quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

VOLANTES, PRA QUE TE QUERO!



A coloradagem nem esperava nenhuma contratação adicional pra temporada, mas eis que não contavam com a astúcia do nosso Departamento de Futebol.
Trata-se do volante AÍRTU (o Horáculo já tinha avisado), cuja apresentação seria ontem, não fossem os erros de datilografia no documento enviado pelo BENFICA, a quem o futebolista pertence. Vindo do Flamingo, onde foi Campeão do Brasa 2009 ao lado do Williams (que aqui chegou agradando de cara, mas por azar foi logo parar no DM) e não vinha recebendo oportunidades (leia-se salários?) após ter sido emprestado pelo Benfica (que o havia comprado do rubro-negro...), Aírtu será apresentado nesta sexta-feira. Tem 23 anos e 1,81 m (1,82 conforme o site colorado); quanto ao peso, será posto na balança antes de assinar o contrato, que na verdade é um pré-contrato, pois chega por CEDÊNCIA provisória, isto é, por empréstimo do empréstimo até junho, e esse pré-contrato garante a sua permanência no Bera por empréstimo de 1 ano. Detalhes financeiros do negócio, não os encontrei.
Esperamos que não venha só pra rimar com Értu.
Enfim, a briga é feia na VOLÂNCIA: além dos citados, há Ygor e Jozemar.

E periga enfeiar ainda mais: Fellipe BASTOS (bá, esses boleiros de nome duplo...), que antes não pôde ser negociado com outro "Clube de Regatas" carioca, o de São Januário, pois se encontrava cruz-maltinamente penhorado, volta a ser alvo do diligente DF. Como ambos os clubes e o jogador têm interesse na sua transferência, é bem possível que ela ocorra. Coincidência ou não, isso também diz respeito aos lisboetas alvirrubros: teríamos de saldar € 250 mil (quase R$ 650 mil) referentes à parcela que o Vashquin ainda deve ao Benfica pela aquisição do futebolista ano passado.

Em suma, são 2 volantes de regata envolvidos com os Encarnados (o clube da inauguração do nosso estádio) — de repente dá até pra regatear alguma coisa.
A conexão RIO—BEIRA está forte.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Gramado

Sim, é a cara Capital das Hortênsias, onde recentemente passei um fíndi a dois, com direito a suíte com hidromassagem e tudo mais. Mas não é sobre isso que versa este posto, até porque fugiria da temática do blogue.
O título monovocabular se refere ao palco do espetáculo maior chamado Futebol, i.e. ao RELVADO (como dizem os portugas). É pra onde todas as atenções se voltam, o tapete mágico onde transcorre a trama ora tediosa ou brochante, ora dramática ou eletrizante. Dele depende a inspiração e o desempenho dos atores e também das cavalgaduras. Mas esse palco é como um belo jardim, não se cria nem se mantém ao natural e tampouco com amadorismo. É preciso engenho e saber-fazer (savoir-faire, know-how).
Mas chega de firula. O tema é a RELVA do novo Beira-Rio, que está prestes a ser semeado e plantado. Longe de ser um capim ou pasto qualquer, a gramínea escolhida apresenta qualidades excepcionais e crescerá sobre um terreno elaborado com base numa tecnologia de ponta.
Na natureza selvagem
Pra nos esclarecer alguns pormenores a respeito, entrevistamos ninguém menos que o pesquisador-chefe do Laboratório de Graminística Aplicada da Faculdade de Agronomia e Jardinagem da renomada Humboldt Universität, Berlin, Prof. Dr. Günter Grass, que presta assessoria a empresas especializadas em cultivo de gramados esportivos na Europa e no resto do mundo.

Henze Saci:Herr Professor, seus estudos elevaram a excelência dos gramados nos principais estádios de futebol...
Prof. Dr. Günter Grass: — E também nos estádios de tênis e campos de golfe.
HS: — Sim, onde quer que uma grama especial faça diferença. Mas no caso do futebol, o padrão exigido pela FIFA obriga os clubes a investirem alto em seus gramados...  
GG: — Não só a FIFA e a UEFA, também as redes de televisão e os próprios clubes. Em parte pelo fator visual, e a estética é importante tanto na tela como ‘in loco’, e em parte por questões técnicas, no sentido de otimizarem o desempenho dos atletas e evitar-lhes lesões ou fadiga excessiva.
HS: — Qual o diferencial dessa grama? Podemos chamá-la de supergrama?
GG: — Supergrama talvez seja um termo exagerado, mas pode-se dizer que está pras gramas comuns assim como estas estão pro capim.
HS: —Ahã, e no que ela é melhor que as gramas comuns ou o capim?
GG: — Veja bem, a ‘supergrama’, como queira, é fruto dum contínuo aperfeiçoamento, de modo a adaptar-se perfeitamente aos mais diversos microclimas, suportar intempéries, manter-se no nível desejado, etc.
HS: — Como assim, “manter-se no nível desejado”? 
GG: — Ela tem de crescer o bastante, nem mais nem menos. Se cresce muito rápido, há a necessidade de que seja aparada com muita freqüência, e isso prejudica a sua durabilidade, além de ser inconveniente; se cresce de menos, pior ainda, o solo começa a aparecer e a erodir.
Prof. Dr. Günter Grass em pesquisa-de-campo
HS: — Ou seja, num caso vira pasto ou capinzal; no outro, fica parecendo uma plantação de batatas. 
GG: — Exato. Ademais, é desejável que cresça uniformemente. 
HS: — É uma grama transgênica?
GG: — Rã-rãmmm! O adjetivo “transgênico” está impregnado duma conotação meio pejorativa. Em todo caso, é inadequado à grama esportiva, pois ela não é modificada geneticamente, no sentido estrito do termo. Ela advém do cultivo experimental e da miscigenação controlada de certas variedades.
HS: — É um meio-termo?
GG: — Veja bem, é um meio-termo no sentido de reunir as qualidades da grama natural e da sintética, metaforicamente falando, um verdadeiro tapetão.
HS: — E ela requer o uso de chuteiras especiais?
GG: — De modo algum. No caso, requer apenas um terreno específico, plano, uniforme, dotado tanto de irrigação quanto de drenagem adequadas.
HS: — A drenagem será a vácuo, secará até o suor dos uniformes durante as partidas. Mas falando em terreno, o do Estádio Beira-Rio, que, como o Sr. sabe, está sendo reformado em função da Copa do Mundo, enfim, os elementos desse terreno, com camadas de brita e areia, foram enviados pra análise nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Na camada arenosa inclui ainda fibras elásticas de papoula... Não é exagero, já que o relvado do Beira-Rio sempre se notabilizou por ser uns dos melhores do Brasil, tendo inclusive sido eleito mais duma vez como o melhor de todos em enquete feita junto aos times da Séria A? 
GG: — De jeito nenhum, porque tal substrato será permanente, dele dependendo que as sementes brotem e as mudas vinguem...
HS: — Partes das sementes e mudas é importada, do tipo bermuda, mais especificamente da marca Tiefgrand®, tida como inédita no Brasil (a qual será reforçada com a Lolium Perenne, vulgo azevém ou erva-castelhana, em função do inverno). O que o Sr. acha, vale a pena?
O Senhor é meu pastor, e eu quero pastar.
GG: — Ô se vale! Boa escolha, pois se trata duma variedade híbrida que foi desenvolvida na Universidade da Geórgia, a qual modéstia à parte sempre se vale de meus estudos e opiniões. Ela cresce bem, mesmo com pouco sol, é resistente ao frio e ao calor, densa e de tamanho médio, orientada verticalmente, de cor verde-escura e boa luminosidade (quer sob luz artificial, quer sob natural), viceja com pouco fertilizante e mesmo com pouca água, não é muito apreciada por gafanhotos e outras pragas...
HS: — Mas é comestível?
GG: — Perfeitamente, muito saborosa; lembra o radicchio (vulgo piçacam). 
HS: — E os quero-queros, ave-símbolo do Rio Grande do Sul, conhecida como “Sentinela dos Pampas” e parte integrante do espetáculo ludopédico no Beira-Rio, poderá habitar o novo gramado? 
GG: — Nem os jogadores e muito menos os quero-queros terão de se reabituar ao relvado.
HS: —  O Senhor pretende vir à Copa do Mundo?
GG: — Sim, estou muito interessado em conhecer as belezas naturais desse imenso país.
HS: — Pois venha à Porto Alegre, que não se arrependerá.
GG: — Sem dúvida.
HS: — Mais alguma informação que o Sr. gostaria de acrescentar.
GG: — Hã, deixe-me ver... Sim, sugiro que, na relva em apreço, imiscuam uma variedade compatível do trevo-de-quatro-folhas, a fim de proporcionar um visual diferenciado e trazer boa-sorte ao time da casa. E também que toquem música erudita à beira do gramado; Mozart por exemplo faz um bem danado às plantas.
Bucolismo
HS: — Transmitirei o seu alvitre ao nosso Diretor de Patrimônio. Muito obrigado pela privilegiada entrevista.
GG: — Não tem de quê, a satisfação foi minha. Uma ótima reforma pra vocês e cada vez mais sucesso.
HS: — Mais uma vez obrigado.
GG: — De nada.
HS:Auf Wiedersehen!
GG:Auf Wiedersehen!




terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

GENEALOGIA COLORADA

Eis o texto de estréia do até então pitaqueiro Gamarra Django (ou simplesmente Djamarra)
um dos estopins de certa diáspora no qual apresenta credenciais que o tiram do incômodo (pra alguns...) ANONIMATO SEM CACHORRO e ilustram o coloradismo de sua família. Quase ao final, permite-se revelar um sonho "frustrado".

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GENEALOGIA COLORADA

Tudo começa com meu bisavô, sócio efetivo número 586 do S. C. Internacional.
Caderneta de sócio nº 586
E continua com meu avô, sócio efetivo número 927 do S. C. Internacional.
Caderneta de sócio nº 927

Meu avô foi arqueiro do Internacional. Participou do memorável grenal de número 55, mais conhecido como “grenal dos 11 a zero” (o resultado oficial foi Inter 6 x 0 Grêmio), ocorrido em 1º de Novembro de 1938. Lembro-me dele contando (mais de uma vez) que o árbitro (Álvaro Silveira) anulou cinco gols legítimos do Internacional, e, depois do jogo, quando inquirido sobre o fato, declarou que o fez, pois achava que "era gol demais para um só grenal". Meu avô participou, também, da formação inicial do Rolo Compressor. Aparece na foto abaixo, ao lado de Tesourinha, Carlitos entre outros. 

Formação inicial do Rolo Compressor
Mas ele teve um problema de doença na família (a esposa dele teve uma grave doença — isso ocorreu quando ele tinha cerca de 20 anos, imaginem a pancada), o tratamento era muito caro e os remédios precisavam ser importados dos Estados Unidos. Foi falar com os dirigentes do Inter, mas disseram que tudo o que o Inter poderia fazer seria permitir a venda dele, caso surgissem propostas. Um dirigente se dispôs a pagar o tratamento do próprio bolso, mas meu avô não aceitou. O Grêmio comprou seu passe e ele usou o dinheiro da venda no tratamento da doença. A permissão da venda dele para o Grêmio foi uma concessão feita pelos dirigentes do Inter, pois esse tipo de transação nunca foi comum. Infelizmente o tratamento não surtiu resultado e ela veio a falecer. Eu não conheço detalhes dessa época, mas dizem que ele viveu um par de anos como um morto-vivo. Meu avô, com as forças que tinha, jogou no Grêmio nos anos derradeiros do Rolo. Certamente, pelo HOMEM que foi, deu o seu melhor.
Time do Grêmio que interrompeu a sequência de vitórias do Rolo em 1946

Para mim nunca admitiu torcer por nenhum time. Era "grenalista", mas minha avó confidenciava que ele torcia pelo Grêmio. Foi o primeiro jogador gaúcho a ganhar o Belfort Duarte. Após encerrar a carreira de jogador foi árbitro e técnico. Em paralelo a isso tudo trabalhou na IBM e criou do nada a maior biblioteca particular sobre a história do Rio Grande do Sul (a qual a PUCRS adquiriu há pouco tempo). FOI UM GRANDE HOMEM!

Meu pai é filho da segunda esposa de meu avô. Era zagueiro. No início da década de 70 jogou nos juvenis do Inter ao lado de Cedenir, Norival, Falcão e Jair, entre outros. Naquele tempo os juvenis eram a última categoria antes do profissional e era difícil subir. Meu pai atingiu a idade limite no Inter e não subiu. Falcão e Jair eram um ou dois anos mais jovens e subiram nos anos subsequentes. Antes ele havia jogado pelos juvenis do Grêmio, mas isso não vem ao caso. Citei apenas pra publicar a foto abaixo.
Atuando pelo Grêmio num grenal de juvenis
Minha avó, depois de muitos anos, contou que um dirigente do Inter fora à casa de meu avô dizer que gostaria de fazer contrato profissional com meu pai, mas iria mandá-lo pegar experiência no interior gaúcho antes de vir para se juntar ao grupo profissional do Inter, algo comum para a época. Meu avô fez exigências impensáveis. Disse que concordava desde que ele tivesse passe livre assim que voltasse ao Inter. Nestes termos o acordo não aconteceu. Meu pai não ficou sabendo dessa conversa na época. Foi apenas após a morte de meu avô que minha avó contou essa história. Meu pai fala da boca pra fora que isso é invenção da minha avó. Talvez a experiência que meu avô teve com o futebol e com o Inter o fizeram recusar a proposta, talvez a preocupação com o futuro do filho. Provavelmente um pouco de cada. Talvez seja um devaneio meu, talvez não, mas quem sabe ele não teria jogado ao lado do Figueroa?

Se tudo isso tivesse acontecido — meu avô ídolo do Rolo e meu pai tricampeão brasileiro — provavelmente eu teria me criado dentro do Beira-Rio. Pela personalidade de meu avô desconfio que ele teria se envolvido na política do clube. Eu teria idade para participar dos grandes títulos da década passada, do tetra brasileiro de 2005 em diante. Não que eu tenha um grande futebol, mas se crescesse nesse meio talvez as coisas fossem diferentes e eu tivesse uma oportunidade — se Bolívar e Edinho podem, por que eu não poderia?

 

Enfim, hoje eu e meu pai somos fervorosos torcedores anônimos do Inter. Um pouco acomodados, torcedores de sofá. Aguardando um estádio com acesso fácil e confortável. Fui sócio de carteira vermelha mesmo sem o hábito de comparecer ao estádio (mas fui a todos os jogos na campanha do título da Copa Libertadores da América, em 2006 — no Beira-Rio, logicamente), mas a demissão do Falcão foi a gota d'água e cancelei o título como forma de protesto.

Mas eu não tenho dúvida que toda essa história poderia ter sido bem diferente. E há gente que acha que tem controle sobre o destino. O destino nada mais é que um desatino das probabilidades.


Gamarra Django, “El Vingador Colorado”
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domingo, 24 de fevereiro de 2013

BRE-NAL 396

PÓS-JOGO (Colorado 2 x 1 gremixo):
Como no outro bre-nal, fizemos 2 a 0 pra em seguida deixá-las descontar (desta vez em penalzito mandrake visando tirá-las da roda a torcida colorada começava a gritar "olé" aliviar a Síndrome de Abstinência de Analvalanche e recolocá-las no jogo). Começamos nervosos a peleia, aos poucos o time foi encaixando, abrimos vantagem, goleada pintando, mas depois do tento gazélico os nervos recomeçaram a pegar. Os destaques foram Gabriéu, Furlã (1º gol, de penal) e Moleds (ampliou de cabeça em escanteio do Furlã). Dale jogou a contento, apesar de ser muito visado (chegou a se pilhar com uma gazela afoita e tomou-lhe amarelo). Gostei ainda do Fabrício Chupa-Cabra e um pouco do Ruã. Do Furédi eu esperava mais. Mas valeu, metemos as imorríveis de novo e estamos nas semis da Taça Piratinica.
Agora vou tomar um ar na rua, deambular e espairecer.

PS: Que venha o Esportivo! Cacias e Saint Louis definem o outro finalista.


PRÉ-JOGO:
Na 6ª-feira, dando uns tapas no caderno de esportes da Zêmio-Hora, tablóide-mor da Rébis (coisa que muito raramente faço, e sempre com ojeriza e obliquamente), me deparei com a seguinte pergunta em meio à lambeção maldisfarçada que escorria das páginas fedorentas louvando a vitória do timaço imorrível sobre os pós-de-arroz no Engenhocão pela Libertas:
Quem tem mais a perder com o Bre-Nal 396, válido pelas 4ªs da Taça Piratinica?
Trata-se duma pergunta retórica com segundas intenções. A resposta está subentendida, mas não deixa de ser elucidada como se fosse uma revelação: Somos noses, pois temos apenas o Gauchonga pra jogar até a estreia da CoBra a 3 de abril contra o time homônimo da longínqua capital acriana, enquanto o gremixo firmou o passo na maior competição das Américas.
Reparem que a pergunta não é "quem tem mais a ganhar"; a conotação, em função da resposta "óbvia", é negativa.
Minha interpretação, no entanto, é a de que quem tem menos "a perder" é o gremixo, pois está acostumado a sair perdedor do derby. Com uma condição: não mandar a "máquina tricuzeta" ao campo de batalha. A princípio, a questão ficou no ar; na 6ª-f., deram a entender que iriam de mistão; daí ontem pararam de se fazer, vão de reservas ou semi-reservas mesmo, como no embate de Erechim (então comandado pelo dublê de ténico), perdido por "aceitáveis" 2 a 1 (tivesse sido goleada, coisa que o juizeco fez de tudo pra não deixar acontecer, com ajuda providencial do nosso guarda-redes, talvez o time delas pra hoje fosse outro).
Em suma, o arquirrival vem meio "descompromissado", como franco-atirador de cu apertado e piscante, jogando a responsabilidade pra cima do Inter ou tentando tirar-lhe o foco. Perdendo, Lixemburgo se livra do "incômodo" Gauchonga; ganhando (toc-toc-toc), esculacha o time titular do Dungão.
Esta é a segunda partida em Caxias da história do derby (0 a 0 em 21/3/65), desta vez no Centenário; defendemos uma supremacia de 50 anos no interior (5 vitórias, 2 empates e 1 derrota).
Nosso time tem poucas mudanças em relação ao "ideal": Uílians, alento da volância, segue no DM, enquanto Ygor retorna de lesão e nos poupa de ver Értu fazendo dupla com Jozymar. Ronauduáuvis, que vinha bem na zaga, ontem sentiu uma fisgada durante o rachão e é desfalque; entra Ruã. A palavra-chave do arqueiro Muriéu é comunicação (capacidade adquirida por ele não faz muito).
De quebra, o ídolo Dalessandro completa 200 jogos com o manto colorado (número este contestado por um "historiador").
Do outro lado, apenas o goleiro Dida e zagueiro Werley de titulares. O ataque é "perigoso", com a dupla Welliton e Moreno.
O carequinha Jampierre apita, auxiliado por Hausmann e Barison.
Em caso de empate, decide-se a vaga nos penais.

INTER:
Muriéu; Gabriéu, Moleds, Ruã e Farbício; Ygor, Jozymar, Furédi e Cabezón; Furlã e Damien.
Ténico: Dungo.

BRÊMIO:
Dida; Tony, Bressan, Werley e Alex Telles; Adriano, Matheus Biteco (Gerson), Marco Antônio e Bertoglio; Welliton e Marcelo Moreno (Willian José).
Ténico: Luksa.
PRA CIMA DELAS!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O SACI E O BARRETE FRÍGIO

Africano de barrete frígio
Todo mundo sabe que o Saci, mascote do nosso amado S.C. Internacional, surgiu no folclore indígena do Sul do Brasil (fins do séc. XVIII), na figura dum curumim endiabrado. Depois passou a ser representado como o conhecemos, sendo que o espírito da coisa continuou o mesmo: um negrinho perneta de gorro vermelho e cachimbo. Esse cachimbo dizem ser de influência africana; mas e o igualmente inseparável gorro encarnado, de conotação mágica, também veio daí?
É plausível que sim. Conjeturo que tenha adentrado na África a partir da Frígia, reino da Antiguidade situado no Centro-Oeste da Anatólia, atual Turquia (ver nota no final). Desse povo ficou célebre um adereço (vulgo "acessório") que cobria a cabeça de Páris (filho do rei troiano Príamo) e depois adotado no Império Romano pelos prisioneiros persas (Mitra, divindade da Pérsia, já no séc. XVI A.C. aparecia com ele, assim como os Reis Magos, nos quais simbolizava a magia) e em especial pelos escravos manumissos (i.e. alforriados), representando a LIBERDADE.

Barrete frígio
Trata-se do BARRETE FRÍGIO (pros romanos 'pileus', píleo), que nada mais era do que um gorro rubro. Bem mais tarde, essa carapuça se tornou símbolo da liberdade na Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775 a 1783) — está na bandeira do Estado de Nova Iorque e no e no selo do Senado norte-americano. Ganhou fama durante a Revolução Francesa como insígnia da liberdade e do civismo, o gorro vermelho dos revolucionários ('le bonnet phrygien'); finda a Revolução, passou a adornar a formosa Marianne, figura alegórica da República Francesa. Na sequencia, foi usado pelos heróis nacionais do Québec, os Patriotas da rebelião de 1837-39. Do séc. XIX em diante, foi adotado como símbolo dalguns países latino-americanos (Paraguai, Argentina, Haiti, El Salvador, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Colômbia).
Curiosamente, gorro semelhante é usado pelos Smurfs (Les Schtroumpfs); só o Papai Smurf usa o vermelho em vez do branco...
A digressão acima, que coloca em perspectiva horizontes remotos, pode parecer apenas encheção de linguiça, mas tem tudo a ver com a origem, a história, os ideais e a alma da Academia do Povo. E o seu avesso caracteriza nosso arquirrival, o clube da segregação e da soberba, com o qual mais uma vez nos defrontaremos neste domingo (pela 396ª vez). A peleia tem como palco o  Centenário, nossa casa provisória.
Marianne em versão 'sex appeal'




NOTA:
Frígia, antiga região do centro da Ásia Menor, ao Sul da Bitínia, que devia seu nome aos Brígios ou Bébrices, horda de Pelasgos da Trácia. Esta região dividia-se em Pequena e Grande Frígia; cidades principais: Icónio, Cízico, Lâmpsaco, Abido, Tróia, Górdio, Ancira, Pessinunte, célebre pelo culto de Cíbele. Os Frígios, cujas artes floresciam e cujo país era duma grande riqueza, repeliram os Hitidas; mas, no fim do séc. VII, Midas, seu último rei, viu os seus estados devastados pelos Cimérios. Conquistada por Creso, rei da Lídia, passou para o domínio dos Persas, dos Macedônios, dos Gálatas e por fim dos Romanos." (Lello Universal)



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

LEVANTANDO A BUJARRONA

Segue abaixo um texto do ilustre advogado, navegador e comentarista de escol Ciffero de Parvalho, escrito especialmente pra este blogue.
Henze.


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Levantando a bujarrona
 
As primícias de qualquer periódico ou, no caso específico, de um weblog que surge – ou ressurge –, trazem, em si mesmas, necessariamente, um espírito aventureiro, no qual se aloja, sub-repticiamente, a força para ir adiante, tanto mais intensa e corajosa quanto estiver carregada de hybris, temperada, é claro – sejamos benevolentes – por algumas pitadas de modéstia judaico-cristã.

Falar de futebol, em especial do nosso Internacional, clube fundado pelo niteroiense Poppe Leão (“A quem é nosso dever darmos glória, e é nossa salvação darmos graça”), implica estar ciente do caráter exógeno que desde o princípio instituiu o clube, qual seja, o do “estrangeiro” que, ao penetrar em terra de – como diria Saint-Hillaire – muito mosquito (e, como acrescentaria este que vos fala, algum racismo), opta por abrir a todos o clube que fundara, independentemente da cor com que a genética tenha resolvido matizar a epiderme de cada ser humano.
Faço esse intróito para justificar, dialeticamente, o espírito tranquilo e endógeno, presente em um passeio marítimo que, no final de semana, realizei pela Baía de Guanabara, rumo à ontologia vermelha mais profunda, isto é, à terra de nosso Presidente-Fundador. Em tal passeio – como se vê na foto que abre esta matéria – contei com a companhia e o estímulo de uma senhorita profundamente carmim em termos vulvares, e alva, em termos epidérmicos: uma moça inegavelmente colorada portanto, que, em seu vestido amarelo-esperança, ajudou-me a LEVANTAR A BUJARRONA com incrível facilidade.
Da viagem pelas aprazíveis águas guanabarinas, passo, aqui, metafórica e rapidamente a outro espécie de passeio, o ludopédico, que espero sejamos capazes de perpetrar sobre a malfadada equipe de três cores, frequentadora contumaz da  segunda zona do futebol tupiniquim.
O Campeonato Gaúcho, que ora adentra sua primeira etapa decisiva, serve, de um lado, como laboratório para o que se vislumbrará no futebol colorado em 2013, para que os jogadores e a comissão técnica demonstrem a que vieram; de outro, serve, reflexamente, como indicador das reais expectativas que os torcedores colorados poderão entreter para o Brasileiro que se aproxima (entre esses colorados estão, diga-se de passagem, os que dedicam seu tempo a escrever sobre o clube).

Seria indício de boa vontade e de extrema proficuidade anímica para a torcida colorada ver Dunga e seus comandados começarem, neste domingo, a navegar DE VERDADE, tranqüila e serenamente, pelas águas do bom futebol, COM VONTADE DE LEVANTAR A BUJARRONA. E sem amarelar. A única amarelada que aceito, nestas alturas do campeonato e da vida, é a moça da foto, minha nova secretária.

Maritimamente,
Ciffero de Parvalho, navegador epicurista

Pau da bujarrona do barco colorado, que deve ser mantido
 em 35º de inclinação até o final de qualquer campeonato.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O FUTEBOL TOTAL DO FUTURO

Ontem à noite, tendo jantado um peixe meio forte e bebido vários chopes (esqueceram de cobrar 2 canecos), quando até que enfim assentei o porongo no travesseiro pra dormir o sono dos justos, tive um ‘insight’ sobre a postagem anterior (“Guarda-redes”). É uma ideia que dá conta da fartura de goleiros. Trata-se duma posição-chave muito delicada: o titular pode ir do céu ao inferno em segundos.  E os reservas? Coitados, estão restritos aos treinos e a uma remota possibilidade de atuar. Goleiro titular dificilmente se lesiona ou é suspenso; quando defende a meta de modo razoável, tende a ser mantido ad infinitum pelo técnico. Como consequência, o reserva imediato fica dividido, meio que torcendo pra ter uma chance, ou seja, secando o titular... O que falar então do 3º e do 4º goleiros? Desmotivação, vontade de ser vendido ou emprestado, acomodação, por aí.
Esse problema se resolveria com a adoção dum inovador Futebol Total. De quebra, o esporte se tornaria muito mais dinâmico e proporcionaria mais gols a cada partida. Empates chochos de 0 a 0 talvez nunca mais acontecessem.

O básico resume-se no seguinte: o 12º jogador não seria mais a torcida ou o juiz, e sim um goleiro adicional, o qual teria sua própria goleira em vez de apenas dividir a goleira com o outro goleiro da equipe (até porque dois goleiros sob a mesma trave tenderia a provocar batidas de cabeça etc.). Quatro goleiras portanto, cada uma delas centralizada em cada linha externa do gramado. Haveria ainda um ajuste nas proporções do campo: em vez dum retângulo, um quadrado. Isso implicaria na transformação das laterais em linhas-de-fundo (eliminando, também de quebra, a escassez de bons laterais). Os escanteios abundariam. Detalhe: se a bola sai pra fora a partir da área, é escanteio, senão é lateral; ou seja, cada uma das 4 linhas-de-fundo estaria divida em linha-de-fundo propriamente dita, indo da trave até a linha da grande-área e determinando a marcação de escanteio, e a linha-de-lateral, indo da linha grande-área até a bandeirinha, determinando a marcação de lateral.
Mas chega de descrição, a imagem abaixo fala por si:

 
Cada goleiro do time A ocuparia a goleira oposta a um dos goleiros do time B.

O impedimento perderia sua razão de existir, estaria abolido.
Pra começar a partida, de acordo com o sorteio, um time escolheria a metade longitudinal ou a latitudinal, estando vetado a ambos os times dispor qualquer jogador seu dentro da área adversária antes de o juiz apitar. Esse veto se aplica obviamente a cada reinício de partida no círculo central, isto é, após o gol.

Os goleiros do mesmo time nunca ficariam dispostos um de frente pro outro: têm de ocupar a goleira diagonal do outro, invertendo da esquerda pra direita (ou vice-versa) no 2ºt. Por exemplo: se o goleiro A¹ tiver o A² à sua esquerda no 1ºt, no 2ºt terá de tê-lo à direita.
No intervalo, um dos goleiros do time A teria de trocar de lugar com um dos goleiros do time B. Explicando melhor: os goleiros A¹ e A² poderiam trocar de goleira entre si, assim como ao B¹ seria lícito fazer o mesmo com o B², pra daí então um deles trocar de lugar com o goleiro adversário que estiver oposto a ele, a saber, o que tomou o último gol do primeiro tempo.
Lógico que seria necessário construir de novos estádios pra acomodarem os campos quadrados, necessidade essa que se constitui mais em vantagem do que desvantagem.

Aí está o básico da coisa. Daqui a 10 ou 20 anos o presidente da FIFA ligará me convidando pra ir a Zurique (em primeira-classe receber e com direito a limusine no aeroporto) as homenagens por ter sido o pai da revolução ludopédica, por ter solucionado a “quadratura do círculo” no esporte mais rentoso e fascinante do planeta.

EM TEMPO:
1) Desenvolvendo a sugestão do Ciffero (além da do Gamarra) dada nos coments, qual seja, a de que cada meta fosse designada como a Rosa-dos-Ventos (goleiras N, S, E, O), os cornes seguiriam a mesma designação: NO, NE, SO, SE.

2) Os técnicos com suas respetivas casamatas ganhariam nova disposição: não mais na mesma lateral, pois nem sequer há mais lateral como a conhecemos, mas sim estariam posicionados diagonalmente um ao outro.

3) Outra vantagem é que todos os setores da torcida ficariam "atrás gol" (e também de frente etc., com uma perspectiva de vários ângulos).


 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

GUARDA-REDES

Possuímos quatro goleiros no plantel profissional, qualquer colorado minimamente informado sabe quem são eles. Agora me pergunto: é preciso ter um quarteto disponível pra defender o gol, ainda mais sabendo ser muito difícil o titular proporcionar chance doutro jogar? quanto custam à folha? Sem falar que periga ser preciso fundir três deles pra sair um goleirão de verdade... Mas não vou me adentrar nesse mérito. Apenas farei aqui uma breve e descomprometida apresentação de cada um deles.
 
MURIÉU AKHENATON BECKER, codinome Arcanjo, o Camisa 1: 26 anos, 1,90, 116 partidas. Tomou a titularidade do Renango, do qual dizem que herdou também certa tendência à depressão. Antes disso, fez sucesso na Série B pela Portuguesa em 2009 (e por isso o seu empréstimo não foi renovado em 2010). Nalgumas ocasiões, parece um bom arqueiro, embora apenas recentemente tenha aprendido a socar a bola pra fora da área, graças a umas dicas do mítico Cremer, e mesmo a se comunicar com a defesa, até que põe toda essa impressão positiva por água abaixo, em especial num jogo decisivo (quando então “bracinho-de-jacaré” e “mãos-de-alface” viram elogio). A deficiência técnica maior talvez seja não saber sair do gol, ou não saber ficar… Outro porém decorre do fato de sofrer de intestino nervoso (não por acaso o intestino é considerado pela medicina atual como o “segundo cérebro”), além de ter trauma por não pegar pênalti. Natural de NH, é cria do Celeiro de Ases. Pensou em ser goleiro porque gostava muito de jogar frisby em Cidreira, onde veraneava com a família e o cachorro, que também fazia parte da família e teve importante papel na excelência de Muriéu como frisbeiro (dizem que esse cachorro inclusive era melhor que ele). Hoje prefere o vídeo-game.
 
ALISSON RAMSÉS BECKER, irmão caçula do Muriéu: 20 anos, 1,93, 1 partida. Também criado nas categorias de base do Inter. Sempre perdia pro Muriéu no frisby, e essa frustração gerou nele a necessidade de seguir seus passos, até que um dia pudesse superá-lo. Esse momento parece estar chegando ou mesmo ter chegado. Fez sua estreia profissional na última partida do Colorado, contra o Cruzeirinho domingo passado, e empolgou a torcida (tomou um gol miserável de empate aos 45’ do 2ºt, mas “não teve culpa”), a ponto de alguns (Gamarra et al.) pedirem a sua titularidade, ou seja, de quererem o “goleiro do futuro” agora! Como eu já disse, perdi essa atuação única. Não há informações fidedignas sobre o seu hobby.
 
LAURINDO SCAFANDRO DE LA CRUZ: 32 anos 1,93, 114 partidas. Originário da Toca da Raposa, onde era incompreensivelmente o 3º goleiro. Seu auge ocorreu defendendo o Inter em 2009, na conquista da Copa Shulamericana, p.ex. com defesas reflexas de olhos bem fechados na Bombonera que espantaram a torcida e a mídia portenha. O porte e a envergadura também chamaram a atenção (uma "muralha"). A nossa diretoria fez um esforço à época pra evitar que fosse vendido. Entretanto, tiro-de-meta não era com ele: geralmente mandava pra fora, e era melhor assim. Ademais, notabilizou-se pelos rebotes de peito, agachado. Raras vezes arriscava sair do gol, pois se perdia já ao deixar a pequena área, onde aliás não raro desabava sob o travessão, como se quisesse deixar a bola entrar por cima; vem daí a alcunha de Cuecão-de-Chumbo. Perdeu a titularidade quando o Fosatti assumiu a casamata: o véio Fossa quis o veterano Patoabbondanzieri pra encarar a Libertas de 2010. Mas mesmo nessa competição Laurindo se destacou: meteu porrada na final da Batalha de Quilmes. Porém o fato de ter perdido a oportunidade de levantar aquele caneco da LA como titular o desmotivou um pouco. Após ser emprestado e devolvido umas duas vezes, retornou de novo ao Inter este ano, ninguém sabe bem por quê. É o único a quem Dungo ainda não deu chance (o mais perto foi ter ficado no banco contra o Cruzeirinho). Passa as horas dedilhando canções de Sérgio Reis ao violão e jogando pôquer (às vezes as duas coisas ao mesmo tempo). É considerado o nosso melhor goleiro por alguns experts.
 
ARGENOR DETEFON: 26 anos, 1,87, 8 partidas. Gaúcho de Erechim, passou a infância no interior paulista. Além das lides do campo, trabalhou como ajudante-mirim de pedreiro. Desde piá, sempre que podia, estava uma bola ou qualquer outro objeto (latinhas, pedregulhos, tijolos, baldes de cimento etc.). Nunca aceitava ficar no gol. Certa feita, numa chuvarada que espantou toda a gurizada do campinho, ficou treinando consigo mesmo, e um imprevisto o pegou de surpresa: tomou-lhe uma descarga elétrica no lombo ("Raios me partam!") e nunca mais foi o mesmo, tendo sobrevivido por milagre (desnecessário dizer isso, mas enfim). Recuperado desse episódio, passou a driblar e chutar como ninguém. Conseguiu uma vaga de gandula num clube qualquer e logo chamou a atenção do técnico, pois em vez de repor a bola, driblava com facilidade os jogadores. Detentor de potente canhotaço e bom batedor de penais, atuava como atacante até vir pro Jumentude em 2005, onde quebrava o galho como goleiro e gandula durante os treinos; em 2006, passou pro Inter. Estreou de modo inusitado nas 4ªs do Gauchonga/2008: todos os 3 goleiros de então (Renango, Muriéu e Crémer) tinham sido acometidos de hepatite A num jogo pela CoBra no Sertão Nordestino (não lembro contra qual clube). Destacou-se atuando pelo Criciúma por empréstimo em 2010, conquistando o acesso à Série B (personalidade muito elogiado pelo técnico Argel, ganhou “frases de Chuck Norris” da torcida tigrense). Na única partida que atuou nesta temporada, contra o Chinelajeadense, aceitou um chute de merda no finzinho do 1ºt e passou o resto da partida olhando como um gandula os chutes passarem perto de sua goleira. Gosta de pescar no Guaibão.
OS QUATRO ARQUEIROS DO APOCALIPSE


 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Recapitulando

Pelo visto, a função ontem rendeu no Boteco do Saci. Não faltou ceva, mulher e até futebol.
Falando em futebol: já que o Gauchonga continua existindo, pro bem e pro mal, e que a postagem de retomada do blogue deu o que tinha que dar, vou rabiscar uma recapitulação.
Tivemos 8 partidas pela 1ª fase da Taça Piratini. Nas duas primeiras rodadas, em razão da pré-temporada, fomos a campo com um amontoado sob a batuta do Lossmar: estreia com empate de 1 a 1 contra o Passo Fundo (gol do Cassiano), seguida de vitória de 2 a 1 contra o Cerâmica (gols do Maurinho).
Veio a estreia do Dungo com os titulares, dentre eles os recém-chegados Gabriéu, Élder e Williams, 0 a 0 contra o Noia, gols de ninguém. Em seguida, a vitória barata de 2 a 1 contra o mistão do Brêmio comandado pelo Roger (Furlã e Damien desencantaram, Muriéu deixou as gazelas descontarem). A escalação dessas 2 partidas foi repetida, enquanto as substituições mudaram um pouco:  contra o Noia entrou Élder, Jóquei Paulo e Giuberto nos lugares de Gabriéu, Datlo e Furlã; contra o cocô-irmão, Josimar, Vitojúnio e de novo Giuberto respectivamente rendendo Datlo, Furlã e Damien. Nomes que chamam a atenção pela ‘constância’: Datlo saindo e Giuberto entrando (Cassiano foi abduzido).
Contra o Lajeadense, Dungo foi de reservas, botando até o Argenor no gol (jeitão de gandula interiorano), e sofreu sua 1ª derrota num gol trouxa ao finzinho do 1ºt. Contra o Pelotas voltaram os titulares. Foi o jogo em que o Datlo sentiu uma fisgada logo no início (entrou Josimar), com o que Frédi se posicionou mais à frente e, casualmente ou não, a arte ludopédica fluiu e deu gosto de ver, 2 de Furlã (1 assistência do Dale) e 1 do Damien, destaque pra atuação do Frédi. O foda foi que não só o Datlo se machucou: Williams, que discretamente fazia excelente partida, acabou tomando-lhe um tranco no joelho, pagando o pato pela goleada em cima do anfitrião; em seu lugar, ninguém menos que Éltu, o filhote de cangaceiro. E Dale saiu pra entrada do Ruã. Pelo lado adversário, chamou a atenção o Filipinho, que era do Inter e chegou a ser apontado pelo Pato como seu “sucessor”.
Na seqüência, tivemos o Caxias no Centenário, peleia muito disputada no aguaceiro e vencida na raça e na bola, 2 a 0, Damien e Dale lavaram a égua. A dupla Josimar & Éltu na volância. Maurinho, Élder e Giuberto renderam Dale, Furlã e Damien.
Por fim, não pude assistir ao 1 a 1 contra o Cruzeirinho nesse domingo. Fomos de mistão. Ruã jogou no lugar do Moleds; gurizão Alisson “estreando” no gol (falta o Laurindo…), Jotapê (Maurinho) e Giuberto (o promissor Nathan Cachorrão) jogaram de titular, mais a volância do medo;  Vitojúnio também jogou (entrou no lugar do Fred). Com o empate esse cedido no fim do jogo, pegaremos o TP Grezembe pelas 4ªs de final, mando de campo nosso (Centenário). Semana de treinos pra nós e de pedreira pra elas…
O que concluo disso tudo? Quase nada. O time titular vem prometendo; o problema é o banco, ainda mais com as baixas do Datlo e do Williams.
Vamos ver.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Ruque-Raque 'redux'?


Tô passando por aqui, o que significa que ainda penso e blogo existo. Com mais de ano sem postar nada, o blogue parece aquelas casas há tempos fechadas, cheias de lençóis sobre os móveis e teias de aranha.
A atividade paranormal de blogueiro é uma das mais complicadas. A grande maioria dos que se aventuram na blogosfera acabam de saco cheio e desistem por falta de ibope, ainda mais se o nicho escolhido anda saturado.



Sinta o clima aqui
Os poucos que logram sucesso tampouco estão livres de percalços. O sujeito pode sentir-se pressionado a não deixar a peteca cair, ou cansado de girar o realejo, ou estressado por ter de lidar com momentos pouco animadores e com interlocutores “difíceis”. Ademais, acontece de o sucesso subir à cabeça de modo conflitivo. Temos então uma desordem histérica, a SÍNDROME DA PRIMA-DONA, cujos principais sintomas são o PITI (faniquito), o CU-DOCE, a EGOLATRIA, a TPM, a RABUGICE, o MELINDRE, o ORGULHO, a CHANTAGEM EMOCIONAL, a DRAMATIZAÇÃO, o COQUETISMO etc.  O blogueiro acometido desse mal torna-se muito difícil de lidar, tipo “AME-O, OU DEIXE-O”, agindo como se não existisse vida inteligente e nem sequer oxigênio fora de seus domínios. Requer psicoterapia intensiva e até medicação. Obviamente, não é o meu caso, nem poderia (não faz meu gênero, e comigo não cola).
Enfim, eu tava meio sem ter o que fazer e resolvi visitar meu velho blogue abandonado de guerra. Nesse tempo todo, muita água rolou pelo moinho do Sport Club Internacional, nem vale a pena recapitular. Findou a era DORIVALIUM, veio a era FERNANDEL. Agora é a hora e a vez de DUNGO com PAICHÃO, contratados após a reeleição do LUÍDI e renovação do CEDÊ. O plantel foi mais ou menos reformulado – várias dispensas e algumas contratações. Por causa da reforma do Beira-Rio, jogaremos todo 2013 em casa alugada, mais especificamente no Centenário, que em vista disso vem recebendo um up.

Apesar dos pesares, tô levando fé. De momento fazemos boa campanha no GAUCHONGA (tido por engana-bobo e tachado de Bosta de Gauchinho por alguns). Neste domingo p.ex. encaramos o Cruzeirinho (8ª rodada da Taça Piratinica). Logo virá a COBRA (estreia em 3/4 contra o Rio Branco – AC) e o BRASA; no 2º semestre, talvez a SHULA. Vamos ver.

Era isso. Sigo de bobeira na praia com a minha periguete.
Saudações Coloradas!

Henze Saci, ronin.

ATUALIZAÇÃO: CRUZEIRIN 1 x 1 INTER

Excepcionalmente não pude acompanhar o EMPATA-FODA.  Já classificado às 4ªs, Dungo foi de mistão. Alisson ganhou chance de substituir o irmão, e Cachorrão entrou na metade do 2ºt. Damien guardou de novo (80º), mas o gostinho de entregar nos finalmentes falou mais alto. Como conseqüência, nas 4ªs da Taça Piratinica encareremos o Todo Poderoso Gremixo, que se encontra numa semana conturbada em virtude do tombo que levou na estréia da LA. O derby será domingo que vem no Centenário.
Valeu aí pelos coments.