2º.t, Uáchintom assanhadamente recebeu da direita na meia-lua entre três defensores em momento "executando o baião" (Moleds, Djozymar e Ruã), girou, puxou pra canhota e mandou como um cascalho arremessado rente à linha d'água pra pular como lambari (não por acaso, comemorou "pescando"), bem na extremidade oposta do Murriéu, que aliás estava um pouco adiantado no centro da pequena área e mesmo assim não alcançou o frisbee (na verdade, apesar do ângulo menor pro chute em relação ao goleiro, àquela distância haveria mais possibilidade de defesa se ele estivesse sob a baliza). A propósito, o promissor arqueiro Ramsés pela primeira vez viu do banco o irmão ser vazado  (fonte).
Dez minutos depois, Dungo turbinou o ataque com Jesús Datlo, retornando de temporada no DM, no lugar do esbaforido Aírtu, com o que Fredy passou a jogar mais recuado. Porém o time de Ijuhy, conformado e até satisfeito com o empata-foda, apertou as "duas linhas de quatro". Eis senão quando, lá nos 41'... numa falta providencial, El Camisa 10 mandou uma parábola salvadora "morrer no fundo das redes", levando a torcida "à loucura". O adversário reagiu que nem cachopa de marimbondo quando leva uma paulada e teve a oportunidade de reempatar em seguida, numa falta frontal que acabou parando na barreira.
Tavin ainda viria a entrar no lugar do Dale (assim como Djiuberto rendeu Caio).

Dá-lhe, Canismo!

Ata da peleia: aqui.

quarta-feira, 20 de março de 2013

5 súmulas sobre a realidade do futebol no RS em 03/2013




Cinco súmulas sobre a realidade do futebol no Rio Grande do Sul em março de 2013

Por Ciffero de Parvalho


I. Internacional


O clube está a perpetrar uma reformulação no plantel e tem, como mola mestra desse empreendimento, a gana de Dunga e o profissionalismo de Paulo Paixão. O futebol dos jogadores, estrelas ou não, é decorrência do trabalho desses dois homens. Os administradores do clube, de fato, pouco mais fizeram do que acertar na escolha dos profissionais da casamata, algo que qualquer colorado com razoável bom senso faria sem diploma algum de Administração ou sem usar gravata e vocabulário imbecilizante à moda ianque. 



II. GFPA


O clube mais querido do povo da Rede Brasil Sul continua sua sina rumo à empáfia eterna. Títulos são cada vez mais raros; não obstante, o clube é esquizofrenicamente tratado como se fosse portador do melhor time do planeta. A tão propalada imortalidade é uma quimera transformada em certeza por torcedores burros de carga e pelos jornalistas-vendilhões de sempre. O estádio do clube não lhe pertence e, incensado em rede nacional por sua modernidade, não passa de um brinquedo na mão de empresários gananciosos que fizeram uso da credulidade de inocentes.



III. Campeonato Gaúcho


É um certame obsoleto, como de resto são todos os certames estaduais. Perde-se muito tempo com jogos inócuos e soporíferos, até mesmo para os torcedores do interior. É preciso reformular o futebol brasileiro como um todo. Não se trata, porém, de aniquilar os clubes do interior e de privilegiar os atuais times grandes. Futebol é um processo, e não algo estanque. Clubes do interior, como Santos e Guarani já venceram o Brasileiro. Necessário se faz reunir as cabeças pensantes do futebol e encontrar um modelo mais atraente. 



IV. Imprensa futebolística gaúcha


É um desastre. Há colunistas e jornalistas semi-analfabetos, cujos textos envergonhariam qualquer aluno bem formado de colégio secundário. No que diz respeito à palavra falada, também falta um mínimo de refinamento no trato do idioma e da lógica. Um programa de rádio de alta audiência, o conhecido Sala de Redação, antes frequentado por senhores de razoável formação, é um exemplo emblemático de como a senilidade, a obtusidade e o gremismo a qualquer preço são capazes de destruir, em dois ou três anos, o que foi construído em cinqüenta. 



V. Imprensa alternativa 


Os chamados “blogs” e “sites” alternativos são, há alguns anos, reduto da melhor informação e de vida inteligente no que concerne ao esporte bretão. É de espantar a perspicácia e a clareza que brotam das páginas de alguns desses sítios alternativos, destacando-se, sobremaneira, nesse âmbito, a lucidez de Ciffero de Parvalho e a ironia de Henze Saci. 



Hábil e concisamente,

CdP, estratego

[Ilustração: Henze]

segunda-feira, 18 de março de 2013

El fútbol, la hija y el hijo




El fútbol, la hija y el hijo
Por Gamarra Django



I. El Fútbol

“Por mais que os tecnocratas o programem até o mínimo detalhe, por muito que os poderosos o manipulem, o futebol continua querendo ser a arte do imprevisto. De onde menos se espera salta o impossível, o anão dá uma lição ao gigante, e o negro mirrado e cambaio faz de bobo o atleta esculpido na Grécia.”
Eduardo Galeano, pensador.



“Eu fiquei na reserva. Pela combinação, o Reggina tinha que ganhar por 2 a 0 e estava assim quando entrei. Acabei fazendo um gol, e os caras nem olharam para mim. O meu gol desfez o resultado combinado. Depois, teve um pênalti para a gente. Eu era o batedor, mas não quis bater. Tinha medo de acertar e afundar o Reggina. Quando a combinação não deu certo, nós devolvemos o dinheiro.”

Joelson José Inácio, fútbolista que aceitou suborno para 
perder um jogo por 2 a 0, mas mesmo assim fez um gol.




II. La Hija del Papa

In nomine Patris

et Filii

et Spiritus Sancti


III. El Hijo del Buda

Até empatar­­­


IV.


“Human beings are the only animals who have to work, and I think that is the most ridiculous thing in the world. Other animals make their livings by living, but people work like crazy, thinking that they have to in order to stay alive. The bigger the job, the greater the challenge, the more wonderful they think it is. It would be good to give up that way of thinking and live an easy, comfortable life with plenty of free time. I think that the way animals live in the tropics, stepping outside in the morning and evening to see if there is something to eat, and taking a long nap in the afternoon, must be a wonderful life. For human beings, a life of such simplicity would be possible if one worked to produce directly his daily necessities. In such a life, work is not work as people generally think of it, but simply doing what needs to be done.”
Masanobu Fukuoka, filósofo.

sábado, 16 de março de 2013

Cainoas 1 X 3 Inter (1ª rodada do 2º turno)

PÓS-PELEIA


Pra enriquecer a discussão sobre "On De-fence", 
outra do Gil Elvgren: "Aw - Come On"
Terminou agorinha mais uma vitória do time do Dungo, o ducentésimo jogo do Dale com o manto colorado. A vitória era de se esperar contra o Canoas Furadas, mas não tem essa, a gente sabe que o que vale é jogo depois de jogado.
Dominamos as ações do início ao fim, com poucas chances pro time da Ulbra, que tentava forçar na contratação e se assanhar nos contrataques. Após Djozymar merecidamente abrir o placar aos 25', o time meio que baixou a rotação, o adversário foi atrás do preju e acabou empatando em bom chute do Fábio Santos, que passou zunindo na orelha dum companheiro pra morrer no ângulo de Murriéu aos 40'.

Veio a etapa complementar pra que Vitojúnio pudesse mostrar que não desperdiçaria a chance de mostrar algum futebol que justificasse sua contratação. No 1ºt ficou meio travado pra trás, com uma que outra participação à frente. Já no 2ºt, brigou, tabelou, ajudou na defesa e chegou bem à frente, aplicou tesoura etc., com destaque praquela jogada em que saiu driblando à la Messi mas vacilou ao chegar na área (resolveu chutar em vez de tocar pra Moleds ou Furlã e peidou). Agradou ao Dungo, serve como opção. 

Mas o time todo melhorou e se impôs ainda mais. Furlã, assessorado pelo Dale, acertou o cantinho da meta em cobrança de falta. Depois ainda tivemos outras chances, como um chute do Farbício, desviado nas guampas dum adversário, que o goleiro encaixou mas quase largou porque um pra sentinela dos pampas chegou junto pra azucriná-lo. Matamos a partida lá nos 44', em típico gol do Damien. Dale de direita e na sobra Caio carimbaram, de modess que o 4º gol escapou por muito pouco.

De substituições, tivemos primeiro Értu no lugar do Ygor (que sentiu), depois Caio rendendo Furlã e Tavin o VItojúnio. Odalisca Hymen, que levantou da cadeira-de-rodas após ter endireitado as patas cirurgicamente e vêm fazendo bons treinos (além do golaço na final em Ijuhy), acabou não entrando. Furlã é o artilheiro da competição, Damien o vice-artilheiro. Já Djozymar tem corroborado que merece ser titular, daí a questã do meio-campo e da volância fica meio em aberto: tem Freddy e Datlo, tem Uílians, Ygor e Aírtu.

Ata: aqui.

Também a ver com o debate semiótico
sobre "On De-fence": "Parsífae"

PRÉ-PELEIA


No decorrer da semana, que começou com a ressaca pela conquista do 1º turno, tivemos alguns fatos e boatos. Na entrevista pós-título, perguntado sobre a necessidade de reforços, Dungo respondeu que seria válido só se fossem "pontuais" (adjetivo assimilado ao jargão), isto é, jogadores que chegassem prontos pra vestir a camisa e não pra meramente fazer grupo. Ao ser perguntado sobre o mesmo quesito, com ênfase no meio-campo, o presidente Luídi desconversou como de costume: citou nomes que estão retornando do DM (Datlo, Jesús e mais um que outro), bem como enfatizou a qualidade incontestável do plantel, lembrando ainda que o clube está sempre atento ao mercado etc.

Até onde sei, o inchume da folha chegou a níveis alarmantes e, no segundo semestre do ano passado, começou a chamar a atenção até da Diretoria, quando entrou informalmente na pauta das prioridades pra 2013. Também parece ter sido consenso a ideia de revigorar o time após as eleições. Despachar o Fernandel, sucessor do encosto chamado Doritos, era ponto pacífico. Já a vinda da dupla Dungo & Paichão exigiu alguns acertos de lado a lado, pois a filosofia de trabalho mudaria de tom. Mas paro por aqui essa nova recapitulação, que todo mundo já está careca de saber.

Só queria dizer — e porque não disse duma vez? — que a partir desta semana temos uma boca a menos pra alimentar: o promissor Jóquei Paulo foi emprestado ao Goiás Atlego, frete incluso. Outro que falaram em repassar adiante é o Laurindo, que deve dar bem mais prejuízo ao Departamento de Nutrição do que o Jotapê; o porém reside no fato de que passaríamos a contar com apenas três guarda-redes, de modo que os treinos com quatro goleiros ficariam inviáveis. De resto, depende de quem mais o Dungo vai mandar pro paredão. Quanto às especulações no saguão de chegadas, nem me liguei nos nomes aventados. É esperar pra ver.

Enfim, recomeça a correria às 16h deste domingo, contra o Canoas no Complexo Esportivo da Ulbra, transmissão ao vivo da Rébis...  Vamos com tudo pra estreia desse 2º turno do Gauchonga, em busca do Trombone Farropília, que de lambuja nos dispensaria duma finalíssima. A fera Vitojúnio joga no lugar do suspenso Freddy; e Alã, altura de jogador de basquete (1,94), deve compor a rima com Ruã, pois Moledã acusou desgaste. O resto é o mesmo time.

"On De-Fence", Gil Elvgren

P.S.: posto cachorrero!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Habemus fumum

I
Tentarei aqui aproveitar como ponte o prolífico e pertinente texto do Ciffero sobre a ratificação, publicado no posto anterior. Mas começarei esta ponte não pelo novo pontífice romano, que concedeu ontem seu primeiro Urbi et Orbi. Aliás, nem sei aonde tal ponte me levará, se é que levará.

Seguirei o mote da intelligentsia administrativa. Pontifica ela que o sucesso dum empreendimento não pode ficar à mercê do acaso e tampouco do diletantismo: é preciso planejamento e até replanejamento, estabelecer e cumprir metas. Até aí tudo bem, é como o sexo antes do casamento (segundo um pragmático português): é admissível desde que não atrase a cerimônia. O problema reside no fato de que isso (o planejamento) tende a tratar de modo reducionista os elementos envolvidos, isto é, a eliminar tudo o que possa gerar interferência em seu metodismo. Daí não entenderem ou aceitarem que o todo seja maior do que a soma das partes.

Dum jeito ou doutro, sucede-se o sucesso. E a rolha dos tecnocratas estoura em júbilo imodesto, propelida como prova de sua perspicácia. Pra eles, o sucesso apenas ratifica o planejamento ("Bebo porque é líquido", proclamou Jânio Quadros). Assim, capitalizam pra si esse sucesso, mesmo quando ele ocorre meio "por acaso" — porque o acaso lhes é inadmissível, e se por acaso o acaso atender pelo nome de Sucesso e negar-se a ser deduzido do planejamento (ou extrapolá-lo), farão a ressalva de que ocorreu inadvertidamente, portanto é indigno de confiança, salvo se for assimilado ao planejamento.

Entretanto, esse sucesso "inesperado" coloca o status quo noutro patamar, exigindo novas abordagens a fim de evitar o declínio e de reeditar-se. Como? Pelo upgrade da cartilha do administrativismo, segundo a qual o a posteriori decorre do a priori (assim como a criança, em seu animismo, acha p.ex. que a lua a está acompanhando).

Isso se aplica a fortiori no Futebol. Os clubes de ponta funcionam à base de muito dinheiro, como grandes empresas, portanto precisam ser bem administrados (o que exclui a usurpação, o desvirtuamento, a negligência, a fraude etc.). Mas não podem ser encarados tão-somente como empresas: não são clientes, consumidores e acionistas a razão de sua existência, mas sim torcedores que não querem saber de lucros, e sim de títulos. Que a administração tire títulos dos lucros e vice-versa, pouco importa à torcida. O marquetismo da visão empresarial lhe é anódino, assim como o balcão de negócios. Tudo deve ser subordinado ao futebol, cujo objetivo é vencer e conquistar títulos na medida do possível e do impossível.


II
Uma vez (nem faz muito) certo dirigente colorado (ou era cruzeirense?), avaliou duas competições em termos de lucro: segundo ele, era mais lucrativo (leia-se preferível) participar duma do que vencer a outra. Típica visão do administrador, do empresário, do capitalista.

Afinal, dá pra imaginar alguém torcendo por uma empresa? Digo torcendo no sentido esportivo, ludopédico, e não aquela ansiedade de acionista. Pois é, não rola porque falta coração. O relacionamento do torcedor com o seu clube vai muito além do razoável. O adjetivo apaixonado seguidamente se aplica a esse sujeito. Pelo time o seu coração dispara ou aperta, explode de alegria ou fica doído de tristeza.  Trata-se apenas dum "esporte", no qual os jogadores "não estão nem aí", "só querem contar dinheiro"... Mas isso não faz sentido pra esse cara. Ele incorpora o clube, está por demais identificado com essa entidade. Ele quer que seu time vença e que seu rival se ferre. O resto é o resto, secundário.

Ao mesmo tempo, fica fulo se os dirigentes dão sinais de incompetência ou improbidade, se os empresários estão usurpando o clube, se os jogadores se mostram mercenários, indignos, inaptos. O que fazer contra isso? virar as costas, fazer de conta que "é só imaginação"? escrever à ouvidoria, desassociar-se, esperar as próximas eleições, largar pras cobras? O torcedor sente que ele e mais ninguém preza de verdade o seu amado clube: se este está em baixa, ele sofre; se está em alta, fica empolgado. Então como transformar essa criatura em mero cliente ou consumidor?

Primeiro, às expensas da paixão: ao fazer concessões ao marketing ou por ele ser aliciado, torna-se menos fanático e mais fantoche. Segundo, elitizando a torcida: o poder aquisitivo do povão não lhe permite ser sócio? compra produtos não-oficiais (piratas)? nem sabe o que é pay-per-view? Azar do Zé-Povinho, uai, pois à luz dos gráficos e cifrões não merece o clube que diz amar. Ah, mas o clube tem as ações de inclusão, os projetos sociais! Tudo muito louvável, porém nada justifica que o torcedor "mais humilde" dificilmente possa ir a um jogo do dito Clube do Povo, como se o estádio não fosse o seu lugar, como se ele não soubesse portar-se bem, como se fosse estragar o estofado... Mas esse humilde torcedor não é burro como o julgam, longe disso. Ele se dá conta, por exemplo, que o negrinho perneta, debochado e "politicamente incorreto", após quase ter sido banido como mascote, agora está em segundo plano, tendo de dividir a cena com um miquinho branco; e que não pode levar o filho(a) ou neto(a) pra conhecer a casa do seu Inter querido, mesmo em jogos de pouco apelo, a um estádio que foi erguido graças à doação de tijolos e cimento, inclusive por quem nem tinha onde cair morto.

Sem falar que, no novo Beira-Rio, o acesso tende a se tornar mais restrito e elitizado. O clube, subordinando-se como empresa ao fator econômico, renega suas origens e sua história. É preciso chegar a tal ponto? é justo? é válido? Ainda mais num esporte de massa, onde os "atletas" em sua grande maioria advêm das classes menos favorecidas, das vilas e favelas, do sertão e dos cafundós, donde só tem "feios, sujos e malvados". 

Lembro de o Clemer, logo após a chegada do Japão naquele final de 2006, dizendo ter-se comovido no trajeto da base aérea até o Beira-Rio, dentre outras coisas, por ter visto "aqueles torcedores mais humildes, que juntaram uns trocos a fim de comprar uma costelinha pra assar na calçada, à espera dos campeões" (mais ou menos nesses termos). Sim, eles nem puderam cogitar em ir a Yokohama, mas viveram cada instante da ilíada dos heróis de todos nós colorados, heróis esses que, não fosse o futebol e os acasos da vida, talvez estivessem lá, assando a sua costelinha num dia muito especial, tomando aquela ceva, nobres de espírito esperando felizes pra confirmar que o idílio era mesmo real.



BENZADEUS! (Le Ruque-Raque Blogue & The Black Tape Project)

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