sábado, 6 de julho de 2013

Inter 5 X 3 Vashquin (reestreia no Brasa/2013, 6ª. rodada)

PÓS-PÓS-PELEIA

Se algum matuto aqui porventura acha que, em plena manhã de seqüela-feira, ainda tenho disposição ou cabeça pra destrinchar algo que preste sobre a vitória imperativa contra a nau cruzmaltina, adianto que a luz fosforescente da tela me impede de firmar a vista. Lembro que no Centenário ontem tinha uma beleza de cerração donde foi surgindo uma carrada de golos, o primeiro deles num testaço comandado pelo E.T. colorado pro qual o porongo de nosso ex-lateral Neynhaka ainda serve de morada. Mal a coisa parecia estar resolvida ou encaminhada, e o bagual se recostava com o peito desafogado, oferecia-se a ocasião aos visitantes pra descontarem assanhadamente, ameaçando buscar o prejuízo. Graças à surpreendente prolificidade na frente, as cagadas atrás acabaram não custando caro. Isso porque era jogo de ponto "escorrido". Já quarta-feira, contra o Coelhinho pela Cobra, fazer será quase tão importante quanto não levar. Portanto a postura de ovos precisará ser outra; lambanças na área, sopa pro azar e frangos, nem pensar. Até porque não é todo dia que a gente abre o placar no começo da partida com autogolo (ainda mais de ex-jogador), que o zagueiro-artilheiro guarda o seu e que o guarda-redes adversário, além de ruim, tem trauma de nós
; tampouco o fato de a Odalisca de crina cortada ter desencantado é garantia de que vá repetir a dose ou mesmo deslanchar.

PÓS-PELEIA

Não tenho condições físico-mentais nem espaçotemporais de atualizar o posto agora. Inclusive acho que tenho um compromisso. Valeu, jogo paranóide de oito gols e três pontos na guaiaca! Desafogamos na tabela.
 Lembram de mim, a Princesinha Recatada?
Eis a ata.

PRÉ-PELEIA

Chegou a hora de recomeçar a correria. Muita coisa aconteceu neste ínterim, mas é como se nada tivesse acontecido, tanto faz como tanto fez. A princípio, achei até bom dar um tempo pra cabeça e pro fígado; no entanto, olhando pra trás ou pra lugar nenhum, resta uma sensação de cansaço, de esgotamento mais do que de saco cheio. Será a idade pegando, as atribulações, a falta de perspectivas, as ilusões perdidas? Um pouco de cada? Oh, Senhor, dai-me forças pra continuar... (Quê?! Ah, para de frescura! Te apruma, que a peleja já vai começar, e em seguida vem uma atrás da outra.)
Doktor Schnabel von Rom
Era certo que o Inter não atravessaria incólume a janela européia. Aliás, a travessia ainda está em curso. Significa sobretudo perder peças importantes e tentar repô-las, uma dinâmica em que a tendência é ficar patinando a esmo, sem lograr o pulo do gato. Estamos em posição medíocre, é provável que ali continuemos, conformados porque isso é aceitável ao invés de desesperante — a mediocridade conforta, aplaca a ânsia. (Porra, que papo brabo!)
Dois titulares foram vendidos: o zagueiro Moleds, 25 anos, e depois o meia Fredy, 20 anos. A seguir será a vez do terceiro: o centroavante Damien, quase 24 anos. O segundo reforço desembarcou hoje: o meia Alampa Trick, 22 anos. O primeiro, Jenrique, 31 anos, vai a campo neste domingo, em dupla de ataque com um titular recém-chegado de sua miniviagem de núpcias, Furlã, 34 anos. O técnico Dungo, aos 49 anos de idade, terá de improvisar o meio-campo: o lateral-esquerdo Farbício, 26 anos, atuará ao lado do Capitán Cabezón, 32, como sucessor daquele cujo nome começa com a mesma letra que o seu. Pro lugar dele na lateral, volta o veterano Kréber, em plena idade de Cristo, que à sua direita verá o não menos veterano Yndio, 38 carnavais, por sua vez ladeado por Ruã, 34. 
Além do arqueiro Murriéu, 26 anos, devem completar a escalação o lateral-direito Gabriéu, 32 (à sombra de Ediney, 27), o volante Aírtu, 23, e o performer Djozymar (aka Kiko), 26 anos — enquanto Uíliams, 27, cumpre suspensão e Ygor, 29, fica fazendo companhia pra Odalisca balzaquiana no banco.
A equipa comandada por Paulautuori, 56 primaveras, apesar de ter um ponto a mais do que nós na tabela, chega toda errada, cheia de problemas e incertezas, treinos cancelados, água e luz cortadas, jogadores no SERASA e no SPC, desavenças etc. — ou seja, tem tudo pra complicar contra a gente no Centenário. Menos mal que a meta cruzmaltina é defendida por Michel Alves, 32, autor da proeza de ter sido contratado pela direção colorada após tomar 8 no Beira-Rio.
Cuidado, que ela peida!