quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ecce Dungo

Por Gamarro  Django
— Presidente, o Dungo fica?
Os noventa dias de experiência do Dungo se encerraram e ele não foi demitido. O homem telefonou para si, de fixo em salas anexas, para confirmar o que já sabia, pois participara da reunião da Comissão de Assuntos Extraordinariamente Supérfluos (CÃES) nas pessoas do presidente, do interlocutor, do estafeta e do copeiro (serviu o cafezinho).
— O Dungo fica!
Passado o tempo de experiência previsto na CLT (será que foi por isso que o homem demitiu o Falcão em menos de 90 dias? Pra não pagar a rescisão?), podemos ter algum vislumbre do que está pensando Dungo na casamata, pois quem pensa, pensa melhor parado!



Após algumas experiências, Dungo está consolidando um meio-campo em losango, liberando Forlán e Damião para movimentar-se no ataque, sem muitas obrigações que lhes cerceariam as liberdades das qualidades. O meio começa por um volante marcador. Ficando a disputa entre Ygor, Aírton e Josimar (apesar deste último ter se aventurado na segunda posição do meio-campo nos últimos jogos que participou). Depois temos dois centro-médios moventes, com bom passe e até finalização de média distância: Willians pela direita e Fred pela esquerda. E D'Alessandro como enganche, posição que sabe fazer muito bem.
O losango do Dungo
Contra o Jumentude pudemos ver um entrosamento supimpa entra Forlán e Damião. Forlán, sem a obrigação de acompanhar o lateral, como no ano passado, move-se pelos espaços vazios por trás dos marcadores. E isso abre possibilidades, também, para Damião, que não fica mais isolado entre zagueiro e tentando dominar balões vindos da zaga colorada, enquanto tenta desviar das bordoadas dos zagueiros. Temos um ataque que mescla experiência com juventude, técnica com força, e dois finalizadores por excelência; promissor!
O esquemo do Dungo
Sobre a linha defensiva não há muito o que dizer. Muriel, Gabriel, Moledo, Juan e Fabrício. Muriel vem dando conta do recado, apesar de haver quem prefira o RAMSES na arcância titular. Falando em arco, temos la bestia na lateral-esquerda.  La bestia é útil, quebra o galho quando necessário, industrializada, mas feita em madeira-de-lei, apesar do acabamento tosco é resistente. Esperamos, no entanto, que nosso Pai-de-Santo sambista, Pai Chão, tenha colocado o Chicléber na ponta-dos-cascos. 
Arqueada e empinada
Na laterância-direita temos o arcanjo Jabriéu-Fariséu com asas gordas ao queijo ou ao alho. A falta de um Senhor das Sobras (imagina quanto come o cão do Jabriéu?) Sombras pode-lhe estar protuberando no umbigo, tanto no sentido figurado, quanto físico. E da zaga todos colorados sabem: Moledo e Juan.



Agora, até o final de maio é só jogo decisivo. A segunda fase da CoBra e os matas da Copa Faraó Pilha.
Uma taça ou duas?
Na Faraó Pilha  provável que enfrentemos o Julinho Rolha-de-Poço, fiel escudeiro gazélico, nas semis, mas, dessa vez, em posse do mando. As imorríveis pegam a pedreira do São Luiz, e depois, se passarem, podem pegar a filial jumentudina em Caxias. Na CoBra pegamos Santa Cruz, "o campeão de público de todas as divisões do campeonato brasileiro em 2011", depois só voltamos a jogar pela terceira fase da CoBra em julho, depois da CoCoon, da FIFA. Como na terceira fase ainda pegaremos times de médio pra baixo no cenário nacional (Gurupi-TO, Volta Redonda-RJ, América-MG ou Avaí-SC), só uma zebra das brabas pode nos colocar na Sudamericana. Passadas estas fases iniciais da CoBra, vêm as oitavas-de-final, com sorteio para definir os cruzamentos, e inclusão dos clubes que disput(ar)am a Libertadores.
— Vem cá, Djamarro, a rádio UFRGS saiu do ar e eu queria tanto ouvir o Boletim Astronômico...