Cinco súmulas sobre a realidade do futebol no Rio Grande do Sul em março de 2013
Por Ciffero de Parvalho
I. Internacional
II. GFPA
O clube mais querido do povo da Rede Brasil Sul continua sua sina rumo à empáfia eterna. Títulos são cada vez mais raros; não obstante, o clube é esquizofrenicamente tratado como se fosse portador do melhor time do planeta. A tão propalada imortalidade é uma quimera transformada em certeza por torcedores burros de carga e pelos jornalistas-vendilhões de sempre. O estádio do clube não lhe pertence e, incensado em rede nacional por sua modernidade, não passa de um brinquedo na mão de empresários gananciosos que fizeram uso da credulidade de inocentes.
É um certame obsoleto, como de resto são todos os certames estaduais. Perde-se muito tempo com jogos inócuos e soporíferos, até mesmo para os torcedores do interior. É preciso reformular o futebol brasileiro como um todo. Não se trata, porém, de aniquilar os clubes do interior e de privilegiar os atuais times grandes. Futebol é um processo, e não algo estanque. Clubes do interior, como Santos e Guarani já venceram o Brasileiro. Necessário se faz reunir as cabeças pensantes do futebol e encontrar um modelo mais atraente.
É um desastre. Há colunistas e jornalistas semi-analfabetos, cujos textos envergonhariam qualquer aluno bem formado de colégio secundário. No que diz respeito à palavra falada, também falta um mínimo de refinamento no trato do idioma e da lógica. Um programa de rádio de alta audiência, o conhecido Sala de Redação, antes frequentado por senhores de razoável formação, é um exemplo emblemático de como a senilidade, a obtusidade e o gremismo a qualquer preço são capazes de destruir, em dois ou três anos, o que foi construído em cinqüenta.
V. Imprensa alternativa
Os chamados “blogs” e “sites” alternativos são, há alguns anos, reduto da melhor informação e de vida inteligente no que concerne ao esporte bretão. É de espantar a perspicácia e a clareza que brotam das páginas de alguns desses sítios alternativos, destacando-se, sobremaneira, nesse âmbito, a lucidez de Ciffero de Parvalho e a ironia de Henze Saci.
Hábil e concisamente,
CdP, estratego
[Ilustração: Henze]