quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Botafogo 3 X 3 Inter (14ª. rodada do Brasa 2013)

PÓS-TORMENTO

Pela segunda vez consecutiva, temos de comemorar (ou se contentar) com um empate no finzinho. No último lance, em escanteio aos 49', logramos arrancar um ponto depois de ter tomado a desviradaPelo menos não perdemos do agora líder e temos, continuamos tendo um jogo a menos, repitamos pra nós mesmos. Mas dá uma raiva do inferno ter de sempre aturar Murriéu aceitando gol a torto e a direito, o manco Ronauduauvs, os erros de passe etc.
Hoje até que demoramos a levar o primeiro: foi só lá aos 9'. Depois, aos 32', vimos por duas vezes a estrela e categoria de Scocco 32 brilhar em menos de 60 segundos! Intervalo, o time volta mal, travado, sofrendo pressão, sem conseguir encaixar um contrataque matador. Então o nosso arqueiro de luvas fúcsia resolveu cometer penal aos 18', só pra poder imitar uma pobre marreca sendo abatida ao alçar vôo. Enquanto isso, Dungo prometia o gândula em vez de tratar de mandar os guris ou mais alguém a campo. Nem precisou muito pra tomarmos fumo de novo, num chute de fora da área aos 29', a bola passando entre os dedos do Mr. Frisbee. Foi a ficha pro Dungo fazer sua única substituição, chamando Tavin pra render Alex aos 32', coisa que muitos espectadores colorados nem testemunharam, pois a partir do terceiro gol só os masoquistas de fé como eu continuaram assistindo, chuleando um "empate heróico" numa espirrada de sorte. E fomos premiados: Chupa-Cabra, o Iluminado Profeta "no apagar das luzes" ("Não desistimos de buscar o empate. A esperança é a última que morre. Fui pra área e fui feliz. O futebol é assim: temos que lutar!"). Uíliams, no entanto, foi o eleito pelo GE nosso melhor em campo (pra espanto dalguns aqui, se não de muitos). No quesito declarações, destaque pra franca lucidez do Jenrique"Temos que aprender a jogar bola quando estamos vencendo. Não jogamos no segundo tempo, e também temos que aprender a não jogar somente depois que estamos perdendo por 1 a 0".
Com o resultado, não saímos do lugar, isto é, terminamos a rodada mais ou menos onde começamos, em sétimo (quarta-feira tínhamos caído de sexto pra oitavo). E na próxima, em "casa" contra o Galináceo, Ruã cumpre suspensão pelo terceiro amarelo. Ata.
Eu contra mim. (Atentai pro uso do pronome pessoal após preposição.)

PRÉ-PELEIA

Em condições adversas e sem muito ânimo nem inspiração, escrevinho-lhes este posto pra partida de logo mais à noite. As últimas rodadas têm deixado muito a desejar (frase insossa; leia-se: foram uma merda). Passamos das grandes expectativas à desconfiança e, em seguida, ao ceticismo. O time vem levando gols em profusão, os "cordéis da cidadela colorada" sendo estufados com facilidade, a nossa meta parecendo um saco sem fundo  haja produção ofensiva!  problema esse dissecado pelo Ciffero no posto anterior. Aplicando a expressão bíblica ao Inter do Dungo: um gigante com pés de barro, qualquer cascalho pode rolar do morro e nos ferrar. Tudo bem, temos um jogo a menos e nem estamos tão mal na tabela. Mas o que importa não é essa desculpa com prazo de validade curto, e sim os três pontos do desafio presente.

O adversário da vez ocupa o segundo lugar no certame, empatado em número de pontos com o primeiro (que ontem abriu as pernas na Arena 36, permitindo ao favorecido Bremixo adentrar no G4), e vai isolar-se na liderança mesmo com um empate. Já o Colorado, momentaneamente em oitavo (perdemos duas posições ontem), pode até retomar o seu lugarzinho ao sol na zona da Libertas (desde que o Atlético-PR não vença o SPFC no Morumbi). Ambas as equipas buscam a retomada. Desfalques eles têm quatro, enquanto nós contamos nove (quase um time completo, apesar de que apenas o convocado Furlã tem status de titular).

De novidade, há o retorno de Ygor à volância (saído do DM como Lázaro do sepulcro), além da improvisação de Jenrique (agora tachado de "polivalente") na lateral direita. Na esquerda, Farbício Chupa-Cabra, também retornando de suspensão, deixa o Kréber no banco. O esquema continua o 4-4-2, com Scocco Tucanacho fazendo dupla com Damien. O anfitrião vai de 4-5-1, com Elias como ponta-de-lança servido por Seedorf pelo meio, mais os atacantes Vitinho e Rafa Marques (artilheiro) como alas; na zaga, nosso ex-general Bolivery...

Este ano "tivemos a felicidade" de vencer os outros três cariocas (um no Rio e dois em Caxias). Ostentamos ainda um ótimo retrospecto contra o Fogareiro no Maraca pelo Brasa (faz 24 anos que não perdemos lá). A rigor, isso representa muito pouco a nosso favor, talvez até sirva de incentivo adicional ao adversário. Vamos, vejamos e vençamos! O resto é história.
Estrela Solitária com fogo na rabeta.