[(27÷63) + (18÷51)] ÷ 2 = 0,39 |
Futebol bundamol
Um arremedo que dá medo — esse é o Inter atual.
São 10 eunucos correndo a esmo atrás da bola, cadenciados pelo camisola 10: ca-pi-tão Lam-pa-ri-na! (anunciado nos alto-falantes) que chancela quase todas as bolas no centro do remoinho ao som da Kaiser-Walzer (Valsa do Imperador), regida magistralmente pelo maestro Roger Rabbit, pra quem o jogo mais importante é sempre o próximo (isso vale não a partir do apito final, como seria de se esperar, mas sim do inicial). Seu objetivo maior é não tomar gol, pois assim estará eludindo a derrota.
Tal modéstia na ambição o leva a imaginar-se como um diretor de cinema que, não tendo um orçamento de Titanic, resigna-se a produções udigrúdris e acha cult que seus filmes sejam B, a exemplo de A Grande Cilada e Mercenários das Galáxias, dirigidos pelo xará Roger Corman* (as semelhanças param no prenome, porque o xará fazia muito com pouco). Entretanto, o orçamento do RRabbit não é tão chulé quanto ele e seus produtores têm alegado pra justificar o fracasso de público e crítica. Afinal, nada justifica um roteiro ruim e mal filmado, em locações bagaceiras e cujos atores pareçam estar constipados ou com cólicas menstruais.
* convidado de honra do Fantaspoa 2019
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Os embates mais importantes pós-menopausa (oitavas da Cobralina e da Libertinagem) foram dignos de vergonha alheia. O destaque ficou por conta da providencial chuva de prata que apagou o fogo no rabo (fogo esse que aliás já chegou da rua meio apagado), propiciando-nos a façanha de permanecer 21 minutos a mais na competição continental. E os demais, não menos importantes (oito rodadas pelo Brazeiro) — a posteriori talvez fundamentais, porque os pontos escorridos não se recuperam — deixaram bastante a desejar.
Querer o quê do presente interlúdio se o anterior, que durou o triplo (uma temporada na Zona), não suscitou melhora alguma? A única coisa boa que poderia ter sido feita não o foi: trocar de casamateiro. Perdemos o timing (o desodora dele tinha vencido), e agora é improvável haver qualquer mudança no "comando" (salvo se a situação degringolar de vez, daí não tem multa nem falta de opção no mercado que segure). Decerto teremos de continuar aturando-lhe a retórica gasta (mais gasta do que a minha) — dele e de quem o banca.
A torcida colorada já naturalizou a "fase" ruim, e a experiência de assistir aos xócus (sic), seja na tereza ou in loco, tem sido tão excitante quanto um beijo cenográfico sem língua nem saliva nem mordida nem nada (mas com o risco de ter de encarar uma halitose mentolada), parecendo mais respiração boca-a-boca do que beijo de verdade. Pra variar, chegamos naquele momento em que, restando-nos 17 rodadas, o objetivo passou a ser a busca pela "vaga" (de coadjuvante), sendo que continuamos mais longe do G6 do que do Z4.
Em razão da pausa pra Expointer e as Eliminatórias, serão apenas três compromissos em setembro: Krephiza no Sintekão, Imorrível no Bêra e Jume no Jacúni — é escusado dizer qual o mais importante, embora todos os três valham três pontos cada... (na véspera, cantaremos Sir-vão... nossas lasã-ã-nhas! di mo-de-lo! a toda té-errá!... no dia seguinte, saudaremos Perséfone).
Palmeirim 4 x 1 (sáb 13/09, 18h30) BR #23
Jumentude _ x _ (sáb 27/09, 18h30) BR #25
Aguardando vaga |