sábado, 2 de agosto de 2025

Colorado agosto 2025: Braza aka Varzileirão (5 rodadas) + Cobra (8ªs volta) + Libertas (8ªs ida & volta)

Enquanto isso, na Orrla do Guayba...


O Torcedor Brocha
by Henze Saci

O torcedor brocha come as nádegas da coroa e atira os ossos pro cachorro.

O torcedor brocha, futuro inquisidor, devora a súmula e soletra o calendário.

O torcedor brocha não anda nas nuvens. Sabe escolher seus apetrechos: a almofada, a corneta, o binóculo, as palavras-cruzadas, o boné, o fone antirruído, o sinalizador. Dança com eles. Conjura-os.

O torcedor brocha ateia fogo no vestiário pra testar a competência dos bombeiros.

O torcedor brocha, declarando superado o estatuto de 2003,  corrige o professor de direitologia. 

O torcedor brocha confessa-se ateu e à toa. Não devolve a bola pro gandula e manda-o se catar. Aplaude os ruins e vaia os bons.


O torcedor brocha é desmamado no primeiro dia. Despreza Rômulo e Remo. Acha a loba uma cadela. No pré-natal, gritava: “Champanha, mamãe! Rápido!”


O torcedor brocha decreta a alienação do treinador. Expulsa-o da casamata, com a roupa do corpo e amordaçado. (Mandou fazer uma faixa: Técnico bom é técnico demitido.)

O torcedor brocha repele as propostas da bandeirinha de dezoito anos, chamando-a de bisavó.

O torcedor brocha, escondendo os cartões do árbitro e trancando-o na cabine do VAR, obriga-o a refundar a pop art, única saída do impasse.

O torcedor brocha, refém do fator buceta©, ensina a maria-chuteira a amar. Dorme com o radinho debaixo da cama.

O torcedor brocha assiste somente aos jogos do seu time (e olhe lá!) — ouvindo death metal.

O torcedor brocha despreza clássico, uma desgraça que não deveria existir — salvo quando seu time ganha. 

O torcedor brocha adora passar um tempo na Zona.

O torcedor brocha considera as organizadas um bando de freirinhas no cio. Já os jogadores são tudo mercenário, merecem o chicote. 

O torcedor brocha nunca lava o "manto sagrado" — mais por preguiça do que por superstição.

O torcedor brocha esquece de comemorar gol que não seja decisivo, chorado ou de placa. 

O torcedor brocha não vê a hora de chegar a intertemporada, melhor época do ano.

O torcedor brocha nunca colecionou figurinha. É passadista por natureza e se diz neodecadente; não suporta o hic et nunc, e quanto ao porvir, resume-se a uma miragem. 

O torcedor brocha, dos animais só admite o quero-quero e o piloto de carrinho-maca. Deixa o cusco mesmo raivoso e o motorista de ambulância às pulgas.

O torcedor brocha benze o gramado em dia de temporal. 

O torcedor brocha acha que torcida não ganha jogo (até atrapalha). Prefere jogos de portões fechados.

O torcedor brocha abomina qualquer tipo de aposta — apostar pra quê!? (Talvez contra o próprio time...)

O torcedor brocha antefilma o acontecimento agressivo, o Apocalipse, lance capital.

O torcedor brocha festeja seu terceiro aniversário convidando o Saci e a Mula sem Cabeça pra jantar. Espetados na mesa três facões acesos.

O torcedor brocha despede a televisão, “brinquedo pra analfabetos, surdos, mudos, doentes, antinietzsches, padres, podres, velhotes”.

O torcedor brocha atira uma granada em forma de falo na mãe do Badanha, sepultando as Federações (só a várzea salva).


Versão semiparódica e/ou pastichada
de Murilo Mendes, in: Poesia Completa e Prosa
vol. único, Ed. Nova Aguilar, 1994, pp. 1013-1014.
O original linkado (in: Poliedro − Roma, 1965/66,
 Ed. José Olympio, 1972) difere num 
que outro detalhe da edição utilizada.
Texto sujeito a modificações sem prévio aviso.


O miojo do RRabbit (aka Roger Manjado)

O encéfalo do RRabbit está subdividido em 6 frames, sendo 3 em cada hemisfério: no esquerdo, os 3 primeiros frames; no direito, os 3 restantes. O espaço entre ambos os hemisférios chama-se interframe. Tal esquema se reproduz no tempo regulamentar de jogo, subdividindo-o em 6 blocos de 15 minutos:

      • de 00:00 a 15:00, 1.º frame;
      • de 15:01 a 30:00, 2.º frame;
      • de 30:01 a 45:00, 3.º frame;
      • intervalo de 15 minutos, interframe;
      • de 45:01 a 60:00, 4.º frame;
      • de 60:01 a 75:00, 5.º frame;
      • de 75:01 a 90:00, 6.º frame;
      • acréscimos, postframe.

Em regra, as substituições acontecem no início do 5.º frame (i.e. aos 15' da segunda etapa) e no do 6.º (aos 30'); eventualmente, devido a alguma intercorrência de ordem física, também se processam no interframe (i.e. na volta do vestiário). Esse cerebralismo rabbitiano propicia aos comandados ficarem de prontidão pras substituições, as quais obedecem não apenas ao esquema dos frames, internalizado pelos atletas como se fosse um miniciclo circadiano, mas também à hierarquia preestabelecida pelo treinador, de maneira a otimizar a organização da equipe.

A seguir, dois dos principais meio-campistas que amiúde tomam parte na dinâmica do sistema framista; ambos sabem de antemão como e quando se dará a substituição, bem como o que é preciso pra não deixar cair a peteca. 

Tia Gomaya, paranormal

Ronaldol, bailarino

 VAI SER PUNK 

1 x 2 Bambi's (dom 03/08, 20h30) BR #18

Pavão 1 x 1 (qua 06/08, 21h30) CB #8ª/volta 
O ELIMINADO (REPRISE)
Bisolero & Barcelino matutando no Parque Gigante
ao som de Quero-Quero
(José Cláudio Machado, álbum Canção do Gaúcho)

Energético 1 x 3 (sáb 09/08, 18h30) BR #19

Flamingo 1 x 0 (qua 13/08, 21h30) LA #8ª/ida

_ x _ Flamingo (dom 17/08, 18h30) BR #20

_ x _ Flamingo (qua 20/08, 21h30) LA #8ª/volta

Rapunzel _ x _ (sáb 23/08, 18h30) BR #21

_ x _ Fortim (dom 31/08, 20h30) BR #23

CLASSIFICAÇÃO
→ BRAZA
→ COBRA


Glenda Fairbach - I Want Two Guys In My Ass (1969)

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Colorado julho 2025: Braza aka Varzileirão (4 rodadas) + Cobra (ida)


O torcedor é um masoquista

Quem torce, sofre (e se retorce). Torcer é sofrer (por antecipação). Em princípio, trata-se duma atividade positiva, escolhida "por livre e espontânea vontade"; no entanto, não se pode falar em vontade porque em seu âmago não é livre nem espontânea. A essa atividade subjaz um estado que se enraizou na identidade do sujeito. Torcer não é uma opção pra ele — é uma compulsão, uma necessidade, um imperativo categórico. Ser sujeito implica estar sujeito, como um joguete à mercê das vicissitudes. Isso não impede que o torcedor se sinta agente — porque incentiva, apoia, participa, dispende tempo e energia, gasta o que tem e até o que não tem. Ademais, não está sozinho — pelo contrário, faz parte do coletivo torcida, e tal pertencimento é tão compulsório quanto natural e afirmador. A partir do instante em que se reconhece torcedor, não cabe mais falar em escolha, em voltar atrás — é como se tivesse nascido assim.

Nesse universo, o irracional não quer saber do plausível, e a superstição é uma de suas armas. Se por acaso acontece o pior, se todas as expectativas acabam frustradas, o torcedor se retrai em meio a sentimentos contraditórios (culpa, raiva, alívio, complacência, apatia, etc.), decidido a "dar um tempo" ou mesmo a "largar de mão", até que novamente se assanha ao ouvir a Esperança lhe sussurrar algo de dentro da boceta de Pandora, de modo que os velhos bons tempos se insinuem no horizonte como uma miragem na qual é preciso acreditar com fervor. O escárnio dos rivais perderá sua força, porque quem ri por último, ri melhor — seja uma risada banguela, seja reluzente de ouro. Entrementes, pode encontrar consolo nas glórias passadas, ou sublimar seus anseios noutras atividades que lhe permitam fugir da realidade, ou se afundar no trabalho, ou recorrer a substâncias paregóricas e lenitivas. Contudo, por mais que se compraza com os reveses da fortuna, não há tempo pra ficar chorando o leite derramado e lambendo as feridas, porque novos desafios não param de bater à porta, e então a premência da superação age como tônico d'alma: a tensão, o medo e a angústia se transformam em firmeza. Momentos de revolta e indignação também são bem-vindos, assim como pequenas catarses. Outros tropeços e tombos sobrevirão, até que a boa fase retorne sem prévio aviso, e daí serão mobilizadas todas as armas, a hora H do dia D estará cada vez mais perto, o paroxismo tomará conta e bum! bam! bum! terá chegado a tão sonhada apoteose. No dia seguinte, a ressaca, a melancolia pós-coito, o presente do futuro, o fastio, a falta de sentido — o gozo esvaziou-lhe o ser, deixando-o negativo. Como bom masoquista, seu verdadeiro prazer estava na expectativa, na espera (nesse aspecto a analogia com a religião também funciona: o fiel não quer apressar sua chegada ao Paraíso)... Resta-lhe aguardar o início de mais um ciclo.

Mesmo que não saia da mesmice, da mediocridade, o torcedor tem outra chance de prazer: ver o arquirrival (e os rivais em geral) quebrar a cara. Esse evento é pra ele o suprassumo do que em alemão se chama Schadenfreude — a alegria de ver o outro se dar mal, a "satisfação com a desgraça alheia" (cf. dicionário Wahrig). Trata-se doutra versão do gozo masoquista a que o torcedor tem direito (segundo Deleuze/Delírio em Sacher-Masoch: o frio e o cruel, masoquismo não é o contrário de sadismo e tampouco seu complemento). No caso, é o famoso gozar com o pau do outro. Isso porém não sai de graça, pois o tormento maior é justamente ver o arquirrival se dar bem.

Em suma, ao virar torcedor o sujeito assina um contrato que dá plenos poderes à entidade que se convencionou chamar de "clube do coração", envergando a camisa-de-força (aka "manto sagrado") como escravo duma dominatrix e merecendo ser castigado, humilhado sem clemência, até quiçá chegar ao clímax — nesse processo vai residir o sentido fetichista de sua existência, cujo arquétipo é encarnado pelo personagem central da novela A Vênus das Peles (Venus im Pelz, 1870) e alter ego do autor, o qual viu a contragosto seu próprio nome ser usado pra batizar a parafilia também chamada de algolagnia passiva).

 

P.S. —  segue comentário/explicação do antepenúltimo parágrafo (em especial da frase "Trata-se doutra versão do gozo masoquista a que o torcedor tem direito"), na tentativa de dirimir a dúvida do matuto Pastor Bolota. 

A mesmice é um trem de brinquedo dando voltas, em contraposição a uma montanha-russa de verdade. Pra ver o outro (arquirrival) se dar mal, o torcedor se mobiliza como secador, um estado de alta-tensão nervosa que é proporcional às chances de sucesso e à importância do jogo. O triunfo do outro pode ser pior do que a derrocada de si próprio. O gozo no estado de secador acontece em forma de alívio, um antigozo que não chega a ser orgasmo (amiúde sem ereção, i.e. gozo de brocha), portanto mais humilhante e patético do que no estado torcedor propriamente dito. No secador, há um incremento da passividade efeminante, transformando-o em voyeur e cuckold ao mesmo tempo — eis aí uma ilustração dessa dinâmica psíquica. E se o arquirrival levar a melhor? Bom, nesse caso valerá a máxima: aquilo que mais se teme, é o que mais se deseja. E aquilo que mais se deseja, maior potencial de gozo tem. O gozo masoquista será, por definição, tanto mais intenso quanto mais for protraído. O temor dilata o tempo e aumenta o tesão (o crente reza com mais fervor quando sente o capeta mais próximo, fungando no cangote). E qual ato sexual ilustra o fracasso máximo do secador? Resposta: ser possuído por um futanari. A culpa, em última instância, será sua e somente sua, porque ele e somente ele fracassou como torcedor, ou melhor, sua dona o deixou na mão (i.e. como punheteiro). Moral da história: a bola pune! ou melhor: as bolas! pra deleite do eterno masoquista...

Em tempo — Wilhelm Reich, no capítulo O caráter masoquista, de seu livro Análise do Caráter (ed. Martins Fontes, 1989), cita a seguinte fala dum paciente, a ver com o medo de ser desapontado ou rejeitado: "Tenho de enfrentar a tarefa de introduzir um pênis que não tem ereção numa vagina que não me é oferecida." (p. 233)

 

Henze von Saci-Masoch


O Segundo Jogo

The Second Game (em cartaz), documentário, 97min., dir. Corneliu Porumboiu, Romênia 2014.
(O diretor já foi referido na bostagem de 20/01/2024, acerca de seu filme Futebol Infinito.) 
Pai e filho tiram uma VHS do baú. O conteúdo: um dérbi ocorrido há quase três décadas na Romênia ainda comunista — entre FC Dinamo București e FC Steaua București (este o time dos milicos; aquele, o da polícia secreta). A pressão sobre os juízes transcendia a esfera esportiva, uma vez que a política também entrava em campo... O pai era juiz e coube a ele apitar a tensa peleia. O filho tinha uns 8 anos e não seguiu os passos do pai — fez carreira de cineasta e agora teve a ideia de transformar em documentário a experiência de assistirem ao VT e irem tecendo comentários "em tempo real" acerca do andamento e estilo de jogo, das decisões tomadas ou não, das regras em relação às da atualidade (e.g. a possibilidade de o arqueiro pegar bola recuada), etc. Ao espectador, o que impressiona à primeira vista é a neve que caía sem parar (cenário ideal pra passear de trenó com o Santa Claus), os uniformes de meia-estação e o estádio lotado (a temperatura parecia estar alguns graus abaixo de zero, mas estava "apenas" 1 ou 2 graus negativos, segundo o pai/juiz); a seguir, impressiona também o quanto a partida era rápida e bem jogada (lá e cá), a despeito da intempérie. Nenhuma das equipas fazia cera, nenhum jogador simulava faltas nem nada. Nos lances ríspidos em que o tempo fechava, a câmera (eram só três) mostrava a torcida ou qualquer outra coisa, a fim de não transmitir mau exemplo. O juiz evitava marcar qualquer falta e não precisava distribuir cartões pra mostrar autoridade, além de não gostar de expulsões porque prejudicavam o espetáculo (um lance curioso que ele recorda sobre outro jogo que apitara: ao puxar o amarelo, viu o advertido retrucar com o sinal da cruz, como se estivesse diante do demônio, e tamanha afronta não pôde perdoar: ato contínuo, puxou o segundo amarelo). O filho, vendo o novo no velho, cogita que aquele jogo daria um bom filme; mas ao pai, sem tempo pra lamentar as neves dantanho e as coisas todas vãs, todas mudaves, aquilo tudo não passa duma roupa que não nos serve mais, varrida pelo vento da impermanência, como aquele VHS que hoje é streaming. 

 


RRabbit, o retorno...

→ RRabbit reapareceu dia 28 de junho

Não foi com paz de espírito que o adestrador colorado adentrou o recesso do Mundialixo de Clubs Fifarofa: em pleno Dia dos Namorados, viu-se flagrado na Zona, fato que o obrigou a buscar refúgio longe de casa. Notícias desencontradas deram conta de que ele havia sido visto em diferentes lugares: pescando na Lagoa dos Patos, meditando em Três Coroas, fazendo compras em Rivera, cavalgando nas Missões, admirando os cânions em São José dos Ausentes... Após duas semanas de paradeiro incerto, havia um suspense quanto a sua reapresentação com o grupo pra intertemporada de mais duas semanas. Chegou um pouco atrasado (decerto por culpa do uber), olhando de revesgueio, semblante de andarilho, meditabundo, barba por fazer, alguns quilinhos extras, meio abichornado. Ouviu as novidades sem demonstrar entusiasmo nem preocupação: um reforço aqui, outro acolá; o pessoal retornando do DM; as datas pras oitavas da Cobra e da Libertas. O primeiro compromisso da retomada calhou de ser em casa: pelo Brasa contra o Clitória, que tem os mesmos 11 pontos mas está em 16º, um andar acima da gente (e acaba de ser desclassificado no Nordestão; o Vozito, nosso adversário seguinte, decide a vaga hoje à noite). A palavra de ordem: serenidade. O pensamento: a sorte ajuda os bons a serem serendipistas. 

 

 

1 x 0 Clitória (sáb 12/07, 16h30) BR #13
1 x 0 Vozito (dom 20/07, 11h) BR #15
Peixereca 1 x 2 (qua 23/07, 21h30) BR #16
1 x 1 Bacalhau (dom 27/07, 18h30) BR #17
1 x 2 Pavão (qua 30/07, 21h30) CB #8ª/ida


CLASSIFICAÇÃO
→ BRAZA
COBRA

VERMELHO: A COR DO SUL
fim


Die Buben im Pelz - Venus im Pelz

sábado, 31 de maio de 2025

Kolorado junho 2025: Braza aka Varzileirao (11ª & 12ª rodadas) + intermezzo by Fifarofa

Depois da overdoze, o marasmo...
Mais dois konpromiços, e o kalendario bizesdruxulo da Konfedorentaçao Pindoramika de Freskobol pauzarah por cerca de 1 mez em razao duma kermece da Fifarofa na Disneilandia. Ece periodo nos serah ecencial pra rekuperar os baleados e trazer um qe outro reforço. 

Apezar da klacifikaçao as oitavas tanto da Kobra quanto da Libertas*, o sanghedoce soh serah konpleto se vierem os 6 pontos a disputar antes do referido interludio, neceçarios pra abduzir a mae da Zona.

*Sorteio duplo depois de amanha, segundafeira 02/06, por volta do meiodia.


XAVEAMENTO: OITAVAS 
(2.ª sing pres ind Oitavar) 

KOBRA

dias 30/7 e 07/8 as 21:30

LIBERTAS

dias 13 e 20/8 as 21:30

BRAZA

0 x 2 Flumence (dom 01/06, 20h30) BR #11
Galinaceo 2 x 0 (qi 12/06, 21h30) BR #12

M E N O P A U Z A   N A   Z O N A


Hevisaurus - Ugala Bugala

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Kolorado maio 2025: Braza aka Varzileirao + Libertas + Kobra

→ SE LIGA NA BOIA
Abril foi superpuxado, kobrando seu preço kom lezoes e dezenpenhos meiabonba qe espuzeram as limitaçoes do pranteu (sik) sob komando de RRabbit Frame.

E ainda tivemos de agwentar arbitragens pra lah de ruins, em especial graças a Varjinha, qe deploravelmente açumiu o protagonismo do ludopedio em Pindorama, onde ademais os klubes se tornaram refens da betizaçao etc. 

Enfim, a rotina vai kontinuar a mesma koiza neste mez das maes: serao 2 xokus por semana, distribuidos em 3 kanpeonatos:

  • 4 no Braza (6.ª poziçao kom 9 pontos em 6 rodadas — 5 atraz da ponta);
  • 3 na Libertas (2.ª poziçao no grupo, nao muito konfortavel);
  • 1 na Kobra (basta enpatafodar kontra o poderozo Marakanance).
Menos mal qe teremos somente 2 xokus em junho (por konta das Eliminatorias e do Mundial de Klubes). 

Ganbá's 4 x 2 (sab 03/05, 18h30) BR #7
Atletiko Nacionalkol 3 x 1 (qin 08/05, 21h30) LA #4
Fogareiro 4 x 0 (dom 11/05, 20h00) BR#8
Nacionaluru 0 x 2 (qin 15/05, 19h) LA # 5
1 x 1 Jiraçol (dom 18/05, 20h30) BR #9
Marakanance 0 x 3 (qin 22/05, 19h) KB 3.ª faze, volta
Sbort 1 x 1 (dom 25/05, 16h) BR #10
2 x 1 Baiaku City (qua 28/05, 19h) LA #6

KLACIFIKAÇAO
→ BRAZA
→ LIBERTAS OITAVAS!
KOBRA

VERMELIO: A KOR DO SUL

→ 8º EPIZODIO
fim

CZART - Peregrynacja dziadowska (official music video)

sexta-feira, 28 de março de 2025

Kolorado de 29/3 a 31/4/2025: Braza aka Varzileirao + Libertas quae sera (bonus-traqe: Kobra)

Finda a pauza pos-kaneko do Gauxonga 2025

Konfiçoes sacinikas: 

Alghem qe nem eu

Foram mais de 7 anos de desdita, sem konseghir faturar nada — por kauza dum espelio qe qebrei, dum sapo qe enterraram kom meu nome na boka kosturada, duma divida de onra nao onrada. 

Ate qe, sem previo avizo, me avizaram qe eu poderia ser liberado por bom konportamento. A tensao de novo xegou ao limite, cem toneladas nos onbros. Tao logo me liberaram, os ventos me pareceram propicios. Apos um periodo readaptativo de peranbulaçao, komendo o pao qe o diabo amaçou, konseghi enprego numa fabrika e, munido de meu primeiro salario, korri ao lupanar mais proximo, ansiozo por tirar o atrazo. A brinkadeira nao era pro meu bolso, daih deskobri os aplikativos de namoro, qe facilitaram deveras as koizas a ponto de eu dar um tenpo no cinko-kontra-um e sair kantando na xuva komo Gene KellyFodi, e nao paghei...

Um vazio no entanto surjiu, me faltava sei lah o qe, konkluih qe nao dava pra viver soh de fast-food. Me bateu um romantismo besta, fui em buska da alma jemea. A tarefa se mostrou ingrata, e nao demorou pra qe o dezanimo me pegace  o destino tinha qebrado um dente da frente e se negava a sorrir enqanto nao botace um de ouro no lugar. Eis senao qando, kunprida mais uma jornada de labuta, ao seghir meu kaminho sob um ceu xuviskozo fui avistando kazais enamorados e, vagando komo kaxorro sem dono, komecei a me lamuriar... Senpre qe eu tentava dar em cima dalguma formozura, ela fujia konvikta. O problema soh podia ser eu!

A solidao me aprizionava ao ar livre, nao era poçivel, depois de todo o izolamento qe suportei... Mas niço eu nao estava sozinho (enbora axace qe sim). Porqe entrementes, certa donzela sonhava kom seu principe enkantado, qe nunka aparecia. O problema soh podia ser ela! Porem os deuzes banqeteando-se no Olinpo, a fim de se divertir kom as noças dramedias rezolveram dar uma forcinha: kolokaram a jente em rota de kolizao, rumo a uma eskina e... Match ah primeira vista!

Ylvis - Someone Like Me [Official music video HD]

Regozijados pela mutua konqista e kurtindo a good vibe da nova faze, konpartiliamos no leito o fumo do "foi bom pra ti?" depois de dar três sem tirar, um jazzinho kubano de fundoem seghida, nem avia klareado, enkarei uma xuveirada, mandei um kafe retinto por cima duma bunda de pao dagwa kom mortandela (sik) e me aprumei pra ir ah luta (soh qe agora faceiro), enkarar o mundo lah fora, a realidade qe fikou me esperando enqwanto eu me esbaldava — problema dela! Daqi pra frente vai ser bem puxado, foda-se, o kara tem de dar konta, e o futuro promete: o pior jah paçou, e o melior ainda estah por vir, nao vamos nos mixar!


OKTA SOH TEM UM!

VERMELIO: A KOR DO SUL
kontinua na procima bostagem...

→ GRUPO DO INTER NA LIBERTAS

→ TABELA DE JOGOS EM ABRIL

(Um atraz do outro, sem tenpo pra dezopilar.)

Flamingo 1 x 1 (sab 29/03, 21h) BR #1
Baiaku City 1 x 1 (qin 03/04, 19h) LA #1
3 x 0 Rapunzel (dom 06/04, 18h30) BR #2
3 x 0 Atletiko Nacionalkol (qin 10/04, 19h) LA #2
Fortim 0 x 0 (dom 13/04, 20h) BR #3
0 x 1 Krephiza FC (qwa 16/04, 19h30) BR #4
Umaitence 1 x 1  (sab 19/04, 21h) BR #5 #447
3 x 3 Nacionaluru (ter 22/04, 21h30) LA #3
3 x 1 Jumentude (sab 26/04, 16h) BR #6
1 x 0 Marakanance (ter 29/04, 19h) KB 3.ª faze, ida

KLACIFIKAÇAO
→ BRAZA
→ KOBRA

SUJESTAO AO MARQETINGHE KOLORADO:
UMA KAMIZA 76, ALUZIVA AO ANO DO OKTAKAMPEONATO GAUXO.
SEGHE O DEZAIGHINE DO NUMERO:

segunda-feira, 3 de março de 2025

Março Colorado 2025: Gauchonga Varjeano — Final brenau

Estamos xegando aos finalmentes de mais um Gauxonga na milonga, desta feita em verçao enxuta. Apezar dos 7 anos de vakas magras, seghimos sendo os maiores vencedores do "ruralito" (e do derbi tanbem). Na atual ediçao, fizemos a melhor kanpanha e portanto decidiremos no Bera.

Sesta de Karnaval a noite (01/03) konfirmamos a kondiçao de finalista ao bater o Kaxias por 3 a 1 (plakar agregado: 5 x 1). O adverçario a jente jah sabia qwal: de tarde o Umaitence eliminou o Jumentude qe, como era de se esperar, foi operado em kaza com reqintes de maukaratismo (este lema reprezenta bem o gremixo: Roubado eh mais gostozo! — ao mesmo tenpo em qe pença e aje komo o uniko ou o mais roubado... koiza de torcidinha mimada kom kara de ku lavado).

Duas fotos da vitoria sobre o Kaxias
(Na galeria, ha varias outras tri)
Bernabei nao preciza olhar pra bola
Ennerval desfilando

 

Os animos, qe jah estavam acirrados devido a acendencia e preçao (inkluzive kom ameaças) do Imorrivel sobre a arbitrajem e a propria Foderaçao, atinjiram o patamar de altatençao, a ponto de o prezidente Barcelino konparecer na koletiva posjogo pra mostrar qe nao tem sanghe de barata e soltar o verbo nao somente em repudio a certos fatos, mas tanbem em relaçao as narrativas qe a RéBi$ tem konstruido a favor do time do patrao e kontra o Inter (nenhuma novidade neça xinelajem) — soh falta trokarem o nome do kanpeonato de Gauxonga pra Gaymioxonga...

Tamanho apelo do kaneko pras gazelas rezide na xance de igwalar um feito qe konceghimos na dekada de 60 pra 70 (lah se vai meio sekulo) e atende pelo nome de Oktakanpeonato; o dezespero azulino eh tanto, qe jah estah sendo rodado um dokumentario ufanozo sobre a konqista. Qwanto a nos kolorados, precizamos infalivelmente espantar a zika e akabar kom a seka, sinples açim.

Em suma, noço Estadual eh tao enjoado qwanto o kalorao qe kostuma fazer nesta epoka e parece pior a kada ano. (Por mim, poderia ser disputado apenas pelas demais eqipas, akabando kom o monopolio da "dupla" e boa parte da xaropada.)

 

Umaitence 0 x 2 (sab. 08/03/2025, 16:30 17:45) #445

1 x 1 Umaitence (a definir* dom. 16/04/2025, 16:00) #446
*motivo: entre a ida e a volta, as gazelas tem kompromiço pela Kobra.

→ FOTOS DA PARTIDA (e da XEGADA tanbem)

→ OKTARIO NAO TEM OKTA!
→ Korrei do Povo - ediçao especial 16/04/2025
  

The Partisans - Bastards in Blue

BENZADEUS! (Le Ruque-Raque Blogue & The Black Tape Project)