domingo, 11 de dezembro de 2016

AMOR FATI

     Essa expressão latina, mote d'El Bigodón Nietzsche e que significa amor ao fado (e à foda), aceitação afirmativa do destino no que há de necessário e compulsório, seja isso belo e bom ou feio e mau (sobretudo se feio e mau), sem conformismo e com dignidade acima de tudo, temperança e a força de quem nunca se mixa pra nada ao mesmo tempo em que rejeita tanto a autocomiseração quanto a empáfia, enfim, "amor fati" tem tudo a ver com coloradismo.

     Não esculachamos os vencidos, tampouco nos abatemos ou afetamos quando tentam nos esculachar. Sabemos aproveitar a felicidade e, caso tudo dê errado, é tipo matar no peito e bola pra frente! Nada de sorrisinho amarelo ou cara de bunda; sem ressentimento, amargura, mimimi, nhenhenhém ou chorumela. Pois, por mais diligentes, intrépidos, generosos, combativos, argutos, íntegros e benevolentes que consigamos ser, estaremos sempre sujeitos à Roda da Fortuna e suas vicissitudes (ilustrada pelo provérbio "A vida é como no cinema pornô: uma hora a gente está por cima, noutra por baixo").
Roda da Fortuna, tarô de Crowley
     Portanto, coloradagem de fé, que venha a inédita Segundona (ou Série B, como queiram), onde quase todos já estiveram; não nos intimidemos nem reneguemos o Clube do Povo, não cuspamos no prato em que tanto nos fartamos, agradeçamos por ser o que somos, nas glórias e nas desgraças, na boa e na ruim.

     Mais do que nunca é hora de encararmos ataraxicamente a realidade de nossa "saison en enfer" ("estadia no inferno", sua ceva quente etc.), isto é, foda-se o malfadado presente, temos de identificar e reconhecer as cagadas (e falcatruas) a fim de reconquistar o futuro. A quem estiver fraquejando, ofereço as palavras que certa feita minha mãe me disse: Seja homem, já que teu pai não foi!
Colorada de fé à paisana

EM TEMPO: pronuncia-se ámor fáti.

Escrevinhado no meu Xisperia iPhuck (não foi fácil).

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Peão de Tudo!

No momento exato em que escrevinho, saído excepcionalmente de meu ostracismo, começa em Anustiba a peleia do Coxalva contra a turma do Sr. Fucks (que sempre parece querer nos ferrar, não importa em qual casamata se encontre)...

Se algum coloradonauta das galáxias que porventura cruzar com estas parcas linhas pensar "puxa, o cara não morreu...!", saiba que até eu andei duvidando de minha própria existência.

Pois quase nem lembrava mais o meu e-mail, isso é que dá ser blogueiro bissexto (atenção pra não lerem bissexual!) e seqüelado.

(Gritos, buzinaços, rojões! gol de quem? Do Fitória. Eita, gazeledo...)

Ontem contra a Raposinha pisei no Bera com meu pé-quente (este ano só tinha ido lá pro show dos Rolling Stones). E tive de ouvir da torcida visitante aquilo que, por receio de incorrer em híbris, nunca gostei de gritar a ninguém, o tal ão ão ão...

Enfim, vamos vivos (ou semivivos) à rodada derradeira. Como diria o Cebolina, "quem não aLisca, não petisca", sendo que não dependemos mais de nós mesmos – ou seja, acho que precisaremos do Deus ex machina.
Esperança colorada não é vermelha  é verde! (e alvinegra)
Fazendo Refazendo as contas pra rodada final...

Mas se não nos safarmos no relvado, não nos desesperemos: nossa diretontoria tem um Plano B (a que ponto chegamos!?)...

No mais, seja o que acontecer, proponho uma adaptação do slogan "Campeão de Tudo", por mim criado antes do caneco da Shula 2009:
INTER, PEÃO DE TUDO!
P.S.#1 [Coito Pereira]: a lógica prevaleceu, Cocoritiba abriu as pernocas; há muita inveja contra a gente, vinda de toda parte, chuleando pra que despenquemos de vez no Orco da Segundona.

P.S.#2 [acidente da Chapecoense]: tudo se relativiza diante duma tragédia que, como tal, a um só tempo terrifica e comove.